First Global Innovation Forum – Centro Global de Inovação sobre Mudanças Climáticas da ONU

05 e 06 NOV 9H – VAGAS LIMITADAS

First Global Innovation Forum

Uniting global solutions for a sustainable future

CONVITE

Organizado pelo Centro Global de Inovação das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, em colaboração com o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o Colégio Brasileiro de Altos Estudos — que sediará o evento — o Fórum Global de Inovação fornecerá uma plataforma abrangente para uma gama diversificada de partes interessadas exibirem soluções inovadoras de clima e sustentabilidade, conectarem-se sobre desafios e oportunidades compartilhados, e identificarem de forma colaborativa lacunas prioritárias na implantação de inovações escaláveis.

A caminho da COP30, o Rio de Janeiro oferece um cenário estratégico para o Primeiro Fórum Global de Inovação. Este evento foi criado para conectar o ecossistema global de inovação com o processo de Mudanças Climáticas da ONU, alavancando o ambiente de negócios dinâmico do Rio e sua história como um centro de sustentabilidade e tecnologia. O Fórum contará com um espaço físico de exposição com estandes de diversos tamanhos, permitindo que provedores de soluções, incluindo empresas de tecnologia, startups e aceleradoras, apresentem suas mais recentes soluções climáticas. Além disso, os espaços de diálogo contarão com eventos paralelos temáticos e o 17o Workshop de Inovação Sistêmica do Centro Global de Inovação das Nações Unidas para Mudanças Climáticas.

O Centro Global de Inovação das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UGIH) foi lançado na COP 26 para contribuir para viabilizar o uso da inovação a serviço das pessoas e do planeta. Para isso, ele acelera e amplia o desenvolvimento e a implantação de soluções transformadoras para o clima e a sustentabilidade, novas e

Programa completo:

Faça o download do programa completo neste link.

Presencial:

Salão Nobre do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Cantos Rituais Náayeri: Metodologias da Tradição Oral em Transição – [NOVA DATA]

31 OUT – SEX – 10H30 – NOVA DATA

Apreentação:

A Cátedra Paul Zumthor, Programa de Estudos de Oralidade e Literacia, convida a antropóloga Margarita Valdovinos (UNAM, México) para apresentar o workshop “Cantos rituais Náayeri: metodologias da tradição oral em transição”, com a participação de Carlos Fausto (PPGAS, UFRJ) e Andrea Daher (CBAE, UFRJ).

O workshop consiste em uma reflexão sobre os caminhos da pesquisa em oralidade, analisando como diferentes tradições intelectuais elaboraram métodos e filologias específicas para compreender e preservar vozes, narrativas e práticas verbais. A partir do caso náayeri, serão discutidas as tensões entre escrita e oralidade, memória e tradução, bem como os modos de legitimação do saber oral em contextos históricos distintos. O encontro busca articular perspectivas comparativas, oferecendo instrumentos críticos para o estudo contemporâneo da oralidade.

Transformar uma expressão oral em texto escrito é um dos procedimentos mais comumente utilizados para estudar as diversas manifestações abstratas da língua; porém, as implicações desse procedimento, aparentemente básico, têm sido pouco estudadas. Nesse workshop, serão abordados os processos de transcrição de dois corpora de cantos cerimoniais náayeri, realizados com cem anos de diferença (Preuss, 1912, e Valdovinos, 2020). Valdovinos mostra que o estudo das transcrições dos cantos rituais náayeri permitiu compreender, por dentro, uma tradição poética que se desenvolveu durante séculos fora do alcance da escrita, ao mesmo tempo em que desvela o modo como as tradições filológicas letradas que estudaram esses cantos projetaram suas ideias mais íntimas nas visões que tiveram dessas outras artes ditas “orais”, que, mais do que se limitarem ao uso da palavra, desenvolveram-se lado a lado com a ação e a interação.

A filologia é o estudo dos textos em sua dimensão histórica, linguística e cultural. Busca compreender como foram escritos, transmitidos e preservados ao longo do tempo, analisando a evolução da língua, comparando versões e situando cada obra em seu contexto para revelar seu significado mais fiel e profundo.

Participantes:

  • Margarita Valdovinos (UNAM, México)
  • Carlos Fauto (PPGAS, UFRJ) e Andrea Daher (CBAE, UFRJ)
  • Margarita Valdovinos (UNAM, México) e Andrea Daher (CBAE)

Parceiros: 

Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

Lançamento de vídeos/trajetórias de Lygia Sigaud e Alfredo Wagner

30 OUT – QUI – 9H

Dando continuidade aos lançamentos do Projeto Trajetórias nas atividades do Núcleos nas Quintas, apresentaremos os percursos realizados por Lygia Sigaud (professora do PPGAS/MN/UFRJ até o ano de 2009) e Alfredo Wagner Berno de Almeida (Professor e Coordenador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (UEMA/UEA/UFAM).

