Pandemia de COVID-19 no Brasil: A visão de um cientista – Roda de conversa com Amilcar Tanuri

19 MAR – QUA – 17H

Este livro não tem a pretensão de abordar exaustivamente todos os aspectos relacionados à pandemia, uma calamidade que afetou desigualmente todos os continentes. Também não é possível esgotar a complexidade das respostas, desafios, acertos e tragédias que o Brasil enfrentou. No entanto, busca-se, através da visão do autor, descrever a experiência e visão de um cientista atuando em uma universidade pública brasileira durante a Pandemia de COVID-19. A interação do vírus com os seres humanos, em seus aspectos biológicos, virológicos e sociais, é discutida a partir do microcosmo chamado Rio de Janeiro. Espero que meu relato sirva de subsídio para as futuras gerações, que talvez tenham que enfrentar novas pandemias, evitando cometer os mesmos erros que tivemos na condução da pandemia de COVID-19.

Sobre Amilcar Tanuri:

Amilcar Tanuri é professor titular e chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Formado em medicina (1982), com mestrado (1985) e doutorado em Genética (1990) pela UFRJ, ele é reconhecido nacional e internacionalmente por suas contribuições à virologia. Atuando também como consultor da Organização Mundial da Saúde para a pesquisa sobre resistência do HIV e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, Tanuri tem uma trajetória marcada por estudos inovadores sobre a diversidade genética e a resistência viral, além de investigações pioneiras sobre a resposta imune ao coronavírus. Sua experiência e dedicação refletem o compromisso com o avanço do conhecimento e o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas, inspirando futuras gerações de pesquisadores.

Presencial 

Colégio Brasileiro de Altos Estudos, Av. Rui Barbosa, 762, Rio de Janeiro

Workshop Visões de Futuro das Empresas Estatais – BNDES, EMBRAPA e PETROBRAS

28 MAR – SEX – 14H/18H

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento – INCT/PPED

Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST

Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos – MGI

APRESENTAM

O Papel das Empresas Estatais Federais na Promoção do Desenvolvimento Social, Econômico e Tecnológico

O século XXI impõe desafios interconectados que exigem soluções inovadoras e interdisciplinares para um desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente sustentável. Nesse contexto, o pensamento prospectivo emerge como ferramenta indispensável para orientar decisões de longo prazo em governos, empresas e na sociedade civil. Alinhado a essa visão, o projeto “O Papel das Empresas Estatais Federais na Promoção do Desenvolvimento Social, Econômico e Tecnológico”, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED) – a convite da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) – organiza o workshop “Visões de Futuro das Empresas Estatais”. O evento, coordenado pelo Professor Renato Boschi, com a vice‐coordenação da Professora Maria Antonieta Leopoldi e colaboração do Professor Ricardo Bielschowsky, contará com a participação de representantes do BNDES, EMBRAPA e PETROBRAS, além de pesquisadores de universidades e instituições parceiras.

O encontro abordará temas que vão da função contemporânea do Estado e o papel do financiamento público à inovação impulsionada pelas estatais, com foco na promoção do desenvolvimento regional, inclusão social e preservação ambiental. Entre os subprojetos exemplificados, destacam-se estudos que analisam as empresas públicas como instrumentos de desenvolvimento inclusivo (enfoque em missões estratégicas), a governança das estatais — ilustrada pelo caso da Embrapa — e os desafios regulatórios e institucionais enfrentados pela Petrobras.

Coordenação do projeto:

Renato Boschi – coordenador, Maria Antonieta Leopoldi – vice‐coordenadora e Ricardo Bielschowsky – colaborador.

Convidados:

Daniel Bregman – BNDES; Eduardo Matos – EMBRAPA; Júlia Fonseca de Siqueira – BNDES; Mário Jorge da Silva – PETROBRAS; Pedro Cavalcante – SEST; Petula Nascimento – Casa Civil da Presidência da República; Renata Nascimento Szczerbacki – PETROBRAS e Renato Boschi – INCT/PPED.

