Cátedra Oswaldo Cruz

As doença emergentes e reemergentes são um desafio para a saúde pública mundial e também para o Brasil. Recentemente, vimos a emergência de um novo coronavirus (2019 nCoV) na China, no final de 2019. Este vírus vem se espalhando já causando mais de 19 mil infecções e mais de 400 mortes. A 2019 nCoV já se disseminou por mais de 22 países e ameaça chegar em outros países que tem uma relação comercial intensa com a Ásia. Este é o caso do Brasil e o governo federal já iniciou várias medidas para evitar a introdução no 2019 nCoV em nosso país. Nesta classe de patógenos vimos nas últimas duas décadas o surgimento de dois outros coronavirus SARS CoV e o MERS CoV, que também causaram um grande prejuízo econômico, acarretando mais de 1000 óbitos na Ásia e no Oriente Médio. Ainda nesse grupo de vírus respiratórios, temos o vírus da influenza que, durante estas duas últimas décadas, vimos o aparecimento de novas cepas letais vindas de eventos zoonóticos como o H1N1, H1N2 e H1N5. Alguns desses vírus causaram a morte de mais de 800 brasileiros em diferentes anos de circulação.

Focando mais no Brasil, temos a Amazônia como um celeiro de novos vírus e este ecossistema tropical é tido como o local em nosso planeta com mais vírus com potencial de causar epidemias. Na verdade, somente se conhece 2% dos vírus que circulam no Brasil. Dentre estes vírus temos os arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) que causaram muita preocupação em saúde pública em todo o mundo e também no Brasil. Esse conjunto é composto por centenas de vírus que compartilham as características de transmissão por artrópodes – principalmente mosquitos hematófagos -, embora não estejam necessariamente relacionados filogeneticamente. Os vírus mais importantes para a saúde humana são os transmitidos por culicidae, principalmente dos gêneros Culex e Aedes, embora vários arbovírus possam ser transmitidos por outros artrópodes, como moscas e carrapatos. A maioria dos arbovírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros importantes para a saúde humana são das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae. Esse grupo de vírus RNA representa grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que lhes permite adaptar-se aos hospedeiros vertebrados e invertebrados. Os arbovírus, em geral, circulam entre os animais selvagens, com alguma especificidade para os hospedeiros, mantendo ciclos enzoóticos em poucas espécies de vertebrados e invertebrados. Humanos geralmente são hospedeiros acidentais. Isso ocorre na circulação da febre amarela, encontrada no Brasil em surtos silvestres, sem características cíclicas, associados a epizootias. Observamos a expansão geográfica da circulação do vírus da febre amarela de 2000 a 2009 e o ressurgimento no Centro-Oeste e Sudeste, desde 2014.

Outro exemplo de ciclo enzoótico envolve o vírus Mayaro (MAYV), transmitido principalmente por mosquitos selvagens do gênero Haemagogus, para os quais os hospedeiros vertebrados são mamíferos. Nos seres humanos, causa febre, dor de cabeça, exantema e artralgia; no entanto, casos de transmissão sustentada não foram observados.

