Palestras

Nessa página é possível encontrar a relação das palestras ministradas durante o curso, com fotos, vídeos, áudios e documentos.

 

 

Programa

Nessa página fica disponível o programa do curso.

 

Ciclo “Desastres e Mudanças Climáticas: construindo uma agenda”

Ciclo Desastres e Mudanças Climáticas: construindo uma agenda

 

O Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) organiza para o segundo semestre de 2019 o ciclo de palestras “Desastres e mudanças climáticas: construindo uma agenda”. Todos os encontros serão abertos ao público e também valerão como disciplina eletiva para alunos de pós-graduação. O ciclo começa no dia 5 de agosto e uma sessão inaugural com os professores Eduardo Viveiros de Castro (PPGAS/UFRJ) e Suzana Kahn Ribeiro (COPPE/UFRJ) acontece no dia 12 de agosto.

O ciclo, que é uma iniciativa do Programa Ciência e Sociedade do CBAE, reunirá professores de diversas áreas da UFRJ para debater os diferentes aspectos das mudanças climáticas. A proposta é construir uma agenda social de enfrentamento do problema no Brasil.

As atividades são coordenadas pelos professores José Sergio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ e diretor do CBAE), Tatiana Roque (PPGEM e PPGF/UFRJ e coordenadora do FCC), Ana Luiza Coelho Neto (PPGG/UFRJ), Josué Medeiros (IFCS/UFRJ), Lise Sedrez (PPGHIS/UFRJ), Pedro Rochedo (COPPE/UFRJ) e Rodrigo Santos (PPGSA/UFRJ). Colaboram também os pesquisadores Leonardo Freitas (GEOHECO/UFRJ) e Alyne Costa (CBAE).

 

 

Desastres e mudanças climáticas: construindo uma agenda

Horários: Segundas-feiras, 17h30 a 20h30.

Local: Sede do CBAE (Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo).

 

Programa:

05/08 – Apresentação do ciclo pelos coordenadores – Auditório Pedro Calmon, campus Praia Vermelha

12/08 – Sessão inaugural com os professores Eduardo Viveiros de Castro (PPGAS/UFRJ) e Suzana Kahn Ribeiro (COPPE/UFRJ) – Auditório Pedro Calmon, campus Praia Vermelha

 

19/08 a 02/09 – MÓDULO I: Conceitos e vocabulários em pesquisas sobre a crise climática

19/08 –  Roberto Schaeffer (COPPE/UFRJ)

26/08 – Lise Sedrez (PPGHIS/UFRJ)

02/09 –  Ana Luiza Coelho Netto (PPGG/UFRJ)

 

09/09 a 30/09 – MÓDULO II: Riscos, desafios e impactos das alterações planetárias

09/09 – José Ricardo de Almeida França (IGEO/UFRJ)

16/09 – Rodrigo Santos (PPGSA/UFRJ)

23/09 – Vera Huszar (Lab. Ficologia, Depto. de Botânica, Museu Nacional/UFRJ)

30/09 – Criação dos grupos e discussão dos projetos

 

07/10 a 11/11 – MÓDULO III: Prevenção, mitigação e adaptação para os cenários mais plausíveis da crise 

07/10 – Carlos Eduardo Young (IE/UFRJ)

14/10 – Joana Pereira (COPPE/UFRJ)

21/10 – Tatiana Roque (PPGF/UFRJ)

28/10 – Feriado (não haverá aula)

04/11 – Alyne Costa (CBAE/UFRJ)

 

11/11 – Debate “Brasil manchado de óleo”

18/11 – Debate de encerramento 

25/11 – Discussão com professores e alunos do curso

 

Para acessar a bibliografia do curso, entre em: https://bit.ly/2H9J8Di

Mais informações através do e-mail cbae@forum.ufrj.br.

Ciclo Memória | Qual passado o futuro nos reserva?