CLIQUE E CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Evento presencial:

Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Salão Nobre, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro

Série Incontáveis amplia perspectivas sobre a Ditadura Militar no Brasil

O Oscar 2025 trouxe à tona novas reflexões sobre a Ditadura Militar com o premiado Ainda Estou Aqui, que narra a trajetória de Eunice Paiva e sua luta por justiça após a morte de seu marido, Rubens Paiva. No Brasil, a série documental Incontáveis, lançada em novembro de 2021, aprofunda esse debate ao apresentar múltiplas perspectivas sobre a repressão, dando voz a grupos historicamente marginalizados.

Produzida pela Comissão Memória e Verdade da UFRJ (CMV/UFRJ) em parceria com o Instituto Cultura em Movimento (ICEM), a série tem direção-geral de José Sergio Leite Lopes e retrata o impacto da Ditadura sobre trabalhadores, educadores, mulheres, população negra e favelada, povos indígenas e comunidade LGBTQIA+. Utilizando documentos inéditos e imagens de arquivo, Incontáveis oferece uma visão essencial para compreender as diversas formas de repressão e resistência durante o regime militar. Cada episódio é narrado por uma testemunha direta do período, trazendo relatos marcantes que ajudam a reconstruir a memória histórica brasileira.

Episódios

A série Incontáveis busca resgatar histórias que desafiam as narrativas oficiais e evidenciar as diversas formas de resistência contra a repressão. Confira os episódios.

Trabalhadores na Ditadura – O episódio analisa como a repressão impactou operários e camponeses, afetando suas condições de vida e trabalho. Além do arrocho salarial e das intervenções sindicais, a Ditadura perseguiu lideranças operárias e camponesas, criminalizando movimentos trabalhistas e promovendo a vigilância política em fábricas e zonas rurais. O episódio é narrado por Jardel Leal, ex-operário naval e economista do DIEESE, que foi preso durante o regime.

Educação na Ditadura – O impacto do regime sobre a comunidade acadêmica é o foco deste episódio, que evidencia a repressão contra estudantes, professores e servidores universitários. Além da censura e das perseguições, prisões em massa e desaparecimentos marcaram o período, atingindo diretamente a produção de conhecimento e a liberdade de expressão no país. A historiadora Dulce Pandolfi, ex-presa política e testemunha da Comissão Nacional da Verdade, narra o episódio.

Mulheres na Ditadura – Embora a memória da repressão muitas vezes privilegie figuras masculinas, este episódio destaca o papel das mulheres na resistência e denuncia as violências de gênero promovidas pelo Estado. A Ditadura utilizou a tortura sexual como instrumento de repressão e perseguiu ativamente militantes feministas e familiares de desaparecidos, que desempenharam papel central na luta por memória e justiça. A cineasta Lúcia Murat, ex-presa política e testemunha das Comissões da Verdade, narra o episódio.

População LGBTQIA+ – O regime militar perseguiu sistematicamente corpos e sexualidades dissidentes, criminalizando a homossexualidade sob o discurso da defesa da moral e dos bons costumes. Gays, lésbicas e pessoas trans foram alvos de censura, prisões arbitrárias e violência policial, enquanto a Ditadura associava a liberdade sexual ao “perigo comunista”. O episódio traz documentos e testemunhos desse período e é narrado por Hércules Quintanilha, cientista social detido pelas forças de segurança na época.

População Negra e Moradores de Favelas – A Ditadura intensificou a violência do Estado contra a população negra e os moradores de favelas, promovendo remoções forçadas para favorecer a especulação imobiliária e utilizando esquadrões da morte para reprimir comunidades inteiras. O episódio aborda esses impactos e a censura à cultura negra, que, apesar da repressão, manteve vivas formas de resistência e afirmação identitária. A narração é de Asfilófio Filho, o Dom Filó, organizador de bailes black que desafiavam o racismo e que foi preso pelo DOI-Codi.

