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2015

“Celso Furtado e mudanças do campo internacional dos economistas” com

 

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No dia 26 de março de 2015 o CBAE recebeu a palestra “Celso Furtado e mudanças do campo internacional dos economistas: ensinamentos do exílio na França” com o professor Afrânio Garcia Jr.. Na conversa, foi destacada a importância de Celso Furtado, as contribuições que o exílio lhe trouxe e as mudanças que ocorriam nesse período.

Afrânio Garcia Jr, antropólogo, doutor pelo Museu Nacional-UFRJ, é professor da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris (EHESS). Foi diretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo e atualmente coordena o Grupo de Reflexão sobre o Brasil Contemporâneo, ambos na mesma EHESS. É pesquisador associado ao CBAE.

O Centro Celso Furtado foi um dos apoiadores da atividade, assim como o NUPET/IESP/UERJ, o Grupo de Pesquisa sobre História Global do Trabalho do Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu da UFRRJ, o DTA/IFCS/UFRJ e o LEMT/CPDOC/FGV.

Descrição do evento:

“A recepção calorosa das edições de Formação econômica do Brasil (1959) e de Desenvolvimento e subdesenvolvimento (1961), livros que acompanham de perto seu prestígio como renovador da matriz institucional do Estado brasileiro, primeiro como  Superintendente da SUDENE, depois como criador do Ministério do Planejamento, contribuiu, de modo paradoxal, para ofuscar sua obra redigida e publicada durante os anos de exílio, quase integralmente vividos na França. Atenção bem menor tem sido dada à evolução de seu pensamento durante os anos em que sua carreira ficou totalmente voltada para o ensino e a pesquisa universitários. A reflexão a ser apresentada busca explicitar as profundas mudanças do panorama institucional francês, a exemplo daquelas já ocorridas no mundo anglo-saxão, que permitem melhor entender a perda de hegemonia do marco teórico keynesiano e a afirmação dos modelos neoclássicos de fatura neoliberal. A percepção do exílio apenas como interregno entre dois momentos onde participou da alta administração do Estado brasileiro parece constituir obstáculo de primeira ordem para a compreensão das contribuições desse autor inovador.“