Dia 30/10 (quinta-feira) às 9 h, no Auditório do PPGAS/MN (no Horto da Quinta da Boa Vista).

O lançamento das trajetórias contará com os coordenadores do projeto José Sergio Leite Lopes (PPGAS/MN/UFRJ) e José Carlos Matos Pereira (MEMOV/Pós-Doc PPGAS/MN), e terá como convidado o antropólogo e pesquisador Aurélio Vianna Jr. (Doutor em Antropologia Social pelo PPGAS/MN/UFRJ).

Apoio da cátedra Afrânio Garcia Jr do CBAE/ UFRJ.

Com o evento, fechamos este ciclo de lançamento com 12 trajetórias de pesquisadores/as das turmas iniciais do PPGAS. 

Disponíveis para acesso público em:

https://memov.org/…/colecao-trajetorias-pesquisadores-e-assessores

O Legado de Pierre-Jean-Georges Cabanis, entre Ciência e Educação

21 NOV – SEX – 17H

Neste evento, teremos a oportunidade de conhecer e debater em torno de dois livros: “Um olhar sobre as revoluções e a reforma da medicina”; e “A revolução de Georges Cabanis: uma reforma educacional esquecida na França pós-iluminista”, ambos editados em 2025. Estes livros, voltados para a obra de Pierre-Jean-Georges Cabanis, sob a organização e a análise de Naomar de Almeida Filho, constituem uma base fundamental para as discussões sobre os desdobramentos da história da cultura científica, em particular da medicina, e das ciências humanas. É em torno desse legado de um passado distante, porém próximo das apropriações possíveis no nosso presente, que teremos o privilégio de assentar as discussões, com a participação de especialistas, e, em particular, do Reitor da UFRJ, Professor Roberto Medronho. Ao final do evento, haverá uma sessão de autógrafos dos dois livros.

Participantes:

  • Naomar Almeida Filho (ISC/UFBA, conferencista);
  • Denise Coutinho (IPSS, UFBA, debatedora)
  • Andrea Daher (CBAE, UFRJ, organizadora e debatedora)

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube


Realização:

  • Programa de Pós-graduação em História Social
  • Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ

Como Construir um Estado Empreendedor: Por que a Inovação Precisa da Burocracia ? – ONLINE

3 NOV – SEG – 10H

Evento online de lançamento da edição em português do livro: Como Construir um Estado Empreendedor: Por que a Inovação Precisa da Burocracia ? com participação dos autores Rainer Kattel, Wolfgang Drechsler e Erkki Karo.

O livro How to Make an Entrepreneurial State: Why Innovation Needs Bureaucracy, de Rainer Kattel, Wolfgang Drechsler e Erkki Karo, constitui uma contribuição central para a reflexão contemporânea sobre Estado e desenvolvimento, ao mesmo tempo em que prepara o terreno para uma visão de futuro. A obra demonstra que a burocracia estatal, tradicionalmente vista como obstáculo, pode tornar-se uma força propulsora da inovação quando articulada a novas capacidades e capacitações dinâmicas. Nesse sentido, o texto propõe uma compreensão robusta das condições institucionais que sustentam a construção de uma governança antecipatória, capaz de lidar com as incertezas e com os desafios crescentes das transformações tecnológicas e sociais. Ao articular o conceito de ecossistema de inovação inclusivo e sustentável, os autores repensam a noção de Estado empreendedor, elevando-a ao patamar dos desafios do século XXI.

Acesse o arquivo do livro no repositório da ENAP!

*Evento com tradução simultânea português-inglês

Debatedores:

 Ana Célia Castro (CBAE/UFRJ) e João Carlos Ferraz (UFRJ)

Mediação:

Alexandre Gomide (Enap)

Online:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

#9. China: o big data a serviço de políticas pública – Isis Paris Maia

06 NOV – QUI – 18H – HÍBRIDO

Cátedra Álvaro Vieira Pinto

APRESENTAÇÃO

O curso Economia Política de Dados e Soberania Digital discute o papel estratégico dos dados digitais na economia e na geopolítica contemporânea. Em 13 aulas-palestra *híbridas, de 11 de setembro a 11 de dezembro de 2025, às quintas-feiras, especialistas analisam fundamentos conceituais, dilemas regulatórios enfrentados por diferentes países e possíveis caminhos para o Brasil. A iniciativa é organizada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, por meio da Cátedra Álvaro Vieira Pinto, com apoio da RedeSist, ComMarx, PPGCOM/ECO-UFRJ e PPGCI/IBICT.

Coordenação: Prof. Dr. Marcos Dantas (ECO-UFRJ) e Helena Lastres (RedeSist-UFRJ) 

*Formato híbrido, com ênfase na riqueza da participação presencial e a alternativa online igualmente garantida. Pós-graduandos e ouvintes são bem-vindos, podendo acompanhar integralmente ou em aulas-palestras específicas. Para certificação, é necessária inscrição e presença mínima de 75%, via Zoom; sem inscrição, o acompanhamento pode ser feito pelo YouTube.

