“Ética na pesquisa” com Luiz Fernando Duarte e Jorge Venâncio

 

2015.05.04 Etica na Pesquisa 7

 

Recentemente, surgiram no âmbito do Conselho Nacional de Ética da Pesquisa importantes controvérsias acerca da possibilidade, ou não, de regras comuns para os diversos campos do conhecimento. Em particular, as regras que deveriam reger as pesquisas, de um lado, em Ciências Biomédicas e, de outro lado, em Humanidades e Ciências Sociais.

Este foi o tema do debate realizado no dia 04 de maio, no CBAE. O evento contou com a participação dos pesquisadores Luiz Fernando Dias Duarte, professor do PPGAS/Museu Nacional e integrante do grupo de trabalho sobre Ética na Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais da FACHS, e Jorge Venâncio, secretário de Saúde da CGTB e coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde (CONEP-CNS).  

O evento teve apoio do Fórum de Ciência e Cultura, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) e da Câmara Técnica de Ética em Pesquisa da UFRJ. Houve transmissão simultânea pela WEB-TV da UFRJ.

 

 

“Celso Furtado e mudanças do campo internacional dos economistas” com

 

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No dia 26 de março de 2015 o CBAE recebeu a palestra “Celso Furtado e mudanças do campo internacional dos economistas: ensinamentos do exílio na França” com o professor Afrânio Garcia Jr.. Na conversa, foi destacada a importância de Celso Furtado, as contribuições que o exílio lhe trouxe e as mudanças que ocorriam nesse período.

Afrânio Garcia Jr, antropólogo, doutor pelo Museu Nacional-UFRJ, é professor da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris (EHESS). Foi diretor do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo e atualmente coordena o Grupo de Reflexão sobre o Brasil Contemporâneo, ambos na mesma EHESS. É pesquisador associado ao CBAE.

O Centro Celso Furtado foi um dos apoiadores da atividade, assim como o NUPET/IESP/UERJ, o Grupo de Pesquisa sobre História Global do Trabalho do Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu da UFRRJ, o DTA/IFCS/UFRJ e o LEMT/CPDOC/FGV.

Descrição do evento:

“A recepção calorosa das edições de Formação econômica do Brasil (1959) e de Desenvolvimento e subdesenvolvimento (1961), livros que acompanham de perto seu prestígio como renovador da matriz institucional do Estado brasileiro, primeiro como  Superintendente da SUDENE, depois como criador do Ministério do Planejamento, contribuiu, de modo paradoxal, para ofuscar sua obra redigida e publicada durante os anos de exílio, quase integralmente vividos na França. Atenção bem menor tem sido dada à evolução de seu pensamento durante os anos em que sua carreira ficou totalmente voltada para o ensino e a pesquisa universitários. A reflexão a ser apresentada busca explicitar as profundas mudanças do panorama institucional francês, a exemplo daquelas já ocorridas no mundo anglo-saxão, que permitem melhor entender a perda de hegemonia do marco teórico keynesiano e a afirmação dos modelos neoclássicos de fatura neoliberal. A percepção do exílio apenas como interregno entre dois momentos onde participou da alta administração do Estado brasileiro parece constituir obstáculo de primeira ordem para a compreensão das contribuições desse autor inovador.“

 

 

“A valorização dos produtos locais” com Marie-France Garcia-Parpet

A valorização dos produtos locais – como vinhos, cachaças e queijos – em um contexto de globalização dos mercados foi tema de palestra no CBAE com a antropóloga Marie-France Garcia-Parpet. “A valorização dos produtos locais: objetos exclusivos dos estudos rurais?” aconteceu no  dia 19 de março de 2015.

Garcia-Parpet é pesquisadora do Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), onde estuda a construção social dos mercados. Entre seus objetos de pesquisa estão o mercado camponês do Nordeste, a mundialização do vinho, a expansão da noção de “terroir” (terreiro) e os certificados orgânicos.

A organização contou com a parceria do Núcleo de Pesquisa sobre Cultura e Economia (NuCEC), do Núcleo de Antropologia da Política (NuAP) e do Núcleo de Antropologia do Trabalho, Estudos Biográficos e de Trajetória (NuAT). Todos esses fazem parte do PPGAS/MN/UFRJ.

