A relação entre música e resistência contra o regime ditatorial na Argentina foi tema de palestra no Colégio Brasileiro de Altos Estudos no dia 12 de setembro de 2014. O convidado foi Esteban Buch, diretor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), em Paris. Buch é doutor em Música pela EHESS e tem o estudo político da música como área de interesse.
O evento foi realizado em parceria com o PPGAS-MN-UFRJ.
No dia 28/5, aconteceu o evento “Trabalho memorial e favelas em tempos de ditadura”, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE). Além de três mesas de debates, completam a programação a exibição do filme “Remoção”, de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack e uma explosição. O intuíto é discutir a vida nas favelas brasileiras durante a ditadura militar.
O evento é promovido pelo Laboratório de Educação e Patrimônio Cultural da UFF (Laboep/ FEUFF), o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, o Museu Sankofa e o Centro Lúdico da Rocinha.
Veja como foi a programação completa abaixo:
Abertura – José Sérgio Leite Lopes (CBAE/UFRJ) e Lygia Segala (UFF)
Mesa 1: As três ditaduras
Mediadora: Lygia Segala (UFF) Palestrantes: Adair Rocha (UERJ e PUC-Rio), Adriana Facina (PPGAS/UFRJ), Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha), Edison Diniz (Rede de Desenvolvimento da Maré), José Martins de Oliveira (Rocinha sem Fronteiras), Mônica Francisco (ASPLANDE, Borel).11:30h – 13:00h Exibição do Filme “Remoção”, de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack.
Mesa 2: O “Tempo do medo das remoções”: Memórias, testemunho
Mediador: Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha) Palestrantes: Anazir Maria Oliveira (Dona Zica – Vila Aliança), Antônio de Oliveira Lima (ex-presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha), Tania Regina da Silva (Creche “E Aí como é que fica?”, Rocinha), Luiz Antonio Pilar (Diretor do filme “Remoção”), Eladir Fátima Nascimento dos Santos (UNIRIO), Lygia Segala (UFF), Dulce Pandolfi (CPDOC/FGV).
Mesa 3: Juventude, redes e movimentos sociais. Mediadora: Marina Alves (UFF) Paletrantes: Aline Fernandes (AMAR – Associação de Mulheres de Ação e Reação do Vidigal), Fernando Ermiro (Museu Sankofa da Rocinha), Juan Souza e Silva (Grupo ECO, Santa Marta), Lívia de Tommasi (UFF), Raul Santiago (Ocupa Alemão), Regina Novaes (UFRJ).Exposição: “Varal de Lembranças”.Encerramento: “Reinaldo Santana & Visão Suburbana”.
Como uma forma de continuar as reflexões propostas em “projetos interrompidos”, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos elaborou uma jornada a fim de discutir a vida nas favelas brasileiras durante a ditadura militar. Realizado no dia 13 de agosto de 2014, “Trabalho memorial e favelas em tempos de ditadura” também foi incluído no Acervo 50 anos do golpe do MEMOV.
A atividade reuniu pesquisadores e moradores de favelas de diferentes épocas engajados em projetos de reconstrução da memória em mesas de debate. Além disso, foi exibido o filme “Remoção” de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack, e foi feita uma exposição sobre o livro “Varal de Lembranças” de Lygia Segala.
Segala é professora da Faculdade de Educação da UFF e pós-doutoranda em Antropologia Social na UFRJ e foi a organizadora do encontro junto com o diretor do CBAE, José Sérgio Leite Lopes.
Além do CBAE, participaram na realização do evento o Laboratório de Educação e Patrimônio Cultural da UFF (Laboep/FEUFF), o Museu Sankofa e o Centro Lúdico da Rocinha
Programação completa:
Abertura:
José Sérgio Leite Lopes (CBAE/UFRJ) e Lygia Segala (UFF)
Mesa 1: As três ditaduras:
Mediadora: Lygia Segala (UFF)
Palestrantes: Adair Rocha (UERJ e PUC-Rio), Adriana Facina (PPGAS/UFRJ), Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha), Edison Diniz (Rede de Desenvolvimento da Maré), José Martins de Oliveira (Rocinha sem Fronteiras), Mônica Francisco (ASPLANDE, Borel).
Exibição do Filme “Remoção”, de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack.
Mesa 2: O “Tempo do medo das remoções”: Memórias, testemunho:
Mediador: Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha)
Palestrantes: Anazir Maria Oliveira (Dona Zica – Vila Aliança), Antônio de Oliveira Lima (ex-presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha), Tania Regina da Silva (Creche “E Aí como é que fica?”, Rocinha), Luiz Antonio Pilar (Diretor do filme “Remoção”), Eladir Fátima Nascimento dos Santos (UNIRIO), Lygia Segala (UFF), Dulce Pandolfi (CPDOC/FGV).