Povos Indígenas – O episódio revela as atrocidades cometidas contra povos indígenas durante a Ditadura, incluindo remoções forçadas, massacres e epidemias intencionalmente propagadas. Sob o pretexto da “integração nacional”, o regime promoveu a ocupação de terras indígenas para exploração econômica, desconsiderando os direitos e a existência desses povos. A narrativa é conduzida por Douglas Krenak, cuja família foi expulsa de seu território durante o período.

Inequality and Stagnation: A Monetary Interpretation – Lançamento do livro

21 MAR – SEX – 14H

Webinar de Lançamento do Livro “Inequality and Stagnation – A Monetary Interpretation”

Os autores Santiago Capraro, Carlo Panico e Luis Torres-González, em conjunto com a Cátedra Josué de Castro em Desigualdade do CBAE, convidam para o webinar de lançamento do livro Inequality and Stagnation – A Monetary Interpretation.

Os três autores, professores da Facultad de Economía da Universidad Nacional Autónoma de México, apresentarão a obra, que investiga como a expansão do setor financeiro tem contribuído para a desigualdade e a estagnação econômica, propondo uma interpretação monetária desses fenômenos a partir da abordagem Clássico-Keynesiana, baseada em Keynes e Sraffa.

Atividade co-organizada pela Cátedra Josué de Castro em Desigualdade do CBAE-UFRJ, Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento da UFRJ (CEDE/UFRJ), Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da USP (MADE/USP) e Grupo de Pesquisa em Financeirização e Desenvolvimento da UFF (FINDE/UFF).

Não perca essa oportunidade de aprofundar o debate sobre os impactos da financeirização na distribuição de renda e no crescimento econômico!

Apresentações:

Os autores – Santiago Capraro, Carlo Panico e Luis Torres-González da Facultad de Economía da Universidad Nacional Autónoma de México

Debatedores:

Carmem Feijó (UFF), Clara Brenck (UFMG), Franklin Serrano (UFRJ) e Gilberto Tadeu Lima (USP)

Moderação:

Celia Lessa Kerstenetzky, titular da Cátedra Josué de Castro em Desigualdade do CBAE-UFRJ.

Apenas online:

Transmissão pelo canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

Aportes para o debate:

Inequality and Stagnation: A Monetary Interpretation

O livro Inequality and Stagnation: A Monetary Interpretation, de Santiago Capraro, Carlo Panico e Luis Daniel Torres-González, investiga a relação entre desigualdade econômica e estagnação, enfatizando o papel central da financeirização nesse processo. Baseando-se na tradição Clássico-Keynesiana, os autores analisam como mudanças institucionais e políticas econômicas, especialmente desde os anos 1970, contribuíram para o crescimento do setor financeiro e, ao mesmo tempo, aprofundaram a concentração de renda e a desaceleração do crescimento econômico.

A obra argumenta que a interação entre os mercados financeiros e as políticas monetárias não pode ser vista de forma isolada, mas sim como um fator determinante para a estrutura produtiva e distributiva de uma economia. Os autores demonstram que as decisões sobre liquidez, taxas de juros e regulação financeira impactam diretamente os padrões de acumulação de capital e a distribuição da riqueza. Assim, políticas adotadas em diferentes países, como a independência dos bancos centrais e a flexibilização do controle sobre o crédito, contribuíram para a financeirização da economia, intensificando os conflitos distributivos.

Ao longo do livro, os autores exploram a relação entre mercados financeiros e crescimento econômico por meio de uma abordagem teórica e empírica. Utilizando elementos da teoria monetária de Keynes e Sraffa, eles mostram como os mercados passaram a ditar a dinâmica econômica, muitas vezes deslocando recursos do investimento produtivo para atividades financeiras especulativas. Essa mudança estrutural, segundo os autores, está no centro dos processos contemporâneos de desigualdade e baixa expansão da atividade econômica. Além disso, a obra destaca que essas transformações não ocorreram de forma espontânea, mas foram resultado de mudanças institucionais e políticas que favoreceram determinados grupos econômicos em detrimento de outros.