Descrição do evento:

“Em um contexto de liberalização das trocas e de um produtivismo exacerbado, inúmeras questões se colocam sobre o futuro da agricultura familiar, cuja existência e sucesso econômico são fortemente ligados a políticas de fomento nacional ou regional. A valorização das especificidades territoriais e históricas com a noção de “terroir” (terreiro), no que diz respeito a o vinho e ao queijo, é frequentemente percebida pelos cientistas, autoridades políticas e produtores como um meio eficaz para confrontar a crescente competição econômica. Mas esta forma de valorização dos produtos só pode se produzir com um deslocamento do estatuto de produto “standard” para o de produto “simbólico”, um processo que é decorrente não somente do desenvolvimento rural em si  mesmo, mas de representações oriundas do mundo acadêmico, do campo gastronômico e jornalístico. Tais produtos transformados em símbolos tornam-se marcadores de estilos de vida socialmente contrastivos. O estudos da valorização dos produtos locais através das “denominações de origem” (appelation d’origine controlée, AOL, em francês) pode ser assim um revelador poderoso das estrategias dos agentes e dos jogos envolvidos na globalização dos mercados.”

 

Debate “O imbróglio do clima”

 

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Com o objetivo de discutir a questão climática, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizou o debate “O imbróglio do clima” no dia 15 de dezembro de 2014. Estiveram presentes José Eli da Veiga, autor de livro homônimo, como mediador, Alfredo Sikis, Carlos Minc, Emílio Lavorere e Sérgio Besserman. A publicação de Eli da Veiga, tema da mesa redonda, foi lançada em 2014, e trata do aquecimento global e as diferentes perspectivas existentes.

Ciclo de Palestras com Michel Agier

 

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No último trimestre de 2014 foi realizado pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos um Ciclo de Palestras com o antropólogo Michel Agier. Com parceria do programa de Cátedra Francesa da UERJ, do PPCIS/UERJ, do Consulado da França e do Grupo Cidade, aconteceram no CBAE duas mesas redondas e uma jornada de estudos.

Diretor da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris (EHESS) e diretor de pesquisa no Institut de Recherche pour le Développement (IRD), Michel Agier foi titular de uma das cátedras francesas na UERJ entre setembro e dezembro de 2014. Após haver dirigido o Centro de Estudos Africanos do EHESS, esteve desde 2013 ligado ao Instituto Interdisciplinar de Antropologia Contemporânea. Suas pesquisas tratam das relações entre a mundialização humana, as condições e os lugares do exílio e a formação de novos contextos urbanos. Entre seus últimos livros, contam “A condição cosmopolita” (em francês) e “Antropologia da cidade: Lugares, situações, movimentos” (Terceiro Nome, São Paulo, 2011).    

A primeira atividade, “Da Etnografia das Margens à Antropologia da Cidade”, aconteceu no dia 17 de outubro de 2014. No evento, Agier tratou da questão etnográfica e explorou a questão da urbe como um processo apreendido a partir dos movimentos que “fazem cidade”.  

Realizada em 17 de novembro de 2014, “Um mundo de acampamentos; por uma antropologia do confinamento de migrantes, refugiados e trabalhadores”, teve como temática os acampamentos, que Agier classifica como um dispositivo de confinamento que tem se desenvolvido pelo mundo desde os anos 90.

A jornada de estudos “Fronteiras, Migrações, Descentramento, Cosmopolitismo”, que encerrou o ciclo e as atividades do CBAE em 2014, aconteceu no dia 11 de dezembro

 

 

“Cultural trauma” e “The crisis of journalism”, com Jeffrey Alexander

 

2014.10.20 e 21 Jeffrey Alexander 7

 

O sociólogo Jeffrey Alexander foi convidado especial do Colégio Brasileiro de Altos Estudos em duas oportunidades em outubro de 2014. Tratando sobre sociologia cultural e da crise do jornalismo, realizou atividades nos dias 20 e 21 daquele mês.

