Uma análise retrospectiva da ciência brasileira através da história da sua cooperação com a França

03 DEZ – TER – 17H

Recebemos como palestrante o professor Jean-Pierre Briot, (Departamento de Informática da PUC-Rio e diretor de pesquisa no Centre Nacional de la Recherche Scientifique e pesquisador no Laboratoire d´Informatique de Paris 6 (LIP6), vinculado à Universidade Sorbonne).

Movimentos Cruzados, Histórias Específicas

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As greves dos metalúrgicos de São Paulo, do ABC, e dos canavieiros de Pernambuco são algumas dentre as que se incluem no grande ciclo de greves que se espalharam pelo país no terço final do período da ditadura militar, entre 1978 e 1985, e tiveram continuidades posteriores. Este livro, ao apresentar os primeiros resultados do projeto “Movimentos Cruzados, Histórias Específicas” (edital CAPES/2015/Memórias Brasileiras-Conflitos Sociais) abre uma linha de pesquisa que propõe a comparação entre práticas de lutas por direitos exercidas por trabalhadores urbanos e trabalhadores rurais . Dentre vários episódios exemplares de lutas do povo brasileiro selecionados para terem um lugar importante na memória transmitida entre gerações figuram certamente os das greves dos metalúrgicos de São Paulo (e Osasco e Guarulhos) e do ABC paulista, dentre os operários urbanos, por um lado; e por outro as greves dos canavieiros de Pernambuco (e Paraíba e Rio Grande do Norte) no final dos anos 70 para a década dos 80. A escolha das categorias de grevistas visa privilegiar a comparação entre o sindicalismo de trabalhadores numa situação urbano-industrial e numa situação rural para se ter uma ideia mais ampliada das lutas de dois setores importantes das classes trabalhadoras brasileiras desde que o direito à sindicalização foi estendido ao campo em 1963, trinta e dois anos após sua vigência na cidade, quando da decretação da lei de sindicalização de 1931. A comparação é assim uma oportunidade de analisar recorrências e diversidades entre esses setores.

 

Movimentos Cruzados, Histórias Específicas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2019, 574 p., com apoio da CAPES. José Sergio Leite Lopes e Beatriz Heredia (orgs). Livro organizado como resultado das atividades do Memov/CBAE/FCC/UFRJ, envolvendo equipes da UFRJ, UFPB, UFABC, UNIFESP e USP.

Confira aqui a publicação

Palestra: “As time goes by”

29 NOV – SEX – 15H

A palestra, com o economista e político português Francisco Louçã, se desenvolveu a partir da questão “Estagnação ou longo período de baixo crescimento?” e contou com a presença de Mário Possas (IE/UFRJ) como debatedor e Lavínia Barros de Castro (BNDES) como coordenadora da mesa.

Onde?  [Presencial] Colégio Brasileiro de Altos Estudos, prédio sede, Av. Rui Barbosa 762

Déficits, Dívida e Retomada do Crescimento: a Moderna Teoria da Moeda como alternativa

26 NOV – TER – 17H30

Recebemos como palestrante norte-americano, Randall Wray, que é economista, pesquisador do Levy Economics Institute do Bard College e um dos principais autores da Teoria Moderna da Moeda. A mesa teve como debatedor o também pesquisador do Levy Economics e professor da UERJ Leonardo Burlamaqui.

Onde?  [Presencial] Colégio Brasileiro de Altos Estudos, prédio sede, Av. Rui Barbosa 762

O Brasil não cabe no quintal de ninguém, com Paulo Nogueira Batista

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Foto: Eneraldo Carneiro/FCC

 

Em 10 de dezembro, foi realizada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos uma roda de conversa com Paulo Nogueira Batista Jr.,  sobre seu novo livro, O Brasil não cabe no quintal de ninguém, lançado em outubro desse ano.

Participaram do debate Arthur Koblitz (Presidente da AFBNDES) e Leonardo Burlamaqui (UERJ e Levy Economics Institute).

 

 

Uma análise retrospectiva da ciência brasileira através da história

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No dia 3 de dezembro (terça-feira), o Colégio Brasileiro de Altos Estudos recebeu Jean-Pierre Briot, para a palestra Uma análise retrospectiva da ciência brasileira através da história da sua cooperação com a França

Jean-Pierre Briot é diretor de pesquisa no CNRS (Centre Nacional de la Recherche Scientifique) e pesquisador no Laboratoire d´Informatique de Paris 6 (LIP6), vinculado à Universidade Sorbonne. No Brasil, atua como professor visitante permanente no Departamento de Informática da PUC-Rio, e como professor visitante na Unirio, desde 2018.

A apresentação foi baseada no recente dossiê da revista Histoire de la recherche contemporaine, que pode ser acessado em: https://journals.openedition.org/hrc/2290.