Existem evidências da capacidade adaptativa do MAYV a ciclos alternativos envolvendo aves e humanos. Já o vírus do Nilo Ocidental (WNV) pode causar epidemias mesmo em áreas urbanas, como ocorre nos Estados Unidos. É transmitido por mosquitos do gênero Culex, e seu principal hospedeiro são as aves. Alguns vírus perdem a necessidade da amplificação enzoótica e produzem epidemias urbanas, com os seres humanos como amplificadores exclusivos de vertebrados. É o caso do vírus da dengue (DENV), Chikunguya (CHIKV) e, ultimamente, do zika (ZIKV). Vale destacar a linhagem emergente do vírus da febre amarela na região Sul em 2008, com a participação de Haemagogus leucocelaenus como principal vetor e Aedes serratus para transmissão. A presença desse último vetor em matas próximas a áreas urbanas também no Sudeste do Brasil sinaliza potencial para a ocorrência de ciclos peri-urbanos de febre amarela que levou a última epidemia de febre amarela em 2017/18. No atual cenário epidemiológico brasileiro, os arbovírus mais comuns são DENV, CHIKV e ZIKV, assim como o vírus da febre amarela atualmente em expansão e outros arbovírus com potencial de disseminação no país. A dramática disseminação da dengue nas Américas nas últimas décadas foi bem documentada, com mais de dois milhões de casos notificados em 2015 (até 8 de dezembro), totalizando 1,5 milhão no Brasil, com 811 mortes e uma taxa de incidência de 763 por 100 mil habitantes Outro importante arbovírus, recentemente introduzido no Brasil, é o CHIKV, que começou a expansão pandêmica em 2004. Uma mutação em uma linhagem africana de CHIKV permitiu que ele se adaptasse bem ao vetor A. albopictus através da alteração de uma proteína no envelope viral E1 (E1-A226V), que foi seguido por outras etapas adaptativas. Isso aumentou a capacidade do CHIKV de infectar e se espalhar nesse vetor, uma espécie abundante nas ilhas do Oceano Índico e em outras regiões da Ásia. A adaptação favoreceu a expansão do vírus em áreas urbanas e peri-urbanas naquele continente e aumentou o risco de epidemias em outras regiões tropicais, subtropicais e até temperadas, como a Europa. Essa adaptação favoreceu a expansão de virose em áreas urbanas e periurbanas atualmente e aumentou o risco de epidemias em outras regiões climáticas, subtropicais e mesmo temperadas, como Europa. A transmissão autóctone de uma linhagem asiática de CHIKV sem essas mutações foi registrada no Caribe desde o final de 2013. No Brasil, a transmissão autóctone foi detectada em setembro de 2014 no Amapá, espalhando-se para outros estados brasileiros. (http://www.paho.org). Ainda temos o ZIKV, identificado pela primeira vez no Uganda em 1947, teve seu primeiro surto documentado apenas em 2007 na Micronésia. Desde então, a área de transmissão se espalhou para ilhas no Oceano Pacífico, especialmente durante uma grande epidemia na Polinésia em outubro de 2013. Desde abril de 2015, a transmissão autóctone de ZIKV foi confirmada na Bahia e, posteriormente, no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados, com pacientes apresentando condições clínicas de exantema. Posteriormente vimos que ZIKV estava associado a um aumento dos casos de microcefalia e outras más formações nos fetos, causando um elevado número de natimortos e abortos.

O governo tem que atuar mais incisivamente no combate aos vetores urbanos destas arboviroses e não somente achar que o combate ao Aedes se dá em ficar insistindo para as pessoas cuidarem dos seus jardins para não deixar água acumular. Lógico que isso também é importante, mas é um tanto insuficiente. Precisamos de políticas públicas mais robustas focadas no combate aos vetores urbanos. Como exemplo deste colossal desafio, o número de casas vazias em nosso país são cerca de 6 milhões de moradias onde há risco de encontrarmos criadouros seguros dos mosquitos vetores. Outro problema é que, também segundo o Boletim Epidemiológico, cerca de 40% de possíveis focos para o Aedes seriam de água para consumo armazenadas em caixas d’água sem tampa. Como pedir então maiores cuidados quando grande parte do acúmulo de água se deve ao fato de se ter um precário acesso a água em nossas cidades? O aumento da população de mosquitos vetores pode estar relacionada ao aquecimento global e às mudanças climáticas pelas quais temos enfrentado são eventos que comprovadamente contribuem para esta disseminação maior dos agentes transmissores destas doenças. Temos fortes evidências que associam grandes desastres com o agravamento do cenário, como o crime da Vale em Brumadinho e o reaparecimento da febre amarela em Minas Gerais em 2018.

Desde 2015, o Estado do Rio de Janeiro e o resto do país tem experimentado epidemias de dois diferentes vírus emergentes (vírus da Zika- ZIKV e vírus da Chikungunya – CHIKV), sobrepondo-se aos surtos sazonais epidêmicos de verão de vírus da Dengue (DENV), de forma que a emergência de novas viroses, mas particularmente arboviroses, tornou-se uma preocupação prioritária em Saúde no Brasil. Mesmo em relação à Dengue e seu quadro mais grave (p.ex., Febre Hemorrágica), sua persistência urbana vem preocupando as autoridades sanitárias e de Saúde do Rio de Janeiro e Federais há algumas décadas, principalmente no que concerne à recorrência alternada de diferentes sorotipos de DENV circulantes em cada surto, bem como da introdução de novos sorotipos circulantes na população, o que deve ser alvo de vigilância epidemiológica.

