Debate e lançamento do livro “Brasil em jogo: o que fica da Copa e

 

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Durante a década de 2010, o Brasil foi palco de dois megaeventos esportivos: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Junto com o desafio de sediar tais atividades, uma série de questões veio à tona e, para sintetizá-las, surgiu o livro “Brasil em Jogo: o que fica da Copa e das Olimpíadas?”.

Originada de uma parceria da editora Boitempo com o portal Carta Maior, fez parte da coleção Tinta Vermelha. A produção contou com mais de 10 autores e tinha tanto argumentos que defendiam que os eventos eram uma janela histórica de oportunidades, quanto críticas que os consideravam excludentes e potencializadores da desigualdade social e do endividamento público.

No lançamento, no dia 09 de junho de 2014, foram organizadas duas mesas-redondas simultâneas, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com alguns dos nomes que colaboraram para a publicação. No Rio de Janeiro, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos foi eleito para receber a atividade. Como debatedores estiveram o cientista político Luis Fernandes, a premiada doutora em planejamento urbano pela UFRJ, Nelma Gusmão de Oliveira, o coordenador nacional do MTST, Vitor Guimarães, o coordenador do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e doutor em desenvolvimento econômico e social, Carlos Vainer, e o diretor do CBAE e doutor em antropologia social, José Sergio Leite Lopes.

 

Programação completa:

 

Rio de Janeiro

Debate com Luis Fernandes, José Sergio Leite Lopes, Carlos Vainer, Nelma Gusmão de Oliveira e Vitor Guimarães (MTST)

Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ

São Paulo

Debate com Raquel Rolnik, Jorge Luiz Souto Maior, João Sette Whitaker, Gilberto Maringoni e Guilherme Boulos (MTST)

Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH-USP

 

 

Conversa com Michel Pialoux

 

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O sociólogo francês Michel Pialoux participou de conversa no Colégio Brasileiro de Altos Estudos no dia 02 de junho de 2014. Em “Conversa com Michel Pialoux”, tratou sobre livro “Retorno à condição operária”, elaborado por ele com parceria de Stéphane Beaud.

Doutor em sociologia, Michel Pialoux é membro associado à Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), de Paris. Na obra feita com Beaud, tratou das transformações ocorridas na classe operária nos anos 1980, por conta da reestruturação produtiva. A publicação foi fruto de 15 anos de estudos sobre a empresa Peugeot em Sochaux-Montbéliard. Na atividade, foram discutidas as reverberações de “Retono à condição operária” e a atual situação do operariado.

Ainda houve a exibição do filme “Cadences en Chaínes”, que retrata a rotina na fábrica da Peugeot, a mesma dos estudos de Pialoux.   

 

 

“Diálogos universitários III” com Ângela Rocha

 

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Para a terceira atividade do ciclo Diálogos Universitários foi convidada a professora do Instituto de Matemática e então pró-reitora de graduação, Ângela Rocha. “Constrangimentos Internos à Construção de uma Universidade Contemporânea: A Questão da  Autonomia Universitária” aconteceu no dia 20 de maio de 2014.

 

 

“Projetos interrompidos: repercussões da ditadura sobre a

 

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No ano em que se completou 50 do golpe militar no Brasil, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizou 3 atividades que, hoje, compõem o Acervo Pensando os 50 anos do golpe militar do MEMOV. A primeira delas foi a mesa redonda “PROJETOS INTERROMPIDOS: repercussões da ditadura sobre a universidade, os trabalhadores e os povos indígenas”. Esta, que teve como tema projetos que foram interrompidos pela ditadura que entrava em vigência, foi realizada nos dias 19 e 20 de maio de 2014.

Com uma proposta de um amplo leque de temáticas, tratando  da questão indígena, universitária e dos trabalhadores, foi organizado por José Sergio Leite Lopes, diretor do CBAE, Beatriz Heredia, diretora adjunta do CBAE, Ildeu Moreira (IF/UFRJ) e Elina Pessanha (IFCS/UFRJ). Alfredo Wagner (UFAM) foi o debatedor geral.

As apresentações e debates abordaram as rupturas provocadas pelo regime militar nas seguintes áreas: ciência brasileira em processo de constituição, ascensão das reivindicações dos trabalhadores rurais, ascensão das demandas dos trabalhadores urbanos e proteção de povos e populações indígenas.

 

Programação:

 

19 DE MAIO

Abertura

José Sergio Leite Lopes

Daniel Aarão Reis Filho (UFF)

Geraldo Cândido (Comissão da Verdade do Rio)

MESA 1: Trabalhadores Rurais

José Francisco da Silva (CONTAG)

José Rodrigues Sobrinho (CUT)

Francisco Urbano Araújo Filho (CONTAG)

Josefa Reis (INCRA)

Coordenador: Moacir Palmeira (Museu Nacional-UFRJ)

Testemunho de Adriana Cardoso, filha de José Cardoso “Ferreirinha”, ex-metalúrgico

MESA 2 – Trabalhadores Urbanos

Benedito Santos (Fórum dos Anistiados dos Operários Navais),

Adelino Chaves (Presidente Associação dos Aposentados e Pensionistas da Petrobrás)

Ulisses Lopes (Sindicato dos Metalúrgicos)

José Adolar dos Santos (Sindicato dos Telefônicos)

Nilson Venâncio (ANAPAP – Associação Nacional dos Anistiados Políticos, Aposentados e Pensionistas)

Debatedor: Jardel Leal (DIEESE)

 

20 DE MAIO

MESA 3 – Ciência e Universidade:

Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG)

Luiz Pinguelli Rosa (COPPE/UFRJ)

Carlos Vainer (FCC/UFRJ)

Maria de Lourdes Fávero (UFRJ)

Coordenador: Ildeu Moreira (FCC/UFRJ e IF/UFRJ)

Testemunhos

MESA 4 – Povos Indígenas

Antonio Cabral (MPF-RJ)

Iara Ferraz (UFRJ)

Marcelo Zelic (Tortura Nunca Mais – SP)

Maria Rita Kehl (Comissão Nacional da Verdade)

Coordenador: João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional-UFRJ)

 

 

 

Seminário Internacional “Relações Brasil-Alemanha durante a Ditadura

 

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No dia 08 de de maio, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos/UFRJ recebeu o seminário internacional “Relações Brasil-Alemanha durante a Ditadura no Brasil”, com realização da Associação Fluminense de Ex-Bolsistas da Alemanha (AFEBA) e apoio da do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD).

O evento foi coordenado pelos professores Victor Hugo Klagsbrunn e Edmundo Moraes e pelo diretor da Fundação Heinrich Böll no Brasil, Dawid Bartelt; e encerrou o ciclo de debates promovido pela AFEBA sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil.

Na abertura, Klagsbrunn resumiu as atividades do dia, associando-as ao que viveu. Além disso, a programação incluiu a palestra “As relações Brasil-Alemanha e suas implicações regionais, 1964-2014”, o debate “O acordo nuclear Brasil-Alemanha” e a mesa redonda “A história não-oficial”, discutindo temas como colaboração de empresas alemãs com o regime militar brasileiro, a cooperação política e econômica entre os países e o tratamento recebido pelos exilados brasileiros na Alemanha.

 

 

“Diálogos universitários II” com Luiz Pinguelli Rosa

 

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Como segunda atividade do ciclo “Diálogos Universitários”, o CBAE recebeu Luiz Pinguelli Rosa para tratar da questão da autonomia universitária na pesquisa. “Constrangimentos externos à construção de uma universidade contemporânea: a questão da autonomia universitária” aconteceu no dia 15 de abril de 2014.

Doutor em Física pela PUC-Rio e mestre em Engenharia Nuclear pela UFRJ, Pinguelli é diretor de relações institucionais da COPPE/UFRJ, desde 2011. Renomado no campo da pesquisa, já foi agraciado com diversos prêmios, como o Prêmio ANP Inovação Tecnológica 2014, na categoria Personalidade Inovação do Ano. Além disso, atualmente integra a Academia Brasileira de Ciências e o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas

 

Lançamento do livro: “Estratégias educativas das elites brasileiras

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No dia 1º de Abril de 2014, aconteceu o lançamento do livro “Estratégias educativas das elites brasileiras na era da globalização”, de  Letícia Canedo, Kimi Tomizaki e Afrânio Garcia Jr. Além disso, foi realizada uma mesa redonda com Canedo e Garcia Jr.