 

As time goes by – Estagnação ou longo período de baixo crescimento?,

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Em 29 de novembro (sexta-feira), foi realizado no Colégio Brasileiro de Altos Estudos o evento As time goes by, com Francisco Louçã

A palestra, que tratou de um livro do autor com o mesmo nome, se desenvolveu a partir da questão “Estagnação ou longo período de baixo crescimento?”, e contou, além de Louçã, com Mário Possas (IE/UFRJ) como debatedor, e Lavínia Barros de Castro (BNDES) como coordenadora da mesa.

 

Inscrições para o primeiro Programa de Cátedras do CBAE

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O Colégio Brasileiro de Altos Estudos torna pública a abertura de inscrições para o seu primeiro Programa de Cátedras, a ser implementado no ano de 2020.
Informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no edital: Programa de Cátedras – CBAE
 

Déficits, Dívida e Retomada do Crescimento: a Moderna Teoria da Moeda

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O Colégio Brasileiro de Altos Estudos recebeu, no dia 26 de novembro, o economista norte-americano Randall Wray, com sua palestra: Déficits, Dívida e Retomada do Crescimento: a Moderna Teoria da Moeda como alternativa.

Wray é pesquisador do Levy Economics Institute do Bard College e um dos principais autores da Teoria Moderna da Moeda. Suas pesquisas concentram-se na crítica da Teoria Política Monetária Ortodoxa, desenvolvendo uma abordagem alternativa de análise. O autor é mundialmente reconhecido por publicar extensivamente a respeito dos domínios de política de pleno emprego e, de um modo geral, sobre política fiscal.

A mesa teve como debatedor o também pesquisador do Levy Economics e professor da UERJ Leonardo Burlamaqui. O evento aconteceu às 17h30, nas instalações do CBAE: Av. Rui Barbosa 762, Flamengo – RJ.

Ciclo Desastres e Mudanças Climáticas | Debate de Encerramento

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Debate de encerramento do curso

O debate de encerramento do curso “Desastres e Mudanças Climáticas: construindo uma agenda”, que aconteceu no dia 18 de novembro, contou com a presença das pesquisadoras Déborah Danowski, Moema Miranda e Isadora Mefano.

A geógrafa Isadora Mefano foi a primeira expositora da mesa, abordando os impactos dos desastres ambientais tanto na saúde da população quanto nas estruturas de atendimento, cujo colapso pode afetar também os profissionais de saúde. Nesse sentido, os fenômenos extremos desencadeados pelas mudanças climáticas são muito preocupantes, pois aumentam a probabilidade de doenças e mortes associadas ao aumento da temperatura e à poluição do ar, de enfermidades transmitidas por vetores, roedores, água e alimentos contaminados, e de efeitos mentais, nutricionais e infecciosos diversos na saúde, entre outros. Ela concluiu que a baixa capacidade de prevenção e resposta a desastres no Brasil e em outros países em desenvolvimento se mostra uma imensa vulnerabilidade quando consideramos a intensidade e imprevisibilidade dos eventos associados à alteração climática.

Na sequência, a filósofa Déborah Danowski tratou do problema do negacionismo climático, propondo uma ressonância com outros dois negacionismos de acontecimentos trágicos de nosso tempo: a saber, o negacionismo do Holocausto e o da situação deplorável em que se encontram os animais no Antropoceno (seja pela aniquilação a que estão submetidos devido à destruição de seus habitats e populações, seja por sua criação, confinamento e extermínio em massa pela pecuária industrial, seja pela tortura e morte a que estão submetidos nos testes industriais e científicos). Nos três casos de negacionismos, são empregados dispositivos de dessensibilização que justificam e dissimulam a crueldade dirigida a tantos não-humanos e a tantos humanos considerados sub-humanos. Para lutar contra essa aniquilação generalizada, precisamos nos aliançar às vítimas do negacionismo ecocida e do fascismo, lutando juntos por um mundo mais justo e diverso.

Por sua vez, a antropóloga Moema Miranda falou da crescente preocupação, no âmbito da Igreja Católica, com o colapso ecológico e a violação dos direitos dos povos minoritários e mais vulneráveis. Tal preocupação se reflete muito claramente na Laudato Si’, a encíclica publicada pelo Papa Francisco em 2015 que traz, entre suas mensagens principais, a ideia de que o ser humano não está dissociado da Terra: tudo está conectado. Essa abordagem, chamada no texto de ecologia integral, orientou também a realização do Sínodo da Amazônia, evento de líderes católicos no qual se discutiu a situação daquela “terra disputada”, como chamou o papa: é preciso apoiar os povos da floresta na resistência contra a destruição provocada pela avidez do grande capital. Tanto a encíclica como o Sínodo, avalia Moema, apontam para um grande interesse da Igreja Católica em promover um mundo mais justo e plural, com base no reconhecimento que as lutas por justiça ecológica e social acontecem juntas.

O material de apoio das aulas anteriores do curso, assim como a bibliografia recomendada, estão disponíveis em: https://bit.ly/2H9J8Di.