Em 2016, no início da epidemia de Zika e microcefalia no Nordeste e no Rio de Janeiro, a UFRJ teve uma iniciativa pioneira de montar um Rede de Pesquisa em Zika da UFRJ que logo se tornou numa Rede de Pesquisa em Arboviroses com o adição da Dengue e do Chikungunya que começaram a causar grandes epidemias em nosso Estado do Rio de Janeiro. Nossa rede teve um papel decisivo no estudo do Zika e já tivemos mais de 64 publicações relevantes, desde 2016, na área em revistas de alto impacto.

Em 2017, apareceu mais uma preocupação com as arboviroses incidentes no Estado com a presença da Febre Amarela em um surto de casos autóctones rurais e vicinais às florestas e matas do Estado do Rio de Janeiro. Não há evidência de urbanização devida à adaptação do vírus aos vetores urbanos (Aedes aegypti), mas que caracterizaram a presença de vetores exógenos selvagens já habitando as florestas e matas úmidas do Sudeste brasileiro (Sabethes sp. e Haemagogus sp.). Estes últimos vetores artrópodes, surpreendentemente já habitando o ambiente de florestas e matas tropicais do Estado, relacionam-se não só com a casuística autóctone de Febre Amarela e seu vírus (YFV) no Estado, como, possivelmente, com a presença recentemente detectada do alfavírus (da família Togaviridae) Mayaro (MAYV), da mesma família e grupo do CHIKV. Tal detecção ocorreu entre casos suspeitos não confirmados do surto de CHIKV de 2016, em infecções autóctones em pelo menos três indivíduos residentes no Rio de Janeiro. A introdução do MAYV pode ser um problema de diagnóstico já que podemos ter reações cruzadas dos anticorpos de CHIKV com o MAYV. Outros arbovírus ameaçam a serem introduzidos em nosso Estado. Entre estes, situam-se alguns Flavivírus (ex., vírus da Febre do Oeste do Nilo, ou West Nile Virus – WNV; vírus da encefalite Venezuelana – EVV), Bunyavirus (Oropouche – OROV e Maguary) e Togavirus (alphavirus Mayaro – MAYV), entre outros.

Devido a emergência e reemergência de diferentes vírus no Brasil e no mundo temos que ter uma abordagem proativa em relação ao preparo do país para enfrentamento destas doenças que sempre estão ameaçando nossa população. Em relação aos novos agentes patogênicos temos que focar na vigilância epidemiológica, virológica e também no desenvolvimento de novos kit diagnósticos que possam ser utilizados no combate à estas epidemias. Este é o caso do nCoV e nos novos arbovírus brasileiros como o MAYV e OROV assim como o ZIKV e CHICK que ainda não tem kits comerciais sorológicos e moleculares sensíveis e específicos de baixo custo para o diagnóstico de pacientes doentes ou para inquéritos epidemiológicos em populações chaves. Já nos vírus mais conhecidos que estão reemergindo como a Dengue e Febre Amarela temos ainda que desenvolver planos de controle através de vacinas e combate a vetores assim como de vigilância epidemiológica e eventos zoonóticos como no caso da Febre Amarela.

Propostas para o Brasil no enfrentamento destas doenças Dentre as atividades desta Cátedra pretendemos gerar, juntamente com a ajuda de uma rede de pesquisadores (vide lista em anexo), um Plano de Enfrentamento destes agravos para o Brasil. Neste plano vamos focar em diferentes iniciativas que estão descritas sumariamente abaixo:

Plano de contingência.

Nosso grupo de pesquisadores vai elaborar um plano de contingenciamento que possa ser aplicado por ocasião de emergência de novos vírus dentro e fora de nosso país visando a identificação de pessoas infectadas e também meios de prevenção da propagação do patógeno.

Plano de vigilância ativa.