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Foto: Bira Soares/FCC

 

Após 15 encontros, 52 convidados brasileiros e estrangeiros, centenas de pessoas circulando entre os debates e a exposição “Rastros da Verdade” e dezenas de horas de áudios e vídeos registrados, o ciclo “Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos” chegou ao fim. A sessão de encerramento foi realizada no dia 12 de julho, sexta-feira, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ.

Intitulada “Qual passado o futuro nos reserva? Memória e Direitos Humanos hoje”, a sessão foi composta por quatro conferencistas:  Cecília Olliveira (The Intercept Brasil), Edson Teles (CAAF/UNIFESP), Jurema Werneck (Anistia Internacional) e Paulo Vannuchi (CIDH, 2014-2017), e participação de Roberto Leher (UFRJ). 

Os debates realizados ao longo do curso, sobre as diversas violências da ditadura e sobre as lutas e políticas por memória, verdade, justiça e reparação, ganham ainda mais sentido quando observamos o grave quadro de violações de direitos humanos e de ataque à frágil democracia Brasil. No contexto de um genocídio contra a população negra e de avanço das posições revisionistas sobre a história de violência que marca nosso passado, falar sobre a violência do Estado no passado significa, acima de tudo, propor uma reflexão sobre a violência do Estado no presente.

 

Ciclo Memória I LGBTQI+ e ditadura: moralidades e políticas sexuais

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Foto: Bira Soares/FCC

 

Na sexta-feira, dia 5 de julho, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos prosseguiu com os debates do Ciclo Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos com a mesa “LGBTQI+ e ditadura: moralidades e políticas sexuais”.

O machismo e a homofobia são constitutivos da história brasileira. Durante a ditadura, se institucionalizaram na forma de diversas práticas repressivas, sustentando moralidades e políticas sexuais. Ao mesmo tempo, e com algum estranhamento das esquerdas do período, o nascente movimento homossexual se torna um dos atores fundamentais da resistência.

Graças aos logros dessa luta, às pesquisas acadêmicas e aos relatórios produzidos por Comissões da Verdade a nível nacional e estadual, a memória da população LGBTQI+ tem assumido renovado interesse. A participação de homossexuais na militância e na redemocratização, bem como as violações a seus direitos, serão alguns dos temas para o debate da próxima sessão.

Participaram do encontro James Green (Brown University), Renan Quinalha (UNIFESP) e Sílvia Aguião (IMS/UERJ).  

James Green é historiador especializado em estudos latino-americanos, brasilianista e ativista dos direitos LGBTQI+ norte-americano. Morou no Brasil entre 1976 a 1982, quando atuou na organização do nascente movimento homossexual. Leciona na Universidade Brown, em Rhode Island, e é autor de diversos trabalhos sobre ditadura e homossexualidades.

Renan Quinalha é advogado com formação em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou mestrado em sociologia do Direito e doutorado em Relações Internacionais pela mesma universidade. Foi assessor da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”. Atualmente é professor da UNIFESP.

Silvia Aguião é cientista social, com graduação em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social  doutorado em Ciências Sociais pela mesma universidade. Atualmente é pesquisadora associada do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/UERJ) e editora executiva de “Sexualidad, Salud y Sociedad – Revista Latinoamericana”.

O ciclo “Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos” foi coordenado pelo antropólogo José Sérgio Leite Lopes, junto aos pesquisadores Felipe Magaldi, Lucas Pedretti, Luciana Lombardo e Virna Plastino.

 

 

Ciclo Memória | Movimentos negros, racismo institucional e ditadura

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Foto: Bira Soares/FCC

 

A mesa “Movimentos negros, racismo institucional e ditadura”, parte do ciclo “Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos”, foi realizada excepcionalmente numa quarta-feira, dia 03 de julho.