Mesa 3: Juventude, redes e movimentos sociais:
Mediadora: Marina Alves (UFF)
Palestrantes: Aline Fernandes (AMAR – Associação de Mulheres de Ação e Reação do Vidigal), Fernando Ermiro (Museu Sankofa da Rocinha), Juan Souza e Silva (Grupo ECO, Santa Marta), Lívia de Tommasi (UFF), Raul Santiago (Ocupa Alemão), Regina Novaes (UFRJ).
Com o objetivo de discutir a situação do Brasil, o Fórum de Ciência e Cultura elaborou o ciclo de debates “Brasil 2014: Uma Nação na Encruzilhada da História?”. Com uma série de oito encontros tratando democracia, educação, saúde, economia e mídia, o ciclo aconteceu em diferentes unidades da UFRJ.
Em um contexto de desencanto quanto a possibilidade de encontrar alternativas através da renovação das instituições representativas e de desconfiança em relação aos agentes que as fazem funcionar, a universidade foi desafiada a constituir-se em campo da reflexão. Nesse sentido, tinha o papel tanto de interpelar os movimentos nascidos das lutas de junho quanto os que, engajados no terreno político-institucional, buscam, com consistência e dignidade, algo mais que a simples reprodução de mandatos.
As perguntas a serem respondidas pelo ciclo eram: estávamos, afinal, em uma encruzilhada histórica? Quais eram as possibilidades e caminhos a serem trilhados?
O Colégio Brasileiro de Altos Estudos recebeu a primeira atividade, “Estado, Participação Popular e Democracia”, no dia 11 de agosto de 2014. Com a temática “Estado, Participação Popular e Democracia”, contou com a presença do reitor Carlos Levi, do diretor do Departamento de Participação Social da Secretaria Geral da Presidência da República, Pedro Pontual, do professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Paulo Arantes, e do diretor do CBAE, José Sérgio Leite Lopes.
Durante a década de 2010, o Brasil foi palco de dois megaeventos esportivos: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Junto com o desafio de sediar tais atividades, uma série de questões veio à tona e, para sintetizá-las, surgiu o livro “Brasil em Jogo: o que fica da Copa e das Olimpíadas?”.
Originada de uma parceria da editora Boitempo com o portal Carta Maior, fez parte da coleção Tinta Vermelha. A produção contou com mais de 10 autores e tinha tanto argumentos que defendiam que os eventos eram uma janela histórica de oportunidades, quanto críticas que os consideravam excludentes e potencializadores da desigualdade social e do endividamento público.
No lançamento, no dia 09 de junho de 2014, foram organizadas duas mesas-redondas simultâneas, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com alguns dos nomes que colaboraram para a publicação. No Rio de Janeiro, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos foi eleito para receber a atividade. Como debatedores estiveram o cientista político Luis Fernandes, a premiada doutora em planejamento urbano pela UFRJ, Nelma Gusmão de Oliveira, o coordenador nacional do MTST, Vitor Guimarães, o coordenador do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e doutor em desenvolvimento econômico e social, Carlos Vainer, e o diretor do CBAE e doutor em antropologia social, José Sergio Leite Lopes.
Programação completa:
Rio de Janeiro
Debate com Luis Fernandes, José Sergio Leite Lopes, Carlos Vainer, Nelma Gusmão de Oliveira e Vitor Guimarães (MTST)
Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ
São Paulo
Debate com Raquel Rolnik, Jorge Luiz Souto Maior, João Sette Whitaker, Gilberto Maringoni e Guilherme Boulos (MTST)
Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH-USP
O sociólogo francês Michel Pialoux participou de conversa no Colégio Brasileiro de Altos Estudos no dia 02 de junho de 2014. Em “Conversa com Michel Pialoux”, tratou sobre livro “Retorno à condição operária”, elaborado por ele com parceria de Stéphane Beaud.
Doutor em sociologia, Michel Pialoux é membro associado à Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), de Paris. Na obra feita com Beaud, tratou das transformações ocorridas na classe operária nos anos 1980, por conta da reestruturação produtiva. A publicação foi fruto de 15 anos de estudos sobre a empresa Peugeot em Sochaux-Montbéliard. Na atividade, foram discutidas as reverberações de “Retono à condição operária” e a atual situação do operariado.