Nosso grupo também vai atuar montando um plano de vigilância epidemiológica para identificar e localizar de uma maneira precoce a entrada e ou emergência de novos patógenos emergentes em nosso país. Nesta área também daremos importância aos estudos de vigilância em animais silvestres por ocasião de surtos de mortes de animais silvestres sentinelas como macacos e morcegos, assim como domésticos como porcos e galinhas. Igualmente iremos elaborar novas estratégias de controle de insetos urbanos vetores dos arbovírus como um método de prevenção destas infecções em humanos. NB4 e seu papel no estudo destes novos vírus. Dentre estas iniciativas vamos discutir a implementação de um novo laboratório com nível de segurança NB4 no Brasil para dar condições à nossa comunidade cientifica de pesquisar vírus emergente classe 4 que
possam originar dentro do Brasil ou importados.

Plano de desenvolvimento de ferramentas diagnosticas.

Daremos um foco importante para o desenvolvimento de novos testes simples e rápidos sorológicos e moleculares para a identificação destes novos patógenos que possam ser utilizados na rede pública de saúde. Estes testes devem ser simples e baratos para que nosso sistema de saúde possa incorpora-los em nossos LACENs e hospitais e UPAs.

Política de troca de informações na área.

Nosso grupo vai elaborar um plano de difusão de informação privilegiada que possa ser localizado no Web Site da UFRJ para esclarecer dúvidas da população evitando a difusão de notícias falsas que atrapalham o controle destas novas epidemias.

Cátedra Carlos Chaga

Experiências Adversas na Infância (EAI) estão associadas a desfechos desfavoráveis na vida adulta, aumentando o risco de futuras condições crônicas, como síndrome metabólica, aterosclerose, doença coronariana, diabetes, doença pulmonar crônica obstrutiva, doenças autoimunes e câncer. Estudos recentes sugerem que os mecanismos biológicos e moleculares que sustentam essa associação envolvem alterações epigenéticas, como metilação do DNA e expressão de microRNA, além de alterações da microbiota intestinal.

A presente proposta, apresentada por uma rede de pesquisadores de instituições nacionais (UFRJ, UERJ, e IDOR) e estrangeiras (UP), objetiva aprofundar o conhecimento sobre esse tema, utilizando-se de estudos agrupados em três eixos. No eixo epidemiológico pretende-se quantificar a prevalência de EAI em gestantes e pacientes adultos com Doença Inflamatória Intestinal (DII) ou Câncer Colorretal (CCR); nas gestantes, pretende-se correlacionar EAI com desfechos perinatais e doenças crônicas; nos pacientes com DII e CCR, correlacionar EAI com gravidade dessas doenças. Pretende-se, ainda, estudar prevalência de DII e CCR no Brasil e estado Rio de Janeiro, utilizando dados do DATASUS. Por fim, pretende-se apresentar resultados, ainda inéditos, de uma investigação recente em estudantes do ensino médio de uma Região Administrativa da cidade do Rio de Janeiro, sobre a associação entre adversidades na infância e comportamento de risco. No eixo translacional, amostras de gestantes e de pacientes adultos com DII ou CCR serão estudadas quanto à presença de alterações epigenéticas e da microbiota intestinal, relacionadas às possíveis associações observadas no eixo epidemiológico. No eixo de políticas públicas, uma revisão sistemática sobre o tema e resultados dos estudos do eixo epidemiológico, serão utilizados para identificar áreas prioritárias e propor políticas e intervenções de saúde, inclusive em âmbito escolar, visando contribuir para a prevenção e redução de desfechos desfavoráveis na vida adulta.

Programa de Cátedras

O Programa de Cátedras do CBAE-UFRJ consiste em um conjunto de atividades acadêmicas realizadas por um grupo coordenado pelo Titular da Cátedra e apoiado por um pesquisador em nível de pós-doutorado. É escolhido um polo temático e um patrono para representar, nomear e guiar cada cátedra selecionada e aprovada por uma série de editais.

Objetivos esperados são: a organização de uma rede de pesquisadores de alto nível, dentro e fora da UFRJ, em âmbito nacional e internacional; formulação de disciplinas e eventos abertos ao público relativos a um campo temático específico e a elaboração de propostas para o campo temático específico, sempre com interlocução com os setores da sociedade.

Programa das Cátedras

Programa de Cátedras, instituído na criação do Colégio Brasileiro de
Altos Estudos pelo Reitor Aloísio Teixeira, visa dar continuidade aos
compromissos e ao engajamento estabelecidos desde então. A UFRJ, através de
seus docentes, discentes e pesquisadores, gera permanentemente propostas
inovadoras para os vários campos do conhecimento. O Programa das Cátedras
pretende divulgar, dar voz e atualizar as discussões acerca de temas relevantes
para a sociedade, para a academia, para as esferas de governo e para o setor
produtivo, especialmente no Rio de Janeiro.