Ao enfatizar a conexão entre finanças, política econômica e crescimento, Inequality and Stagnation contribui para o debate sobre a sustentabilidade do atual modelo econômico global. A obra oferece subsídios tanto para a compreensão teórica da macroeconomia monetária quanto para a formulação de alternativas que possam mitigar os efeitos negativos da financeirização e promover um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo.

Confira o livro na íntegra

Sobre os autores:

Santiago Capraro é professor titular de Economia na Facultad de Economía da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), onde leciona Macroeconomia no Programa de Pós-Graduação em Economia. É membro do Sistema Nacional de Pesquisadores do México com nível I. Capraro obteve seu doutorado e mestrado em Economia pela UNAM e possui graduação em Economia pela Universidad Católica Argentina. Suas áreas de pesquisa incluem a análise de política monetária com ênfase em países em desenvolvimento, a análise macroeconômica de economias abertas e os processos de distribuição de renda e riqueza em países latino-americanos. Ele também se interessa pelo desenvolvimento de modelos macroeconômicos de sistemas de equações diferenciais para explicar processos de estagnação e estabilidade na América Latina.

Carlo Panico é professor na Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Anteriormente, foi professor de Economia Política na Universidade Federico II de Nápoles, Itália. Sua principal área de pesquisa é o impacto de eventos monetários na distribuição de renda e no crescimento econômico. Panico publicou artigos e monografias sobre a integração do dinheiro na teoria do valor, distribuição e produção. Além disso, contribuiu para a história do pensamento econômico, estudando os escritos de Keynes, Sraffa, Kaldor, Harrod e Myrdal, a história da análise monetária, o debate sobre as curvas de oferta marshallianas e a evolução do conceito de racionalidade. Suas publicações também examinam a organização institucional da política econômica, abordando a relação entre a independência dos bancos centrais e a democracia, a evolução da regulação financeira, a condução da política monetária e sua coordenação com a política fiscal na União Monetária Europeia, nos EUA e no México.

Luis Daniel Torres-González é professor adjunto na Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) e membro do Sistema Nacional de Pesquisadores do México com nível I (SNI-I). Ele obteve seu doutorado em Economia pela New School for Social Research e seus títulos de mestrado e bacharelado pela UNAM. Torres-González realizou pós-doutorado na UNAM e na Benemérita Universidad Autónoma de Puebla e atuou como consultor para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas. Suas áreas de pesquisa incluem a análise de modelos de produção multissetoriais, teorias de preços, mudança técnica, taxas de câmbio reais e taxas de juros. Ele tem interesse particular em abordagens probabilísticas e estatísticas para o estudo de estruturas produtivas, modelagem e cálculo empírico de modelos multissetoriais de preços, crescimento e mudança técnica, modelagem de taxas de juros e retornos em mercados financeiros com base no método de longo período e equilíbrio estatístico, além de política monetária.

Gestão Territorial Sustentável e Mosaicos – Diálogos Sustentáveis

23 ABR – QUA -18H30

O Colégio Brasileiro de Altos Estudos, em parceria com os programas EICOS e PPED, convida para uma importante mesa de discussão sobre o tema: “Gestão Territorial Sustentável e Mosaicos: Caminhos para políticas públicas no Brasil”.

Os Seminários Diálogos Sustentáveis são uma excelente oportunidade de atualização sobre os debates internacionais que envolvem biodiversidade, mudanças climáticas e cultura, explorando seus impactos e desdobramentos no Brasil. Não perca a chance de refletir sobre os desafios e as oportunidades para o país no cenário global.

Convidados:

Iara Vasco (ICMBio), diretora de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio. Doutora em ciências humanas pela UFSC.