A ditadura militar representou um período de aprofundamento do racismo institucional que historicamente existe no Brasil. O movimento negro, que ressurgia em meados dos anos 1970, foi monitorado e controlado pelo regime, que caracterizava a ação dos militantes como “racismo negro”. Do mesmo modo, manifestações culturais negras, como os bailes black, também foram alvo do controle e repressão ditatoriais. Para além disso, contra a população negra em geral, especialmente os moradores de favelas e periferias, as formas de controle social que já existiam antes do golpe foram mantidas e aprofundadas. Prisões arbitrárias e torturas foram praticadas sob o manto da Lei da Vadiagem, e esquadrões da morte e grupos de extermínio deixaram milhares de vítimas de execuções sumárias e desaparecimentos forçados. Para refletir sobre estes temas, recebemos Carlos Alberto Medeiros (IH/UFRJ e IPCN), Flavia Rios (UFF), Marta Pinheiro (CDH/OAB e ex-CEV-Rio), Monica Cunha (CDH/ALERJ) e Vantuil Pereira (NEPP-DH/UFRJ).

Carlos Alberto Medeiros é jornalista, militante do movimento negro e estudioso da questão racial. Graduado em Comunicação e Editoração pela UFRJ, mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFF e doutorando em História pela UFRJ. É autor de “Racismo, preconceito e intolerância” e “Na lei e na raça: Legislação e relações raciais Brasil – Estados Unidos”. Foi presidente do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras e atualmente apresenta o programa CultNe na TV, na TV ALERJ. 

Flavia Rios é professora da UFF, graduada em ciências sociais pela USP, onde fez seu mestrado e doutorado em sociologia. Durante o estágio doutoral, desenvolveu pesquisa na Universidade de Princeton. É coordenadora do Grupo de estudos e Pesquisa Guerreiro Ramos (ICHF-UFF e coordenou o Simpósio de Pesquisas pós-graduadas sobre a questão racial da ANPOCS (2016-2018). Integra o projeto ” Vozes do Genocídio da Juventude Negra” (CNPq/2019).

Marta Pinheiro, assessora da Comissão de Direitos Humanos da OAB. Foi assessora da Comissão Estadual da Verdade do Rio, integrou a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra da OAB/RJ e a Comissão Estadual de Reparação ao Povo Negro. Militante do Coletivo Justiça Negra Luiz Gama.

Monica Cunha é coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ. É fundadora do Movimento Moleque, grupo que luta pela promoção dos direitos de adolescentes que estão no sistema socioeducativo e de seus familiares.

Vantuil Pereira é professor e diretor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da UFRJ. Graduado e doutor em História pela UFF. Suas áreas de pesquisa são: cidadania, Direitos Humanos, questões étnico-raciais, quilombos, movimentos sociais, cultura subalterna, identidade e Estado, Escravidão, Política Externa e poder no Brasil do século XIX e memórias e lutas sociais contemporâneas. 

O ciclo “Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos” foi coordenado pelo antropólogo José Sérgio Leite Lopes, junto aos pesquisadores Felipe Magaldi, Lucas Pedretti, Luciana Lombardo e Virna Plastino.

Nota de Pesar | Falecimento de Bráulio Rodrigues da Silva

O CBAE, através do seu Programa de Memória dos Movimentos Sociais (Memov), vem se somar às notas de pesar pelo falecimento do ativista social Bráulio Rodrigues da Silva, aos 96 anos, referência histórica para os movimentos de trabalhadores rurais e movimentos de moradia urbana.

Órfão, foi militante desde cedo, integrando a juventude comunista no período de legalidade entre 1945-47 do PCB em MG, depois ativista sindical em Volta Redonda e, após demissão, integrou movimento deposseiros na Baixada Fluminense nos anos 50 e 60.
Preso diversas vezes durante a ditadura militar, ressurgiu na militância das pastorais, no movimento de bairros e na Comissão Justiça e Paz da diocese de Nova Iguaçú durante o período de Dom Adriano Hipólito. Foi membro do Conselho da FASE, e colaborou com muitas pesquisas acadêmicas, notadamente com o Núcleo de Movimentos Sociais no Campo do CPDA/UFRRJ. Participou do projeto Memória Camponesa (coordenada pela Antropologia do Museu Nacional) e colaborou nos encontros do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. O acervo deste projeto está hoje no Memov.