O Programa de Cátedras, promovido pelo CBAE, consiste num conjunto de
atividades acadêmicas, coordenada por um responsável – Catedrático – durante
um ano. Esta iniciativa responde à necessidade de se discutir problemáticas
urgentes, em variados campos do conhecimento, com o objetivo de olhar para o
presente e para o futuro, refletindo sobre os que são desejáveis, e sobre os
cenários possíveis.

Reunindo em torno às Cátedras um grupo de especialistas de nível de
excelência, interessados na discussão de temas relevantes do presente e do
futuro que desafiam a sociedade brasileira, tais como – as questões da Agenda
20-30, as novas fronteiras do desenvolvimento tecnológico, o futuro da Biologia
e da Medicina, as mudanças em curso na matriz energética, e os temas sobre a
política econômica, a democracia e as desigualdades – este Programa visa
reforçar as redes nacional e internacional de pesquisa que já existe na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, tanto através dos Institutos Nacionais
de Pesquisa (INCTs), das redes constituídas, do PRINT (Programa de
Internacionalização da UFRJ financiado pela CAPES), quanto de instituições
internacionais como o CNRS, por exemplo.

O Programa abre possibilidades de diálogos, tanto com o campo acadêmico, da
política pública, quanto com o setor produtivo. O foco do Programa será
oferecer respostas aos problemas atualmente enfrentados, que projetam no
futuro preocupações globais de extrema relevância, articuladas à própria
conjuntura sociopolítica nacional. Busca-se contribuir para produzir, por meio
da criação dos espaços das Cátedras, respostas alternativas para os desafios
atualmente enfrentados.

O centenário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no ano de 2020, coroa
a importância deste processo de reflexão, para o qual o Programa de Cátedras
oferecerá substantiva contribuição.

Cancelamento – Aula Inaugural do Curso “Mudanças Climáticas e Outros

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Em atenção às diretrizes de contingência contra o coronavírus divulgadas pela UFRJ ontem à noite, que mencionam especificamente a suspensão “de todas as atividades extracurriculares como aulas inaugurais”, estamos cancelando a sessão inaugural do curso “Mudanças climáticas e outros desafios do Antropoceno”, que estava prevista para a próxima 2a feira, dia 16 de março.
 
A princípio, as demais aulas do curso estão mantidas, mas avisaremos se houver alguma mudança nessa orientação.
 
A programação atualizada pode ser encontrada em https://bit.ly/3cV01A4.
 
Para mais informações, entre em contato conosco pelo endereço cbae@forum.ufrj.br.

Curso Disputas pela Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos

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Como parte das comemorações dos 100 anos da UFRJ, o CBAE oferece em 2020 mais uma disciplina de integração acadêmica: o curso Disputas pela Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos. O curso tem por objetivo dar continuidade e aprofundamento às atividades do ciclo Memórias, Movimentos Sociais e Direitos Humanos organizado pelo CBAE em 2019 em parceria com o Programa de Memória dos Movimentos Sociais da UFRJ (MEMOV) e o Núcleo de Memória e Direitos Humanos da Comissão da Memória e da Verdade (CMV) da UFRJ. Seu principal foco temático serão as consequências das violações ocorridas durante a ditadura civil-militar (1964-1985), incluindo sua relação com as justiças transacionais de outros países do Cone Sul e a violência de Estado do passado e do presente.

O curso é aberto ao público, mas alunos de cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) da UFRJ interessados em incluí-lo em sua grade como disciplina eletiva poderão fazer a inscrição no SIGA a partir do mês de março. Maiores informações a esse respeito serão fornecidas por e-mail aos inscritos e pessoalmente no dia da aula inaugural

O curso conta com o apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa e do Fórum de Ciência e Cultura. Todas as sessões serão abertas à presença de convidados externos de diferentes instituições.

