UFRJ adquire citômetro de fluxo de última geração: Um avanço na pesquisa científica nacional

[ Notícia ]

O Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (CENABIO) da UFRJ deu um passo importante para consolidar sua posição de liderança científica com a aquisição de um novo citômetro de fluxo de alta performance e última geração, fruto de um investimento de 800 mil dólares. A chegada desse equipamento permitirá que pesquisadores avancem ainda mais em estudos essenciais nas áreas de imunologia, oncologia e biologia celular, beneficiando projetos que demandam análises celulares precisas e em grande escala.

O que é o citômetro de fluxo?

O citômetro de fluxo é uma tecnologia que usa lasers para analisar células individuais em uma amostra, medindo características como tamanho, complexidade interna e a presença de marcadores moleculares específicos. O grande diferencial desse equipamento é sua capacidade de processar milhares de células por segundo, avaliando múltiplos parâmetros de maneira simultânea. Esse tipo de análise é essencial para estudos que envolvem o comportamento de células imunológicas, detecção de células tumorais e desenvolvimento de novas terapias, como vacinas e tratamentos personalizados contra o câncer.

Por exemplo, no estudo de respostas imunológicas, o citômetro de fluxo pode ser utilizado para entender como o sistema imune reage a infecções virais, como o HIV ou o coronavírus, ajudando a desenvolver tratamentos mais eficazes. Na oncologia, a tecnologia auxilia na identificação de células tumorais em amostras de pacientes, permitindo a personalização do tratamento com base no perfil celular de cada indivíduo.

Liderança nacional no uso da citometria de fluxo

O Brasil possui instituições públicas que já se destacam no uso da citometria de fluxo em pesquisas de ponta, como:

Fiocruz: Utiliza a citometria de fluxo desde os anos 1980 em estudos de doenças infecciosas, como malária e HIV, permitindo avanços importantes no entendimento das respostas imunológicas e no desenvolvimento de políticas de saúde pública.

USP (Universidade de São Paulo): No Instituto de Ciências Biomédicas, a citometria de fluxo é usada em estudos inovadores de biologia celular e imunologia, especialmente no desenvolvimento de novas terapias contra o câncer e doenças autoimunes.

UFU (Universidade Federal de Uberlândia): Com o FACS Aria III, um dos citômetros mais avançados, a UFU conduz pesquisas cruciais em imunologia, contribuindo para o desenvolvimento de vacinas e novas terapias celulares.

UFPR (Universidade Federal do Paraná): A UFPR tem um centro de excelência em biomedicina, onde o citômetro de fluxo é fundamental para estudar doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide.

Treinamento e maximização do uso do equipamento

Além do impacto direto nas pesquisas, há uma forte expectativa de que o CENABIO em parceria com a Cátedra Carlos Chagas Filho de Fronteiras da Biologia e da Medicina do CBAE-UFRJ promova treinamentos especializados para pesquisadores, estudantes e técnicos de laboratório. Isso será crucial para maximizar o uso da nova tecnologia e garantir que todos os envolvidos estejam capacitados para operar o novo citômetro de fluxo e interpretar seus resultados de forma eficiente. A estratégia de realizar workshops e cursos periódicos já é adotada na UFRJ e por instituições como a USP e a UFPR, que promovem capacitações regulares para garantir o uso otimizado da citometria de fluxo em suas pesquisas.

Impacto na UFRJ e nas pesquisas futuras

A chegada do novo citômetro ao CENABIO representa um avanço significativo para a UFRJ, que agora poderá competir em pé de igualdade com outras instituições líderes em pesquisa biomédica no Brasil e no exterior. Esse novo equipamento vai acelerar o desenvolvimento de pesquisas e o treinamento de novos talentos, criando oportunidades para colaborações nacionais e internacionais. Além disso, essa aquisição é uma aposta no futuro, onde se espera que a UFRJ amplie suas contribuições no combate a doenças como HIV, coronavírus, dengue e outras infecções virais, além de câncer e doenças autoimunes, utilizando o novo citômetro de fluxo como uma ferramenta central para novas descobertas e avanços terapêuticos.

Com isso, a UFRJ reafirma seu compromisso com a excelência acadêmica e a inovação, garantindo que essa atualização tecnologia de ponta esteja a serviço da sociedade, promovendo saúde e progresso científico.


O CENABIO é um dos maiores e mais importantes centros de pesquisa em biologia estrutural e bioimagem da América Latina. Criado para atender a demandas multidisciplinares, o CENABIO oferece suporte técnico-científico em áreas como microscopia avançada, biologia molecular e biofísica, atuando como um núcleo estratégico para estudos de doenças complexas e desenvolvimento de novas terapias. Além de servir à comunidade científica interna da UFRJ, o CENABIO colabora com pesquisadores de outras instituições públicas e privadas, reafirmando o compromisso com o uso eficiente de recursos e com o desenvolvimento da ciência no Brasil. Essa colaboração é fundamental para otimizar o uso da nova tecnologia, promovendo uma sinergia entre diferentes linhas de pesquisa e aumentando o impacto social dos resultados obtidos.