Conferências com Michel Paty

 

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O Colégio Brasileiro de Altos Estudos, em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), recebeu nos dias 18 e 21 de novembro o físico francês Michel Paty. Foram realizadas duas conferências

Doutor em Física e Filosofia, Michel Paty é Diretor Emérito de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS). Com uma notória contribuição no campo da Física de Partículas, alia esses estudos com a produção nas áreas da Epistemologia e da História da Ciência. Além disso, possui uma longa relação com a ciência brasileira, que foi tema do livro “Filosofia, Ciência e História: Michel Paty e o Brasil, uma homenagem aos 40 anos de colaboração”, organizado por Mauricio Pietrocola e Olival Freire Junior (Fapesp /Discurso Editorial, 2005).

Realizada no dia 18, “Situação do Tema da Criação Científica na Filosofia do Conhecimento” fez parte da comemoração dos 50 anos da COPPE/ UFRJ. O sociólogo Alberto Oliva, professor de Filosofia do Conhecimento do IFCS/UFRJ, compôs a mesa como debatedor.

Na segunda atividade, Paty falou de sua experiência quando foi preso após o golpe militar no Brasil, ao lado de outros professores da Universidade de Brasília (UnB). “Campus sitiado: a Universidade de Brasília e o golpe de 1964” teve o apoio da Comissão da Memória e da Verdade da UFRJ.

 

 

 

“O triunfo do fracasso: em torno de Rüdiger Bilden e Gilberto Freyre”

 

M.Burke

 

O livro “O Triunfo do Fracasso”, da historiadora Maria Lucia Pallares Burke, e a saga de Rüdiger Bilden, descrita na publicação, foi tema de conferência realizada no CBAE. Com a participação da pesquisadora, “O Triunfo do Fracasso: em torno de Rüdiger Bilden e Gilberto Freyre” aconteceu no dia 23 de outubro de 2013.

Na obra, a autora apresenta a trajetória do intelectual alemão Rüdiger Bilden, desde a ascensão ao ostracismo. Ainda no início da experiência acadêmica, Bilden definiu a escravidão e a história brasileira como linha de pesquisa. Anos depois, veio ao Brasil aprofundar seus estudos para escrever um livro sobre o assunto. No entanto, o historiador nunca conseguiu escrevê-lo. Amigo de Gilberto Freyre, Bilden foi responsável por influenciar o pensamento do brasileiro, de quem veio a receber uma cópia de “Casa-Grande & Senzala”.

Com mestrado e doutorado pela USP em Educação, Maria Lucia Pallares é a historiadora brasileira especialista em Gilberto Freyre. Sobre o teórico, publicou outros dois livros: “Gilberto Freyre: um vitoriano dos trópicos” e “Repensando os trópicos”. Hoje, é pesquisadora associada da Universidade de Cambridge, cidade onde reside.

 

 

“Gueto, hypergueto, favela, e etc” com Loïc Wacquant

 

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No dia 22 de outubro de 2013 o Colégio Brasileiro de Altos Estudos recebeu o sociólogo Loïc Wacquant para a conferência “Gueto, hypergueto, favela, e etc: constelações da relegação urbana”. A atividade foi realizada com o apoio do PPGAS/MN.

Wacquant possui doutorado em Sociologia pela Universidade de Chicago e é professor do Instituto de Pesquisa Legal, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA). Seus interesses abrangem estudos comparativos sobre marginalidade urbana, dominação etnoracial, encarnação, estado penal, teoria social e políticas da razão.

Foi também consultor da ONU, da OCDE e de governos locais nas questões de pobreza, violência, criminalidade e conflitos étnicos em regiões urbanas no Brasil, na Argentina e em países europeus. A partir disso, guetos e favelas são objetos frequentes em suas pesquisas.

 

 

“Exilados e expatriados na história do conhecimento” com Peter Burke

 

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O historiador inglês Peter Burke esteve presente no Colégio Brasileiro de Altos Estudos no dia 7 de outubro para a conferência “Exilados e Expatriados na História do Conhecimento”. Na atividade, Burke tratou do impacto dos exilados, refugiados e repatriados no sistema de conhecimento.

Doutor em História pela Universidade de Oxford, Peter Burke é professor emérito da Universidade de Cambridge. Autor de mais de 30 livros, é especialista em História Moderna e em temas da atualidade, como a História Social e Cultural da Mídia e do Conhecimento.

Seus livros mais conhecidos no Brasil são “A Escola dos Annales” (1990), “A Escrita da História” (1991), “A Fabricação do Rei: a Construção da Imagem Pública de Luís XIV” (1994), “Uma História Social do Conhecimento: de Gutenberg a Diderot” (2000), “O que é História Cultural” (2005) e “Uma História Social da Mídia: de Gutenberg a Internet” (2006).

 

Conferências com Luc Boltanski

 

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Durante o mês de agosto de 2013 o sociólogo francês Luc Boltanski visitou a UFRJ e participou de uma série de eventos a convite do Colégio Brasileiro de Altos Estudos e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). Dentre eles, “Sociologia Crítica e Sociologia Pragmática da Crítica” no Salão Pedro Calmon, no dia 08, e “Conversações em torno do novo espírito do capitalismo” aconteceu no CBAE, no dia 12.

Professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), Boltanski é fundador do Grupo de Sociologia Política e Moral. Em 1999, publicou na França sua obra mais conhecida no Brasil que é “O novo espírito do capitalismo”, em coautoria com Ève Chiapello.

A publicação feita em parceria com Chiapello, que faz uma análise da crise do capitalismo a partir de um aprofundamento na questão da gestão empresarial, foi o tema da atividade realizada no CBAE.

 

Programação:

Aula Inaugural – Sociologia da Crítica, Instituições e Dominação (06/08, no IFCS)

Sociologia Crítica e Sociologia Pragmática da Crítica (08/08, no Salão Pedro Calmon)

Encontro com alunos de pós-graduação (09/08, no IFCS)

Conversações em torno do novo espírito do capitalismo (12/08, no CBAE)

Entrevista pública sobre Economia da Arte (14/08, no IFCS)