Breno Herrera (ICMBio), gerente da região sudeste do Instituto Chico Mendes, doutor em Psicossociologia e Ecologia Social (UFRJ), mestre em Planejamento Ambiental (COPPE/UFRJ), biólogo (UFRJ). Professor de Gestão Socioambiental na Escola Nacional de Botânica Tropical (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), de Desenvolvimento Territorial (UERJ) e de Ecoteologia (Instituto Teológico Franciscano). 

Gustavo Melo (UFRJ), professor do Instituto de Psicologia da UFRJ, no Departamento de Psicologia Social da UFRJ e no Programa EICOS de Pós Graduação (Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social). 

Mediação:

Marta de Azevedo Irving – Titular da Cátedra de Meio Ambiente e Sustentabilidade Bertha Becker. Irving é professora do programa EICOS da UFRJ, a professora tem formação interdisciplinar com foco em pesquisa sobre sustentabilidade e temas socioambientais ligados a políticas públicas. As abordagens são orientadas pela Ecologia Social e Política, além da Psicossociologia, com ênfase na crise civilizatória e no Paradigma da Complexidade. As áreas de estudo incluem a Agenda 2030, a relação entre ambiente e sociedade, biodiversidade e clima, turismo e lazer, governança democrática, áreas protegidas e inclusão social. A metodologia utilizada é qualitativa, integrando teoria e prática por meio de estudos de caso e pesquisa participante.

Apenas online:

Transmissão pelo canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

A correspondência no modernismo

31 MAR – SEG – 17H

Esta conversa pretende apresentar a relevância das correspondências no modernismo como objetos de análise do organismo político e estético da cultura brasileira no início do século XX. Como principal eixo de convergências e divergências, Mário de Andrade parece ter protagonismo no exercício de tal atividade, na medida em que faz das cartas um verdadeiro constructo literário. As viagens de papéis foram fundamentais para o estabelecimento de laços de amizade e convivência entre os países e as linguagem artísticas, com expansão também por meio da composição de periódicos e eventos que promoveram a troca mútua de relações de poder nas pinceladas estéticas de cada nação. Espera-se, ainda, destacar a presença de personalidades e de obras que estão em processo de composição dos futuros manuais de historiografia artística brasileira.

Participam:

Carina Lessa, Graça Lima, Marcos Antonio de Moraes e Raffaella Fernandez. Coordenação: Godofredo de Oliveira Neto Professor da Faculdade de Letras da UFRJ e Titular da Cátedra Machado de Assis do CBAE-UFRJ

Apenas online:

Transmissão pelo canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

Mais sobre as convidadas e convidado:

Carina Lessa desenvolve projeto de pós-doutorado no IEB/USP intitulado “Poesia Sempre: cosmopolitismo, brasilidade e historiografia do presente literário”. Desenvolveu projeto de pós-doutorado em Linguagem, Cultura e Discurso na UninCor/MG (2017/CAPES), quando também integrou o grupo de pesquisa “Minas Gerais: Diálogos”. É autora, dentre outras obras, do ensaio Graciliano Ramos: o desarranjo interior e a estética da memória (2017), resultado da tese de doutorado em Literatura Brasileira pela UFRJ (2016/CAPES), instituição na qual também cursou graduação e mestrado. Em breve, será especialista em Neurociências e Aprendizagem na Educação pela USP. É professora convidada nos cursos de mestrado e doutorado em Neurociências e Educação da FICS/Paraguay (Facultad Interamericana de Ciencias Sociales) e do Núcleo de Formação Irene Maluf. Atua como professora de graduação e pós-graduação nos cursos de Letras e Pedagogia da Unesa. É membro da Associação de Linguística Aplicada do Brasil e da Associação Brasileira de Literatura Comparada. É editora e colunista na revista Suplemento Araçá (2020) e colunista na revista Entre poetas e poesias (2020).