Doutor pela Universidade da Califórnia, Jeffrey Alexander é co-diretor do Centro Cultural de Sociologia da Universidade Yale. Com estudos nas áreas de teoria, cultura e política, busca compreender códigos e narrativa.

O primeiro evento, “Cultural Trauma, Social Solidarity and Moral Responsibility; The Preconditions of Civil Repair” tratou da questão do desgaste da cultura, da solidariedade e da responsabilidade moral na contemporaneidade. Já “The Crisis of Journalism Reconsidered: Political Power” teve como base o livro lançado pelo pesquisador na época.

O evento foi realizado em parceria com o IESP/UERJ.

 

 

“A introdução da internet e do smartphone na vida social e nas

 

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Buscando tratar da temática das práticas culturais no meio digital, o antropólogo Vassili Rivron foi convidado para ministrar a palestra “A introdução da internet e do smartphone na vida social e nas práticas culturais na França e na África Central”. A atividade aconteceu no dia 18 de setembro de 2014.

 

Homenagem ao centenário de vida de Evaristo de Moraes Filho

 

 

Durante o mês de setembro de 2016 o Colégio Brasileiro de Altos Estudos, em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), a Faculdade Nacional de Direito (FND/UFRJ) e o AMORJ/IFCS prestaram homenagens ao centenário de vida de Evaristo Moraes Filho.

O acadêmico foi professor da FND, fundador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Brasil e regente da cátedra de Sociologia quando ela se transformou no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS).

Com a presença de José Sérgio Leite Lopes, José Murilo de Carvalho, Charles Pessanha e Maria Stella Amorim, o CBAE realizou uma atividade no dia 16 de setembro. A celebração também teve como sede o IFCS, no dia 23, e a FND, no dia 30.

 

Programação completa:

16/09 – Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE):

MESA 1: José Murilo de Carvalho, José Sérgio Leite Lopes, Charles Pessanha e Maria Stella Amorim;

23/09 –  Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS):

MESA 2: Angela de Castro Gomes, Regina Morel, José Ricardo Ramalho, Marcos Aurelio Santana Rodrigues e Elina Pessanha;

MESA 3: Glaucia Villas Bôas, Andre Botelho, Gabriela Nunes Ferreira, Antonio Brasil Jr., Jefferson de Almeida Silva;

Inauguração da exposição alusiva ao evento

30/09 – Faculdade Nacional de Direito (30/09)

MESA 4: Antonio Carlos Flores de Moraes, Rodrigo Carelli, Ivan Simões Garcia, Sayonara Grillo da Silva, Celso Soares, Ana Luisa Palmisciano e Salete Macaloz.

“Música e Ditadura na Argentina” com Esteban Buch

 

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A relação entre música e resistência contra o regime ditatorial na Argentina foi tema de palestra no Colégio Brasileiro de Altos Estudos no dia 12 de setembro de 2014. O convidado foi Esteban Buch, diretor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), em Paris. Buch é doutor em Música pela EHESS e tem o estudo político da música como área de interesse.

O evento foi realizado em parceria com o PPGAS-MN-UFRJ.

 

 

Jornada “Trabalho memorial e favelas em tempo de ditadura”

 

2014.08.13 Trabalho Memorial e Favelas em Tempos de Ditadura 67
 
No dia 28/5, aconteceu o evento “Trabalho memorial e favelas em tempos de ditadura”, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE). Além de três mesas de debates, completam a programação a exibição do filme “Remoção”, de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack e uma explosição. O intuíto é discutir a vida nas favelas brasileiras durante a ditadura militar. 

O evento é promovido pelo Laboratório de Educação e Patrimônio Cultural da UFF (Laboep/ FEUFF), o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, o Museu Sankofa e o Centro Lúdico da Rocinha.

 

Veja como foi a programação completa abaixo:

Abertura – José Sérgio Leite Lopes (CBAE/UFRJ) e Lygia Segala (UFF)

 
Mesa 1: As três ditaduras
Mediadora: Lygia Segala (UFF)
Palestrantes: Adair Rocha (UERJ e PUC-Rio), Adriana Facina (PPGAS/UFRJ), Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha), Edison Diniz (Rede de Desenvolvimento da Maré), José Martins de Oliveira (Rocinha sem Fronteiras), Mônica Francisco (ASPLANDE, Borel).11:30h – 13:00h Exibição do Filme “Remoção”, de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack.
 
