Ciclo Movimentos Sociais e Esfera Pública

 

MSEP

 

No primeiro semestre de 2015 foi realizado o ciclo de debates Movimentos Sociais e Esfera Pública que teve como base os frutos do projeto de pesquisa “Movimentos Sociais e Esfera Pública – Impactos e desafios da participação da sociedade civil na formulação e implementação de políticas governamentais”.

Esse projeto se propunha analisar as relações entre alguns movimentos sociais e o Estado em diferentes instâncias, entendendo as experiências de participação e o significado que tinham para os movimentos. Realizado entre 2013 e novembro de 2014, teve como fruto o livro “Movimentos Sociais e Esfera Pública: O Mundo da Participação”.

No ciclo, inserido dentro de um curso, a proposta foi discutir os resultados da investigação e promover um novo diálogo com a academia. Com esse objetivo, reunimos os pesquisadores do projeto, especialistas nos temas convidados, membros de diversos movimentos e alunos, para discutir as potencialidades e limites que estudos como esse apresentam.

 

PROGRAMAÇÃO

17/04 – “Movimentos sindicais urbanos”, com José Ricardo Ramalho, Marina Cordeiro e Eduardo Ângelo da Silva

24/04 – “Movimentos sociais rurais”, com John Comerford, Luciana Almeida e Moacir

Palmeira

08/05 – “Movimentos indígenas”, com Iara Ferraz, Indira Caballero e Tonico Benitez

15/05 – “Movimento negro”, com Sonia Giacomini e Paulo Terra

22/05 – “Movimentos de Mulheres”, com Anelise Gutterez, Adriana Vianna e Silvia Aguião

29/05 – “Movimentos LGBT”, com Silvia Aguião, Adriana Vianna e Anelise Gutterez

05/06 – “Movimentos juventude”, com Regina Novaes e Rosilene Alvim

12/06 – “Populações tradicionais”, com André Dumans Guedes, José Carlos Matos Pereira e Marcelo Moura Mello

19/06 – “Movimentos urbanos”, com Dulce Pandolfi e Wecisley Ribeiro

 

“Celso Furtado e mudanças do campo internacional dos economistas” com

 

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No dia 26 de março de 2015 o CBAE recebeu a palestra “Celso Furtado e mudanças do campo internacional dos economistas: ensinamentos do exílio na França” com o professor Afrânio Garcia Jr.. Na conversa, foi destacada a importância de Celso Furtado, as contribuições que o exílio lhe trouxe e as mudanças que ocorriam nesse período.

Afrânio Garcia Jr, antropólogo, doutor pelo Museu Nacional-UFRJ, é professor da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris (EHESS). Foi diretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo e atualmente coordena o Grupo de Reflexão sobre o Brasil Contemporâneo, ambos na mesma EHESS. É pesquisador associado ao CBAE.

O Centro Celso Furtado foi um dos apoiadores da atividade, assim como o NUPET/IESP/UERJ, o Grupo de Pesquisa sobre História Global do Trabalho do Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu da UFRRJ, o DTA/IFCS/UFRJ e o LEMT/CPDOC/FGV.

Descrição do evento:

“A recepção calorosa das edições de Formação econômica do Brasil (1959) e de Desenvolvimento e subdesenvolvimento (1961), livros que acompanham de perto seu prestígio como renovador da matriz institucional do Estado brasileiro, primeiro como  Superintendente da SUDENE, depois como criador do Ministério do Planejamento, contribuiu, de modo paradoxal, para ofuscar sua obra redigida e publicada durante os anos de exílio, quase integralmente vividos na França. Atenção bem menor tem sido dada à evolução de seu pensamento durante os anos em que sua carreira ficou totalmente voltada para o ensino e a pesquisa universitários. A reflexão a ser apresentada busca explicitar as profundas mudanças do panorama institucional francês, a exemplo daquelas já ocorridas no mundo anglo-saxão, que permitem melhor entender a perda de hegemonia do marco teórico keynesiano e a afirmação dos modelos neoclássicos de fatura neoliberal. A percepção do exílio apenas como interregno entre dois momentos onde participou da alta administração do Estado brasileiro parece constituir obstáculo de primeira ordem para a compreensão das contribuições desse autor inovador.“

 

 

“A valorização dos produtos locais” com Marie-France Garcia-Parpet

A valorização dos produtos locais – como vinhos, cachaças e queijos – em um contexto de globalização dos mercados foi tema de palestra no CBAE com a antropóloga Marie-France Garcia-Parpet. “A valorização dos produtos locais: objetos exclusivos dos estudos rurais?” aconteceu no  dia 19 de março de 2015.