As fotos de Bráulio abaixo foram tiradas nos referidos encontros.

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Fotos retiradas no  encontro Memória Camponesa realizado em dezembro de 2010 no Museu Nacional-UFRJ, numa mesa com outros sindicalistas de trabalhadores rurais de várias partes do país (da esquerda para a direita: Heraldo, ex-presidente da FETAG-RJ; Urbano, ex pres. da FETAG-RN e da CONTAG; Euclides Nascimento, ex-pres. da FETAPE; Moacir Palmeira prof. MN-UFRJ; José Francisco da Silva, ex-pres. da CONTAG; José Rodrigues, ex-pres. da FETAPE; Sebastião Santiago, ex-pres. do sindicato de Palmares-PE.
 
 
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Foto tirada no encontro de Pernambuco em 2005; à sua direita, com Manuel Gonçalo, presidente da FETAPE em 1964, que sofreu consequências e sequelas da repressão; e com José Rodrigues, ex-militante da FETAG-RN, e presidente da CUT RN.

A propósito do “Enriquecimento, uma crítica da mercadoria”

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Foto: Bira Soares/FCC

 

O CBAE e a Editora UFRJ convidaram a dupla de sociólogos franceses Luc Boltanski e Arnaud Esquerre para apresentação de seu livro “Enriquecimento, uma crítica da mercadoria” (Enrichessement, une critique de la merchandise; Ed. Gallimard).

O livro, publicado em 2017, esboça as características de um novo tipo de capitalismo, que vem surgindo mais claramente na Europa, baseado na raridade de coleções, patrimônios e bens culturais; diferentemente do capitalismo baseado na produção e no consumo de bens industriais de massa.

A atividade, aberta ao público, aconteceu no dia 4 de julho, das 17h às 19h, no salão 1 do CBAE.

Seleção para bolsista de Iniciação Científica

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O Colégio Brasileiro de Altos Estudos abre seleção para bolsista de Iniciação Científica para o  Programa de Memória dos Movimentos Sociais – Memov. As atividades principais serão sobre a formação de acervo no projeto de pesquisa “Movimentos cruzados e histórias específicas de operários e trabalhadores rurais. Análise comparativa dos ciclos de greves iniciados pelos metalúrgicos de São Paulo e do ABC paulista e pelos canavieiros de Pernambuco no final dos anos 70”. 
Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas aqui: Movimentos cruzados, histórias específicas
 
Condições da bolsa
Área de graduação: Humanas, principalmente Ciências Sociais e História ( apenas alunos da UFRJ)
Valor da bolsa: R$ 400,00 
Duração da bolsa: 01/07/2019 a 30/06/2020
Horário: 20 horas semanais
 
Seleção

Candidatos devem enviar email com currículo e texto de intenções na participação do projeto até o dia 01 de julho, para o email: miriamstarosky@forum.ufrj.br

As Lutas Contra a Tortura Ontem e Hoje

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A tortura é um crime de lesa humanidade e no Brasil sua prática é recorrente e sistêmica. Intensificada pelo golpe civil-militar, a tortura, dirigida também aos opositores do regime, nunca deixou de fazer parte do cotidiano de populações mais vulneráveis. Praticada por uma polícia violenta, despreparada e refém do sistema repressivo, sobre aqueles que o confrontam ou são marginalizados.

Em tempos de desmonte das políticas de direitos humanos que vinham questionando e buscando reverter esses efeitos da histórica repressão do Estado, convidamos para um debate na semana do Dia Internacional de Luta contra a Tortura.

No evento, procuramos recuperar através de testemunhos a memória de companheiros na luta por democracia; numa tentativa de examinar os mecanismos/programas que contribuíram para conter a injustiça institucional e pensar como avançar na direção da ampliação de direitos, na contenção da tortura e na garantia do estado democrático.

Por memória, verdade e justiça!