22 MAI – QUA – 18H
Como parte do projeto levado a cabo no âmbito da Cátedra Paul Zumthor, será feito um exercício de controvérsia em torno do tema específico das “revoluções do livro”.
A intervenção será pautada pelo levantamento de três ou quatro questões centrais a serem respondidas pelo interveniente em duas vertentes opostas, a partir de um argumentário “a favor” e outro “contra”.
A questão final – vivemos uma última revolução que marca o começo do fim da era do livro? – aponta apontar para o futuro, em forma de horizonte perspectivo. O historiador Roger Chartier definiu três revoluções do livro: a invenção do objeto livro tal como o conhecemos; a invenção da imprensa; e o desaparecimento do papel com o aparecimento do texto digital.
Considerando que o livro é ao mesmo tempo a inscrição de um discurso, uma obra intelectual, mas também uma interface entre o autor e seus leitores, além de ser o primeiro objeto produzido em massa e que anuncia a era industrial, ele pode, de modo controverso, ser associado a uma série de inovações tecnológicas, sociais, políticos e culturais.
Em nossos dias, a Internet marca uma revolução talvez ainda mais importante do que o surgimento imprensa, passível de modificar por completo a maneira como produzimos e recebemos o conhecimento. Se a transição do volume para o códice mudou a forma como percebíamos o conteúdo da obra, no mundo digital esta mudança de percepção é formal e funcional.
Em todo caso, o livro digital é acessível a todos em termos de recepção, mas também em termos de produção. Com essa última suposta revolução, todos se tornam autores e qualquer um pode se tornar um editor.
Participam: Roger Chartier (Collège de France) e Andrea Daher – Titular da Cátedra Paul Zumthor CBAE-UFRJ.
Parceiros: Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ, FAPERJ
Evento presencial
Local: Salão Nobre do Colégio Brasileiro de Altos Estudos, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro