In this section we have CBAE description in two languages: english and spanish.
En esta seccíon, tenemos la descripción de CBAE en dós idiomas: inglés y español.
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Como foi exposto na página , dentro da seção Programas, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realiza e promove eventos dos mais variados campos de conhecimento. Entre eles estão congressos, colóquios, debates, exibições, palestras e seminários com pesquisadores renomados no Brasil e no mundo.
No menu é possível encontrar registros multimídia dos eventos realizados pelo CBAE desde 2012, por ano. São vídeos, áudios, fotografias e textos disponíveis para consulta online. Todos os materiais registrados podem ser solicitados via e-mail para estudos aprofundados.
Já em , estão listadas as atividades que ainda estão para acontecer. Programe-se e participe!
Nessa sessão estão catalogados os eventos do ano de 2017. Em cada página há uma descrição da atividade, além de vídeos, áudios e uma galeria de fotos.
Nessa sessão estão catalogados os eventos do ano de 2016. Em cada página há uma descrição da atividade, além de vídeos, áudios e uma galeria de fotos.
Nessa sessão estão catalogados os eventos do ano de 2014. Em cada página há uma descrição da atividade, além de vídeos, áudios e uma galeria de fotos.
Nessa sessão estão catalogados os eventos do ano de 2015. Em cada página há uma descrição da atividade, além de vídeos, áudios e uma galeria de fotos.
O curso “Ciência e Cultura e(m) Sociedade” em 1/2017 surgiu com o objetivo de oferecer aos alunos da pós-graduação da UFRJ, de todas as áreas do saber, uma disciplina em um novo formato, que represente um espaço de convívio, reflexão e debate sobre grande temas nacionais e universais. A cada aula foram apresentadas diferentes visões e perspectivas sobre cada um dos temas elencados de modo a fomentar nos alunos um pensamento reflexivo. As temáticas escolhidas para serem abordadas nas 15 aulas refletiram temas estruturantes da ciência, da cultura, da sociedade de forma geral e que precisavam ser refletidos e debatidos pelos alunos de pós-graduação formados na UFRJ.
Para garantir essa pluralidade, foram convidados diferentes palestrantes que tiveram como desafio expor suas ideias de forma que alunos das mais diversas áreas pudessem acompanhar os debates. O aprendizado se tornou ainda mais potencializado por conta da proposta de atuar derrubando barreiras do conhecimento.
A disciplina foi organizada em três grande módulos:
1. O início, as origens;
2. Promessas e Limites da Ciência e da Cultura: Onde estamos?
3. Para onde vamos? O futuro incluindo a vida depois da Pós-Graduação.
A disciplina foi oferecida pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos como parte do programa Ciência, Cultura e Sociedade e foi uma iniciativa conjunta de diversos professores da UFRJ. O núcleo coordenador tinha Débora Foguel (Instituto de Bioquímica Médica) como coordenadora geral e era formado também por Beatriz Heredia (IFCS), Carlos Vainer (FCC, IPPUR), Cristina Motta (IBCCF), Edson Watanabe (COPPE), Frederico Barros (EM), José Sérgio Leite Lopes (CBAE, PPGAS/MN), Leila Rodrigues da Silva (Pró Reitora de Pós-Graduação, IH), Pedro Abramo (IPPUR) e Samuel Araújo (EM).
No mês de dezembro, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos, em parceria com a ENSP/Fiocruz e o IESP/UERJ, realizou uma série de atividades sobre as contribuições do sociólogo francês Pierre Bourdieu. “Colóquio Bourdieu” acontece entre os dias 05 e 09 do mês nas instituições realizadoras e no Maison de France, por apoio do Consulado da França no Brasil. Com objetivo de resgatar as contribuições do autor para a sociologia e os debates suscitados pela sua obra, o ciclo reúne sete eventos, entre mesas redondas e conferências.
No dia 07, o CBAE recebeu o vice-diretor do Centro Europeu de Sociologia e Ciência Política, Julien Duval, para a palestra “O campo jornalístico na Europa”. Duval possui dois livros, feitos em parceria com Philippe Coulangeon, sobre Bourdieu: “The Routledge Companion to Bourdieu’s ‘Distinction’” e “Trente ans après La Distinction”. Além disso, leciona no Instituto de Estudos Políticos/EHESS e pesquisa jornalismo econômico e cinema. Na atividade, relacionou a obra de Bourdieu e a prática jornalística.
Sobre Bourdieu
Bourdieu é um dos autores mais aclamados nos campos da antropologia e da sociologia, embora seus estudos contribuam para diversas áreas do conhecimento. Sua abordagem foca no estudo da dominação e como a estrutura proveniente dela afeta a sociedade. O autor também se destaca por seus estudos no campo da educação, que influenciam profissionais até hoje. Inicialmente, explicou como o processo de dominação era perpetuada em escolas, por meio de reprodução cultural e pelas diferentes “estratégias” escolhidas por grupos sociais distintos – o que legitima desigualdades sociais. Esse processo se repete na mídia, visto que o jornalismo se constitui um dos maiores produtores de capital simbólico.