Ainda houve a exibição do filme “Cadences en Chaínes”, que retrata a rotina na fábrica da Peugeot, a mesma dos estudos de Pialoux.
Para a terceira atividade do ciclo Diálogos Universitários foi convidada a professora do Instituto de Matemática e então pró-reitora de graduação, Ângela Rocha. “Constrangimentos Internos à Construção de uma Universidade Contemporânea: A Questão da Autonomia Universitária” aconteceu no dia 20 de maio de 2014.
No ano em que se completou 50 do golpe militar no Brasil, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizou 3 atividades que, hoje, compõem o Acervo Pensando os 50 anos do golpe militar do MEMOV. A primeira delas foi a mesa redonda “PROJETOS INTERROMPIDOS: repercussões da ditadura sobre a universidade, os trabalhadores e os povos indígenas”. Esta, que teve como tema projetos que foram interrompidos pela ditadura que entrava em vigência, foi realizada nos dias 19 e 20 de maio de 2014.
Com uma proposta de um amplo leque de temáticas, tratando da questão indígena, universitária e dos trabalhadores, foi organizado por José Sergio Leite Lopes, diretor do CBAE, Beatriz Heredia, diretora adjunta do CBAE, Ildeu Moreira (IF/UFRJ) e Elina Pessanha (IFCS/UFRJ). Alfredo Wagner (UFAM) foi o debatedor geral.
As apresentações e debates abordaram as rupturas provocadas pelo regime militar nas seguintes áreas: ciência brasileira em processo de constituição, ascensão das reivindicações dos trabalhadores rurais, ascensão das demandas dos trabalhadores urbanos e proteção de povos e populações indígenas.
No dia 08 de de maio, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos/UFRJ recebeu o seminário internacional “Relações Brasil-Alemanha durante a Ditadura no Brasil”, com realização da Associação Fluminense de Ex-Bolsistas da Alemanha (AFEBA) e apoio da do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD).
O evento foi coordenado pelos professores Victor Hugo Klagsbrunn e Edmundo Moraes e pelo diretor da Fundação Heinrich Böll no Brasil, Dawid Bartelt; e encerrou o ciclo de debates promovido pela AFEBA sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil.
Na abertura, Klagsbrunn resumiu as atividades do dia, associando-as ao que viveu. Além disso, a programação incluiu a palestra “As relações Brasil-Alemanha e suas implicações regionais, 1964-2014”, o debate “O acordo nuclear Brasil-Alemanha” e a mesa redonda “A história não-oficial”, discutindo temas como colaboração de empresas alemãs com o regime militar brasileiro, a cooperação política e econômica entre os países e o tratamento recebido pelos exilados brasileiros na Alemanha.
Como segunda atividade do ciclo “Diálogos Universitários”, o CBAE recebeu Luiz Pinguelli Rosa para tratar da questão da autonomia universitária na pesquisa. “Constrangimentos externos à construção de uma universidade contemporânea: a questão da autonomia universitária” aconteceu no dia 15 de abril de 2014.
Doutor em Física pela PUC-Rio e mestre em Engenharia Nuclear pela UFRJ, Pinguelli é diretor de relações institucionais da COPPE/UFRJ, desde 2011. Renomado no campo da pesquisa, já foi agraciado com diversos prêmios, como o Prêmio ANP Inovação Tecnológica 2014, na categoria Personalidade Inovação do Ano. Além disso, atualmente integra a Academia Brasileira de Ciências e o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas
No dia 1º de Abril de 2014, aconteceu o lançamento do livro “Estratégias educativas das elites brasileiras na era da globalização”, de Letícia Canedo, Kimi Tomizaki e Afrânio Garcia Jr. Além disso, foi realizada uma mesa redonda com Canedo e Garcia Jr.
Doutora em Ciências Humanas pela USP, Letícia Canedo é professora titular da Faculdade de Educação. Seus estudos abrangem áreas como transmissão do poder político, instituição escolar, educação das elites e circulação do conhecimento. Afrânio Garcia Jr, antropólogo, doutor pelo Museu Nacional-UFRJ, é professor da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris (EHESS). Foi diretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo e atualmente coordena o Grupo de Reflexão sobre o Brasil Contemporâneo, ambos na mesma EHESS. É pesquisador associado ao CBAE.
A publicação foi produzida com base na pesquisa “Circulação Internacional e Formação dos Quadros Dirigentes Brasileiros”, coordenada por Canedo, e traz à tona as mudanças que o fenômeno da globalização trouxe ao ensino. Questiona paradigmas como o de que o auge da educação nacional está na formação exterior.