Doutora em Ciências Humanas pela USP, Letícia Canedo é professora titular da Faculdade de Educação. Seus estudos abrangem áreas como transmissão do poder político, instituição escolar, educação das elites e circulação do conhecimento. Afrânio Garcia Jr, antropólogo, doutor pelo Museu Nacional-UFRJ, é professor da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris (EHESS). Foi diretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo e atualmente coordena o Grupo de Reflexão sobre o Brasil Contemporâneo, ambos na mesma EHESS. É pesquisador associado ao CBAE.

A publicação foi produzida com base na pesquisa “Circulação Internacional e Formação dos Quadros Dirigentes Brasileiros”, coordenada por Canedo, e traz à tona as mudanças que o fenômeno da globalização trouxe ao ensino. Questiona paradigmas como o de que o auge da educação nacional está na formação exterior.

 

 

Exibição de “A Arte do Renascimento – Uma Cinebiografia de Silvio

 

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No dia 31 de março, foi realizado o lançamento do documentário “A Arte do Renascimento – Uma cinebiografia de Silvio Tendler”, com a participação do diretor Noilton Nunes e do homenageado, Tendler. Dulce Pandolfi, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense e pesquisadora vinculada do CPDOC, da Fundação Getúlio Vargas, foi convidada para comentar a película.

“Diálogos Universitários I”, com Luiz Davidovitch

 

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Como atividade inaugural do ano de 2014, o CBAE recebeu a palestra “Universidade: desafios e perspectivas para a reinvenção de uma instituição multisecular em um país da periferia”. O encontro, realizado no dia 11 de março, foi o primeiro da série “Diálogos Universitários” e teve a participação do físico Luiz Davidovitch .

Diretor da Academia Brasileira de Ciências desde 2007 e membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, Luis Davidovitch é especialista em óptica quântica. Em 2009, recebeu o prêmio Almirante Álvaro Alberto pela sua trajetória de pesquisa nas ciências exatas. Atualmente, é professor titular do Instituto de Física/UFRJ e pesquisa nas áreas de emaranhamento quântico e teoria do laser.

O intuito do ciclo, que teve ainda outras 2 atividades, era discutir os desafios que a universidade e a sociedade brasileira enfrentavam no campo da educação, da ciência e tecnologia, da cultura e da arte.

 

 

Conferências com Michel Paty

 

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O Colégio Brasileiro de Altos Estudos, em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), recebeu nos dias 18 e 21 de novembro o físico francês Michel Paty. Foram realizadas duas conferências

Doutor em Física e Filosofia, Michel Paty é Diretor Emérito de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS). Com uma notória contribuição no campo da Física de Partículas, alia esses estudos com a produção nas áreas da Epistemologia e da História da Ciência. Além disso, possui uma longa relação com a ciência brasileira, que foi tema do livro “Filosofia, Ciência e História: Michel Paty e o Brasil, uma homenagem aos 40 anos de colaboração”, organizado por Mauricio Pietrocola e Olival Freire Junior (Fapesp /Discurso Editorial, 2005).

Realizada no dia 18, “Situação do Tema da Criação Científica na Filosofia do Conhecimento” fez parte da comemoração dos 50 anos da COPPE/ UFRJ. O sociólogo Alberto Oliva, professor de Filosofia do Conhecimento do IFCS/UFRJ, compôs a mesa como debatedor.

Na segunda atividade, Paty falou de sua experiência quando foi preso após o golpe militar no Brasil, ao lado de outros professores da Universidade de Brasília (UnB). “Campus sitiado: a Universidade de Brasília e o golpe de 1964” teve o apoio da Comissão da Memória e da Verdade da UFRJ.