Graça Lima (Maria da Graça Muniz Lima) é professora Associada da Escola de Belas Artes da UFRJ e coordenadora do Laboratório LINI de ilustração e outras narrativas por imagem. Carioca formada em Comunicação Visual pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Mestre em Design pela PUC-RJ e Doutora em Artes Visuais pelo PPGAV da UFRJ. Ilustrou mais de 150 livros e ganhou vários prêmios com eles, entre os quais o da FNLIJ – Fundação Nacional do livro Infantil e Juvenil – Prêmio Luís Jardim, Prêmio Malba Tahan, Prêmio O melhor para o Jovem, Prêmio melhor Ilustração e cerca de 60 Menções “Altamente Recomendável”. Recebeu o Jabuti (Câmara Brasileira do Livro) por 4 vezes: Esteve na lista da Revista Crescer dos 30 melhores livros do ano em 2011 e 2012. Recebeu o selo de excelência da Cátedra Unesco PUC-RJ- 2018. Fora do Brasil, recebeu 9 vezes a Menção White Ravens da Biblioteca de Munique, na Alemanha, o prêmio Silver Star, do Peter Pan Prix na Suécia e o Prêmio da Academia Russa de Melhor livro de imagem. Participou de exposições e catálogos em Bologna, Bratslava, Frankfurt, Bogotá, Barcelona, Coréia do Sul. Organizou e fez parte da equipe de curadores da expo em homenagem ao Brasil em 2014, em Bologna, assim como organizou a expo da Biblioteca Nacional em homenagem a ilustração Brasileira, em 2015. Foi júri da Bienal de Ilustração da Bratslava, Eslováquia, representando o IBBY/Brasil em 2019. Por duas vezes foi júri do Prêmio da Biblioteca Nacional na categoria livro Infantil. Participou das Feiras do Livro de Shangai e de Beijing em 2015.

Marcos Antonio de Moraes é professor de literatura brasileira no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Coordena o Núcleo de Estudos da Epistolografia Brasileira, NEEB – CNPq. Bolsista de produtividade em pesquisa, CNPq. Investiga as relações entre memorialismo e literatura, a partir da abordagem da correspondência de escritores no Brasil. Publicou, entre outros livros, Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira (Edusp/IEB, 2000) e Câmara Cascudo e Mário de Andrade: cartas, 1924-1944 (Global, 2010), obras que receberam Prêmio Jabuti.

Raffaella Fernandez é pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros da USP e compõe o conselho editorial da Companhia das Letras que está organizando e publicando a obra completa de Carolina Maria de Jesus. É pós-doutora em Estudos Culturais e Decolonialidade pelo PACC/UFRJ (2020). É autora de “A poética de resíduos de Carolina de Jesus”, resultado de sua pesquisa de doutorado em Teoria e História da Literatura pela Universidade de Campinas (Unicamp). Colaborou na organização dos livros póstumos de Carolina intitulados Onde estaes felicidade? (2014/2022), Meu sonho é escrever (2018), Clíris, poemas recolhidos (2019), Casa de alvenaria (2021), O escravo (2023) e tem diversos artigos e ensaios publicados dentro e fora do Brasil sobre os manuscritos e datiloscritos da mesma autora. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Decoloniais Carolina de Jesus @estudosdecoloniaiscmj.


Curso Álvaro Vieira Pinto: Pensador do Brasil

Curso completo disponível

Uma imersão no pensamento de um dos maiores filósofos nacionais, examinando suas principais obras e o impacto de suas ideias no contexto brasileiro

Apresentação:

O curso “Álvaro Vieira Pinto: pensador do Brasil” visa divulgar amplamente o pensamento do filósofo brasileiro Álvaro Vieira Pinto (1909-1987). Destinado a professores, estudantes e ao público em geral, o curso oferece a oportunidade de contato com trechos de sua obra, explorando os aspectos centrais de seu pensamento. Nos últimos anos, tem-se observado um crescente interesse acadêmico por Vieira Pinto, impulsionado pela recente reedição de seus principais livros e pela busca por uma orientação intelectual capaz de guiar o futuro do Brasil como nação, em meio às crises sociais e intelectuais das últimas décadas. Vieira Pinto, um pensador singular em sua abordagem filosófica, destacava-se entre os grandes intérpretes do Brasil, com uma formação diversa que incluía medicina, matemática, lógica e filosofia. Escreveu Consciência e Realidade Nacional, um tratado filosófico monumental que impactou figuras como Darcy Ribeiro e Paulo Freire. Sua trajetória foi brutalmente interrompida pelo golpe de 1964, que o forçou ao exílio e impôs severas restrições ao seu trabalho. Mesmo assim, sua produção intelectual continuou, resultando em obras póstumas que confirmam a profundidade e, não menos importante, atualidade de seu pensamento, como O conceito de tecnologia.