Garcia-Parpet é pesquisadora do Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), onde estuda a construção social dos mercados. Entre seus objetos de pesquisa estão o mercado camponês do Nordeste, a mundialização do vinho, a expansão da noção de “terroir” (terreiro) e os certificados orgânicos.

A organização contou com a parceria do Núcleo de Pesquisa sobre Cultura e Economia (NuCEC), do Núcleo de Antropologia da Política (NuAP) e do Núcleo de Antropologia do Trabalho, Estudos Biográficos e de Trajetória (NuAT). Todos esses fazem parte do PPGAS/MN/UFRJ.

Descrição do evento:

“Em um contexto de liberalização das trocas e de um produtivismo exacerbado, inúmeras questões se colocam sobre o futuro da agricultura familiar, cuja existência e sucesso econômico são fortemente ligados a políticas de fomento nacional ou regional. A valorização das especificidades territoriais e históricas com a noção de “terroir” (terreiro), no que diz respeito a o vinho e ao queijo, é frequentemente percebida pelos cientistas, autoridades políticas e produtores como um meio eficaz para confrontar a crescente competição econômica. Mas esta forma de valorização dos produtos só pode se produzir com um deslocamento do estatuto de produto “standard” para o de produto “simbólico”, um processo que é decorrente não somente do desenvolvimento rural em si  mesmo, mas de representações oriundas do mundo acadêmico, do campo gastronômico e jornalístico. Tais produtos transformados em símbolos tornam-se marcadores de estilos de vida socialmente contrastivos. O estudos da valorização dos produtos locais através das “denominações de origem” (appelation d’origine controlée, AOL, em francês) pode ser assim um revelador poderoso das estrategias dos agentes e dos jogos envolvidos na globalização dos mercados.”

 

Debate “O imbróglio do clima”

 

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Com o objetivo de discutir a questão climática, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizou o debate “O imbróglio do clima” no dia 15 de dezembro de 2014. Estiveram presentes José Eli da Veiga, autor de livro homônimo, como mediador, Alfredo Sikis, Carlos Minc, Emílio Lavorere e Sérgio Besserman. A publicação de Eli da Veiga, tema da mesa redonda, foi lançada em 2014, e trata do aquecimento global e as diferentes perspectivas existentes.

Ciclo de Palestras com Michel Agier

 

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No último trimestre de 2014 foi realizado pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos um Ciclo de Palestras com o antropólogo Michel Agier. Com parceria do programa de Cátedra Francesa da UERJ, do PPCIS/UERJ, do Consulado da França e do Grupo Cidade, aconteceram no CBAE duas mesas redondas e uma jornada de estudos.

Diretor da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris (EHESS) e diretor de pesquisa no Institut de Recherche pour le Développement (IRD), Michel Agier foi titular de uma das cátedras francesas na UERJ entre setembro e dezembro de 2014. Após haver dirigido o Centro de Estudos Africanos do EHESS, esteve desde 2013 ligado ao Instituto Interdisciplinar de Antropologia Contemporânea. Suas pesquisas tratam das relações entre a mundialização humana, as condições e os lugares do exílio e a formação de novos contextos urbanos. Entre seus últimos livros, contam “A condição cosmopolita” (em francês) e “Antropologia da cidade: Lugares, situações, movimentos” (Terceiro Nome, São Paulo, 2011).    

A primeira atividade, “Da Etnografia das Margens à Antropologia da Cidade”, aconteceu no dia 17 de outubro de 2014. No evento, Agier tratou da questão etnográfica e explorou a questão da urbe como um processo apreendido a partir dos movimentos que “fazem cidade”.  

Realizada em 17 de novembro de 2014, “Um mundo de acampamentos; por uma antropologia do confinamento de migrantes, refugiados e trabalhadores”, teve como temática os acampamentos, que Agier classifica como um dispositivo de confinamento que tem se desenvolvido pelo mundo desde os anos 90.

A jornada de estudos “Fronteiras, Migrações, Descentramento, Cosmopolitismo”, que encerrou o ciclo e as atividades do CBAE em 2014, aconteceu no dia 11 de dezembro

 

 

“Cultural trauma” e “The crisis of journalism”, com Jeffrey Alexander

 

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O sociólogo Jeffrey Alexander foi convidado especial do Colégio Brasileiro de Altos Estudos em duas oportunidades em outubro de 2014. Tratando sobre sociologia cultural e da crise do jornalismo, realizou atividades nos dias 20 e 21 daquele mês.

Doutor pela Universidade da Califórnia, Jeffrey Alexander é co-diretor do Centro Cultural de Sociologia da Universidade Yale. Com estudos nas áreas de teoria, cultura e política, busca compreender códigos e narrativa.

O primeiro evento, “Cultural Trauma, Social Solidarity and Moral Responsibility; The Preconditions of Civil Repair” tratou da questão do desgaste da cultura, da solidariedade e da responsabilidade moral na contemporaneidade. Já “The Crisis of Journalism Reconsidered: Political Power” teve como base o livro lançado pelo pesquisador na época.

O evento foi realizado em parceria com o IESP/UERJ.

 

 

Lançamento do Livro “Alegria e Coragem: ensaios sobre a vida e a

 

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No dia 2 de outubro de 2014, aconteceu no Colégio Brasileiro de Altos Estudos o lançamento do livro “Alegria e Coragem: ensaios sobre a vida e a resistência nos espaços desertificados do semiárido” da pesquisadora Peregrina Capelo. Na atividade, Capelo apresentou a publicação, exibiu o vídeo “Onde Nascem as Pedras” e realizou um debate com os presentes.

Com graduação, mestrado e doutora em Sociologia pela UFC, Peregrina Capelo é diretora do  Laboratório de Antropologia e Imagem (LAI) da instituição. O LAI tem como enfoque o estudo da imagem pelo olhar da antropologia, além da produção de vídeos e de documentários.

O livro “Alegria e Coragem” surgiu com base nesse diálogo e buscou retratar, através de fotografias, a vida e a resistência dos moradores do semiárido brasileiro. Além disso, houve a exibição do documentário “Onde Nascem as Pedras”, também produzido por Capelo a partir do LAI, que segue a mesma proposta da publicação.

O evento foi realizado em parceria com o NuAP e NuAT, ambos do PPGAS/MN/UFRJ.

 

 

“A introdução da internet e do smartphone na vida social e nas

 

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Buscando tratar da temática das práticas culturais no meio digital, o antropólogo Vassili Rivron foi convidado para ministrar a palestra “A introdução da internet e do smartphone na vida social e nas práticas culturais na França e na África Central”. A atividade aconteceu no dia 18 de setembro de 2014.

 

Homenagem ao centenário de vida de Evaristo de Moraes Filho

 

 

Durante o mês de setembro de 2016 o Colégio Brasileiro de Altos Estudos, em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), a Faculdade Nacional de Direito (FND/UFRJ) e o AMORJ/IFCS prestaram homenagens ao centenário de vida de Evaristo Moraes Filho.

O acadêmico foi professor da FND, fundador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Brasil e regente da cátedra de Sociologia quando ela se transformou no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS).

Com a presença de José Sérgio Leite Lopes, José Murilo de Carvalho, Charles Pessanha e Maria Stella Amorim, o CBAE realizou uma atividade no dia 16 de setembro. A celebração também teve como sede o IFCS, no dia 23, e a FND, no dia 30.

 

Programação completa:

16/09 – Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE):

MESA 1: José Murilo de Carvalho, José Sérgio Leite Lopes, Charles Pessanha e Maria Stella Amorim;

23/09 –  Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS):

MESA 2: Angela de Castro Gomes, Regina Morel, José Ricardo Ramalho, Marcos Aurelio Santana Rodrigues e Elina Pessanha;

MESA 3: Glaucia Villas Bôas, Andre Botelho, Gabriela Nunes Ferreira, Antonio Brasil Jr., Jefferson de Almeida Silva;

Inauguração da exposição alusiva ao evento

30/09 – Faculdade Nacional de Direito (30/09)

MESA 4: Antonio Carlos Flores de Moraes, Rodrigo Carelli, Ivan Simões Garcia, Sayonara Grillo da Silva, Celso Soares, Ana Luisa Palmisciano e Salete Macaloz.

“A valorização da música popular pela rádio brasileira” com Vassili

 

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No dia 15 de setembro de 2014, o antropólogo Vassili Rivron foi convidado pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos para falar sobre a rádio nacional e sua atuação no processo de valorização da música brasileira. Doutor em Sociologia pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), Rivron é professor da Universidade de Caen (França).

O evento foi realizado em parceria com o PPGAS-MN-UFRJ.

 

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