Organização
Os organizadores do ciclo foram Cláudio Cordovil Oliveira (ENSP/Fiocruz), Adalberto Moreira Cardoso, (IESP/UERJ), Carlos Otávio Fiuza Moreira (ENSP/Fiocruz), José Maurício Domingues (IESP/UERJ), José Sergio Leite Lopes (CBAE/UFRJ), Julien Roque, assessor de cooperação científica do Consulado Geral da França no Rio de Janeiro e Leonardo Castro (ENSP/Fiocruz).
A cultura brasileira, sob diversas perspectivas, foi tema do segundo debate do ciclo “Diálogos Universitários: Ciência, cultura e universidade”. Realizada no dia 1º de dezembro de 2016, “A universidade e os desafios da cultura brasileira” teve a participação da doutora em Comunicação Liv Sovik e do etnomusicólogo Samuel Araújo. O diretor do CBAE, José Sergio Leite Lopes foi o mediador do encontro.
No ano de 2016, o campo da cultura passou por grande instabilidade no seu aspecto institucional. Como solução para instabilidades econômicas, o Ministério da Cultura, criado em 1985 com a redemocratização, passou por um processo de extinção capitaneado por Michel Temer, quando assumiu a presidência após o afastamento de Dilma Rousseff. Somente após uma grande pressão da classe artística e de movimentos sociais, houve a manutenção a instituição. A ação governamental regressiva demonstra a necessidade de discussão sobre a questão.
Além do contexto conjuntural, a relevância da discussão se referia sobretudo aos desafios colocados para a universidade quanto à importância da preservação e do incentivo às culturas populares ameaçadas; à entrada mais massiva de estudantes cujas famílias nunca tiveram acesso ao ensino superior; ao respeito às identidades de classe, étnicas e de gênero aí envolvidas; à necessidade de uma comunicação com a sociedade que rompa as barreiras da mídia dominante para a expressão da riqueza desta diversidade cultural. Para isso foram convidados Liv Sovik, professora da Escola de Comunicação da UFRJ e especialista em Estudos Culturais, e Samuel Araújo, doutor em musicologia e coordenador do Laboratório de Etnomusicologia da UFRJ.
Realizador de um projeto de que leva a etnomusicologia à moradores da Maré, Araújo defendeu no debate que é importante o abandono de um visão restrita de cultura, evitando estereótipos de grupos sociais. Outra perspectiva muito enfatizada pelo pesquisador é de que o grande problema na cultura brasileira é a relação com o setor privado. Para ele, a monetização é extremamente prejudicial, porque acaba restringindo as trocas culturais.
Formada em Língua Inglesa e Literatura pela Universidade Yale, Sovik seguiu a conversa ressaltando a importância de uma universidade mais aberta para a pluralidade dos novos sujeitos que passaram a integrá-la. Segundo ela, o espaço acadêmico é excludente e intimidador ao se colocar em uma “torre de marfim”. Defendeu também que se buscasse um ambiente de maior diálogo e colaboração. Nesse sentido, destacou a importância do pensamento ativista e afirmou que busca sempre “ser uma intelectual militante”.
Após as considerações dos convidados, José Sergio Leite Lopes, diretor do CBAE, foi responsável por provocar o debate. Dentre as questões levantadas, esteve a conformação do campo da cultura como um meio de embate político e a elitização das discussões sobre o tema. “Muitas pessoas nem sabiam que existia um Ministério da Cultura antes da extinção dele ou, até mesmo, antes das denúncias feitas pelo ex-ministro, Marcelo Calero”, finalizou Samuel Araújo.
Os desafios para a universidade pública e para a ciência brasileira no contexto atual, com um controle de gastos sendo imposto pelo governo, foram tema de mesa redonda no Colégio Brasileiro de Altos Estudos. “A universidade e os desafios da ciência brasileira” inaugurou o ciclo “Diálogos universitários: Ciência, cultura e universidade”, que pretendia reunir pesquisadores de diversas áreas para debater sobre o futuro do Brasil.
Para essa primeira atividade, realizada no dia 3 de novembro de 2016, foram convidados o doutor em Ciências Biomédicas, Julio Scharfstein, o físico e diretor da Academia Brasileira de Ciências, Luis Davidovitch, a doutora em Ciências Biológicas, Renata Meirelles, e o antropólogo e renomado pesquisador Otávio Velho.
Eles discutiram como o não reconhecimento da educação como investimento interfere no campo, gerando uma precarização. Logo em uma das primeiras falas, Davidovitch lembrou ainda o aspecto “jovial” do ramo da ciência e tecnologia no país.