Sobre o curso:

O curso “Álvaro Vieira Pinto: pensador do Brasil”, coordenado pelos professores Marcos Dantas e Dauto da Silveira, explora a trajetória intelectual desse importante filósofo brasileiro por meio de módulos temáticos focados em três de suas principais obras: Consciência e Realidade Nacional, Ciência e Existência e O Conceito de Tecnologia. Cada módulo é dividido em tópicos que destacam como Vieira Pinto desenvolveu suas principais categorias filosóficas, sempre em relação ao seu projeto de Nação. Os professores são incentivados a ilustrar suas palestras com citações abundantes, permitindo à audiência não só compreender profundamente o pensamento de Vieira Pinto, mas também apreciar seu estilo único de escrita. Além disso, duas palestras abordarão os contextos políticos, culturais e intelectuais nos quais essas obras foram produzidas, como o Brasil e o mundo nos anos 1950 e o período da ditadura militar, em meio ao debate sobre a “revolução tecnológica”. O curso reúne professores e pesquisadores que, nos últimos anos, têm se dedicado a resgatar, compreender e divulgar o pensamento de Vieira Pinto, com o objetivo de fortalecer a massa crítica em torno de sua obra e aproximar os diferentes núcleos de pesquisa no Brasil.

O curso “Álvaro Vieira Pinto: pensador do Brasil” é composto por 12 encontros e ocorreu nos formatos presencial e online entre 10/09 e 26/11 de 2024.

Professores responsáveis: Prof. Dr. Marcos Dantas (ECO-UFRJ) e Prof. Dr. Dauto Silveira (MINIC/SC)

Programação:

MÓDULO 1: Consciência e realidade nacional

Aula 1. Ambiente do Brasil nos anos 1950. Professor: Caio Navarro de Toledo (UNICAMP). Moderação Prof. Marcos Dantas. Assista

Aula 2. Consciência ingênua e consciência crítica. Professor: Marcos Dantas (UFRJ). Moderação: Dra. Ana Maria Ribeiro (ComMarx). Assista

Aula 3. Nacionalismo e trabalho nacional. Professora Norma Cortes (UFRJ). Moderação: Dra. Ana Maria Ribeiro (ComMarx). Assista

Aula 4. O conceito de revolução – Professor Dauto Silveira (MINIC/SC). Moderação: Dr. Miguel Papi (ComMarx). Assista

MÓDULO 2: Ciência e Existência

Aula 5: Lógica formal e lógica dialética. Professor Marcos Dantas (UFRJ). Moderação: Dr. Guilherme Preger (ComMarx). Assista

Aula 6: Teoria da Cultura: o processo de humanização. Professor Dauto Silveira (MINIC/SC). Moderação: Dra. Monique Figueira (ComMarx). Assista

Aula 7: Trabalho e trabalho científico. Professora Michele F. Lima (UEM). Moderação: Adriane Carrera (ComMarx). Assista

MÓDULO 3: O conceito de tecnologia

Aula 8: O ambiente: Brasil e a revolução cientifico-técnica. Prof. Dr. Marcos Dantas. Moderação: Dr. Miguel Papi (ComMarx). Assista

Aula 9: Técnica e tecnologia: existencial do ser humano. Professora Roseli Fígaro (USP). Moderação: Dra. Bruna Távora (ComMarx). Assista

Aula 10: Dialética da Cibernética e da Informação. Professor: Marcos Dantas. Moderação: Dra. Monique Figueira (ComMarx). Assista