São responsáveis pela sua coordenação os pesquisadores José Sérgio Leite Lopes (CMV-UFRJ), Felipe Magaldi (Pós-Doc CAPES), Luciana Lombardo (CMV-UFRJ), Virna Plastino (Pós-Doc CBAE) e Lucas Pedretti (doutorando do IESP-UERJ).

 

Clique no link a seguir para acessar o formulário de inscrição e confira logo abaixo o programa completo da disciplina.

 

 

DISPUTAS PELA MEMÓRIA, MOVIMENTOS SOCIAIS E DIREITOS HUMANOS

Período: 13 de março a 10 de julho (15 encontros)

Horário: Sextas-feiras, das 14:00h às 17:0h

Número de créditos: 03 (três), 45 horas/aula, 15 sessões

Local: Sede do CBAE (Av. Rui barbosa, 762, Flamengo)

 

Processo Seletivo para Bolsistas de IC da Área de Comunicação – 2020

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O Colégio Brasileiro de Altos Estudos está com processo seletivo aberto para bolsista de Iniciação Científica na área de Comunicação, em apoio às atividades de divulgação científica dos programas do Colégio.
 
Descrição da bolsa:
 
Requisitos: estudante de Comunicação da UFRJ.
Atividades: administração do site do CBAE, produção de releases sobre atividades acadêmicas e gestão de redes. O domínio de softwares de edição, filmagem e fotografia é um diferencial. 
Carga horária: 20h (flexíveis)
Bolsa: R$ 700,00
Início: março/2020
Duração: 20 meses
 
Calendário do processo seletivo:
 
29/02/2019 – encerramento das inscrições
02/03 a 04/03 – seleção de currículos
05/03 e 06/03 – entrevistas
10/03 – divulgação do resultado
12/03 – entrega da documentação e início das atividades como bolsista
 
As incrições para o processo seletivo devem ser enviadas para o e-mail danilogarrido@forum.ufrj.br, com currículo em anexo, assunto “Seleção IC Comunicação” e contato telefônico.

Mudanças climáticas e outros desafios do Antropoceno

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A disciplina “Mudanças climáticas e outros desafios do Antropoceno” será oferecida pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) no primeiro semestre de 2020 a todos os programas de pós-graduação da UFRJ. Ela dará continuidade ao curso “Desastres e mudanças climáticas: construindo uma agenda”, realizado em 2019.

 

Como na primeira edição, alunos externos e demais interessados também são bem-vindos, já que os encontros são abertos ao público.O curso, que é uma iniciativa do Programa Ciência e Sociedade do CBAE, abordará de forma interdisciplinar diversos aspectos da crise ambiental global, visando três objetivos principais: oferecer um conhecimento abrangente sobre a questão, integrar diferentes áreas de pesquisa da UFRJ relacionadas ao tema das mudanças climáticas e do Antropoceno e estabelecer as bases para uma agenda de ação social que possa guiar políticas de enfrentamento do problema.


A disciplina é coordenada pelos professores Tatiana Roque (PPGEM e PPGF/UFRJ e coordenadora do FCC), José Sergio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ e diretor do CBAE), Ana Luiza Coelho Neto (PPGG/UFRJ), Josué Medeiros (IFCS/UFRJ), Lise Sedrez (PPGHIS/UFRJ), Pedro Rochedo (COPPE/UFRJ) e Rodrigo Santos (PPGSA/UFRJ). Colaboram também os pesquisadores Leonardo Freitas (GEOHECO/UFRJ) e Alyne Costa (CBAE).
 
Confira abaixo o programa da disciplina e orientações para inscrição:
 
 
 
 
Orientações para inscrição na disciplina para alunos da UFRJ:
 
Código da disciplina: CBA805
Número da turma: 9591
Nome da disciplina no SIGA: MUD CLIMÁTICAS ANTROPOCENO
Coordenador no SIGA: Prof. Tatiana Roque
Horários: segundas-feiras, das 17:30h às 20:30h.
Local: Sede do CBAE (Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo)
 
Alunos externos com interesse em cursar a disciplina como ouvintes farão inscrição nas primeiras aulas do curso. 