Mesa 2: O “Tempo do medo das remoções”: Memórias, testemunho
Mediador: Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha)
Palestrantes: Anazir Maria Oliveira (Dona Zica – Vila Aliança), Antônio de Oliveira Lima (ex-presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha), Tania Regina da Silva (Creche “E Aí como é que fica?”, Rocinha), Luiz Antonio Pilar (Diretor do filme “Remoção”), Eladir Fátima Nascimento dos Santos (UNIRIO), Lygia Segala (UFF), Dulce Pandolfi (CPDOC/FGV).
 
Mesa 3: Juventude, redes e movimentos sociais.
Mediadora: Marina Alves (UFF)
Paletrantes: Aline Fernandes (AMAR – Associação de Mulheres de Ação e Reação do Vidigal), Fernando Ermiro (Museu Sankofa da Rocinha), Juan Souza e Silva (Grupo ECO, Santa Marta), Lívia de Tommasi (UFF), Raul Santiago (Ocupa Alemão), Regina Novaes (UFRJ).Exposição: “Varal de Lembranças”.Encerramento: “Reinaldo Santana & Visão Suburbana”.

Como uma forma de continuar as reflexões propostas em “projetos interrompidos”, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos elaborou uma jornada a fim de discutir a vida nas favelas brasileiras durante a ditadura militar. Realizado no dia 13 de agosto de 2014, “Trabalho memorial e favelas em tempos de ditadura” também foi incluído no Acervo 50 anos do golpe do MEMOV.

A atividade reuniu pesquisadores e moradores de favelas de diferentes épocas engajados em projetos de reconstrução da memória em mesas de debate. Além disso, foi exibido o filme “Remoção” de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack, e foi feita uma exposição sobre o livro “Varal de Lembranças” de Lygia Segala.

Segala é professora da Faculdade de Educação da UFF e pós-doutoranda em Antropologia Social na UFRJ e foi a organizadora do encontro junto com o diretor do CBAE, José Sérgio Leite Lopes.

Além do CBAE, participaram na realização do evento o Laboratório de Educação e Patrimônio Cultural da UFF (Laboep/FEUFF), o Museu Sankofa e o Centro Lúdico da Rocinha

 

Programação completa:

 

Abertura:

José Sérgio Leite Lopes (CBAE/UFRJ) e Lygia Segala (UFF)

Mesa 1: As três ditaduras:

Mediadora: Lygia Segala (UFF)

Palestrantes: Adair Rocha (UERJ e PUC-Rio), Adriana Facina (PPGAS/UFRJ), Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha), Edison Diniz (Rede de Desenvolvimento da Maré), José Martins de Oliveira (Rocinha sem Fronteiras), Mônica Francisco (ASPLANDE, Borel).

Exibição do Filme “Remoção”, de Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack.

Mesa 2: O “Tempo do medo das remoções”: Memórias, testemunho:

Mediador: Antônio Carlos Firmino (Museu Sankofa da Rocinha)

Palestrantes: Anazir Maria Oliveira (Dona Zica – Vila Aliança), Antônio de Oliveira Lima (ex-presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha), Tania Regina da Silva (Creche “E Aí como é que fica?”, Rocinha), Luiz Antonio Pilar (Diretor do filme “Remoção”), Eladir Fátima Nascimento dos Santos (UNIRIO), Lygia Segala (UFF), Dulce Pandolfi (CPDOC/FGV).

Mesa 3: Juventude, redes e movimentos sociais:

Mediadora: Marina Alves (UFF)

Palestrantes: Aline Fernandes (AMAR – Associação de Mulheres de Ação e Reação do Vidigal), Fernando Ermiro (Museu Sankofa da Rocinha), Juan Souza e Silva (Grupo ECO, Santa Marta), Lívia de Tommasi (UFF), Raul Santiago (Ocupa Alemão), Regina Novaes (UFRJ).

Exposição: “Varal de Lembranças”.

Encerramento: “Reinaldo Santana & Visão Suburbana”.