Aula 11: Tecnologia, dominação, ideologia. Professor: Geraldo Augusto Pinto (UTFPR). Moderação: Dra. Luana Bonone (ComMarx). Assista

Aula 12: Encerramento – Álvaro Vieira Pinto e o debate contemporâneo. Professor Luís Merkle (UTFPR). Moderação: Prof. Marcos Dantas. Assista

*Acesse a ementa completa deste curso

Ciclo de Seminários: Inteligência Artificial, Criatividade e Artes

Curso completo disponível

Esse ciclo de seminários explora o uso das técnicas de tipo Inteligência Artificial (IA) como apoio a criatividade humana para artes, em particular à música. Varias assuntos e questões serão apresentados e discutidos, como: história e técnicas de IA, questões filosóficas e éticas, modos de criação e co-criação, modos de usagem por artistas, eventos artísticos interativos, narratologia interativa, jogos interativos, direitos autorais, limites e desafios. Os seminários serão administrados por vários especialistas do Brasil e do exterior (nesse caso, serão em inglês). Todos seminários, presenciais ou distantes, serão disponíveis ao vivo – e para rever a qualquer momento – no canal do Fórum de Ciência e Cultura no YouTube.

Coordenação: Jean-Pierre Briot  – LIP6/Sorbonne Université-CNRS, Paris & DI/PUC-Rio & CBAE-UFRJ, Rio de Janeiro – Titular da Cátedra de Inteligência Artificial e Coordenador do Ciclo de seminários: 

Convidados:

Curso completo:

Apresentação – Inteligência Artificial, Criatividade e Artes [ING] [PORT]

Aula #1 – Inteligência Artificial e Inteligência Humana

Aula #2 – Introdução à Inteligência artificial

Aula #3 – A intuição (ou a Criatividade nas Artes) Artificial Existe ?

Aula #4 – Criação de música com IA

Aula #5 – Música generativa/interativa usando padrões e automação

Aula #6 – Música generativa/interativa usando padrões e automação

Aula #7 – Criação de música com IA – Mais detalhes e revisão

Aula #8 – Inteligência Artificial e Ética

Aula #9 – Autoria e direitos autorais

Aula #10 – Aplicações criativas de IA: aceitação e aceitabilidade

Aula #11 – Desafios para adopção de tecnologia baseada em IA para criação de música

Aula #12 – Geração melódica via processos computacionais

Aula #13 – Sistemas musicais interativas e co-criação com IA

Aula #14 – Criação de narrativa e adaptação de jogos com IA

Aula #15 – IA e criação musical: problema resolvido?

Aula de encerramento: Mesa redonda de conclusão

MedCine: A substância

14 MAR – SEX – 18H

A Cátedra Carlos Chagas Filho de Fronteiras da Biologia e da Medicina do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e alunos de medicina da UFRJ convidam para o cineclube “MedCine”. Estamos assistindo filmes que envolvam temáticas médicas e/ou científicas, e depois fazemos uma breve discussão sobre o filme.

A primeira sessão de 2025 será no dia 14 de março, sexta, de 18 às 21 horas.

Excepcionalmente, a sessão será na Acaso Cultural, rua Vicente Sousa 16, Botafogo.

O filme a ser exibido é “A substância”, de 2024, dirigido por Coralie Fargeat, com Demi Moore, premiada como melhor atriz no Globo de Ouro de 2025 e indicada ao Oscar.

Alunos da UFRJ que se inscreverem no MedCine (a partir do dia 11/3) como atividade de extensão vão ganhar créditos se assistirem três ou mais sessões no semestre, ou pelo menos 6 sessões no ano.

Oferecemos refrigerante e pipoca.

Mais informações e a lista dos filmes que já assistimos em https://sites.google.com/histo.ufrj.br/catedra-ccf-ufrj/medcine

Programa de Cátedras 2025 convida professoras e professores titulares

21 JAN – SEG