Curso “Mudanças climáticas e outros desafios do Antropoceno”

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O CBAE oferece, a partir de 16 de março, o curso “Mudanças climáticas e outros desafios do Antropoceno”. Ele dará continuidade à disciplina “Desastres e mudanças climáticas: construindo uma agenda”, realizada no segundo semestre de 2019, e abordará de forma interdisciplinar diversos aspectos da crise ambiental global, visando a três objetivos principais: oferecer um conhecimento abrangente sobre a questão, integrar diferentes áreas de pesquisa da UFRJ relacionadas ao tema das mudanças climáticas e do Antropoceno e estabelecer as bases para uma agenda de ação social para guiar políticas de enfrentamento do problema. Como na primeira edição, o curso é voltado para alunos dos programas de pós-graduação da UFRJ, mas estudantes de outras universidades e ouvintes também são bem-vindos.
 
Embora as mudanças climáticas sejam um dos mais graves problemas da nova época geológica que os cientistas propõem chamar de Antropoceno, há inúmeros outros desafios sociais, econômicos, ambientais e políticos que tornam o cenário atual ainda mais complexo e desafiador. Neste semestre, pretendemos abordar alguns deles em três módulos. O primeiro tratará da Amazônia, a riqueza de sua diversidade humana e não-humana e os agentes que estão provocando sua destruição. O segundo módulo abordará nossas águas e ambientes costeiros, no qual discutiremos desde os impactos nos oceanos e mares até as dinâmicas de ocupação da Mata Atlântica, passando por questões de abastecimento hídrico e saneamento. Por fim, no terceiro módulo, trataremos das perspectivas para ambientes urbanos, considerando as discussões atuais sobre tecnologia, economia, políticas públicas, acordos internacionais, migrações, saúde, política, arte e cidadania.
 
O curso é coordenado pelos professores Tatiana Roque (PPGEM e PPGF/UFRJ e FCC), José Sergio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ e diretor do CBAE), Ana Luiza Coelho Neto (PPGG/UFRJ), Josué Medeiros (IFCS/UFRJ), Lise Sedrez (PPGHIS/UFRJ), Pedro Rochedo (COPPE/UFRJ) e Rodrigo Santos (PPGSA/UFRJ). Colaboram também os pesquisadores Leonardo Freitas (GEOHECO/UFRJ) e Alyne Costa (CBAE).
 
Mudanças climáticas e outros desafios do Antropoceno
Horário: segundas-feiras, das 17:30h às 20:30h.
Local da aula inaugural (16/03): Salão Pedro Calmon (Campus da Praia Vermelha)
Local das demais aulas do curso: CBAE (Avenida Rui Barbosa, 762 – Flamengo)

programa

 
Aula Inaugural
16/03 – CANCELADA
 
Aula 1
23/03 – Conceitos básicos.
 
Módulo I – Amazônia, nosso futuro
30/03– Debate sobre povos da floresta – Oiara Bonilla (GAP-ICHF/UFF) e Francineia Baniwa (doutoranda no Museu Nacional/UFRJ)
06/04 – Biodiversidade – Fabio Rubio Scarano (PPGE/UFRJ Macaé)
13/04 – Serviços ecossistêmicos da Amazônia – Vinicius Farjalla (IE/UFRJ)
27/04 – Debate sobre o módulo e conversa sobre os trabalhos
  
Módulo II – Águas e ambientes costeiros
04/05 – Oceanos, mares e biodiversidade marinha – Rodrigo Leão MouraFelipe Vargas Ribeiro (IB/UFRJ)
11/05 – Debate sobre crise da água, disponibilidade hídrica e saneamento Sérgio Ricardo (Baía Viva), Rosa Formiga (DESMA/Uerj) e Estela Neves (PPED/UFRJ)
18/05 – Mata Atlântica ontem, hoje e amanhã  José Augusto Pádua (PPGHIS/UFRJ)
25/05 – Debate sobre o módulo e conversa sobre os trabalhos
 
 
Módulo III – Políticas para as cidades
01/06 – Desafios para as políticas multilaterais
08/06 – Reunião com grupos (não haverá aula)
15/06 – Debate sobre clima, infraestrutura e saúde urbana Graciela Arbilla de Klachquin (DAU/PUC-Rio) e Graciela Arbilla de Klachquin (IQ/UFRJ)
22/06 – Debate sobre caminhos para a política e lutas pela cidadania
29/06 – Debate de encerramento.

Confira o programa completo do ciclo clicando aqui.  

Mais informações através do e-mail cbae@forum.ufrj.br.