Sobre o curso

A centralidade dos dados digitais na economia contemporânea transformou as grandes plataformas em atores de peso geopolítico, capazes de influenciar políticas nacionais e internacionais. Essa nova forma de poder, baseada na coleta e uso massivo de informações, coloca em questão a soberania de países como o Brasil, que enfrentam desafios para regular corporações globais e lidar com problemas associados, como desinformação, discursos de ódio e vigilância.

O curso propõe uma reflexão crítica sobre esse cenário. Em 13 aulas-palestras, serão discutidos os fundamentos conceituais da economia política de dados, os dilemas regulatórios e políticos enfrentados em diferentes regiões do mundo e, por fim, os caminhos possíveis para o Brasil. A programação reúne pesquisadores que, nos últimos anos, se dedicaram ao tema e cujos estudos resultaram em notas técnicas e no livro Economia Política de Dados e Soberania Digital: Conceitos, Desafios e Experiências no mundo, publicado pela editora Contracorrente em parceria com a RedeSist e o Centro Internacional Celso Furtado.

Ao abrir esse debate ao público, o curso reafirma a importância de pensar o desenvolvimento científico e tecnológico a partir de perspectivas críticas e brasileiras, inspiradas na tradição de Álvaro Vieira Pinto.


PROGRAMAÇÃO

MÓDULO 1: Definições e importância da Economia Política de Dados

11 SET- Aula inaugural – Soberania Digital em Disputa – Renata Mielli

Professora: Dra. Renata Mielli (Coordenadora CGI.Br). Moderação Prof. Marcos Dantas.

A exposição tratará do papel central que as tecnologias digitais adquiriram no cenário econômico e geopolítico atual. Apresentará as relações entre a questão da soberania nacional e as demais possibilidades de soberania, demonstrando as disputas pelo sentido e significado da soberania digital. Indicará um conjunto de medidas de emergência para garantir a soberania digital do Estado e da sociedade.

Renata Mielli, Jornalista. É coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e Assessora Especial da Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação. Presidente do Conselho de Administração do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Doutora em Ciências da Comunicação (ECA-USP).

18 SET- Aula 2. Economia Política de Dados: desafios de conceituação e mensuração – Helena Lastres

Professora: Helena Lastres. Moderação: Caíque Apolônio.

Apontar a falta de definições e sistemas de medição consistentes e seguros sobre a economia de dados e a influência negativa dessa ausência na compreensão do fenômeno e na implementação de políticas. Daí a relevância de buscar abordagens contextualizadas e condizentes com a compreensão e análise da Economia Política de Dados e Digital, capazes de identificar os fundamentos essenciais para orientar políticas efetivas e apropriadas para a transformação digital inclusiva, soberana e sustentável. 

Helena Maria Martins Lastres é Economista pela FEA-UFRJ, Mestre em Economia da Tecnologia pela COPPE/UFRJ, PhD em Desenvolvimento Industrial e Política de CT&I, SPRU, Sussex University, (Inglaterra) e pós-doutora em Inovação e Sistemas Produtivos Locais pela Université Pierre Mendès-France, Grenoble (França). É pesquisadora associada ao Programa de Pós-graduação do IE/UFRJ, onde ajudou a criar e atualmente coordena a Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais. É Pesquisadora Titular (aposentada) do Ministério da Ciência e Tecnologia. É membro do Conselho Deliberativo do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef). Integra o Conselho Consultivo para a Transformação Digital (CCTD) do Comitê Interministerial para a Transformação Digital (CITDigital).


25 SET- Aula 3. As comunicações e O Capital – Marcos Dantas

Professor: Marcos Dantas. Moderação: Larissa Ormay

Examinar aspectos da economia de dados à luz de conceitos e elaborações encontrados n’O Capital de Karl Marx. O ciclo de rotação do capital e as plataformas sociodigitais. Dados, capital financeiro, juros.

Marcos Dantas é Professor Titular (aposentado) da Escola de Comunicação da UFRJ. Mestre em Ciência da Informação pela ECO-IBICT/UFRJ e Doutor em Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ, é professor do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura da ECO-UFRJ e do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação do IBICT. Integra o Conselho de Administração da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Foi membro do Conselho de Administração do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.Br) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br).


02 OUT – Aula 4. Grandes corporações digitais e financeirização – José Cassiolato

Professor: José Cassiolato. Moderação: Dra. Nahema Falleiros

Propor uma reflexão sobre a importância de alcançar a soberania digital no Brasil. Focalizam-se as articulações da digitalização com a financeirização e as formas resultantes de aprisionamento das inovações digitais em trajetórias tecnológicas, não apenas de baixa eficácia econômica, mas principalmente produtoras de significativos efeitos negativos em termos sociais, políticos e ambientais. Argumenta-se, que,  longe de constituir-se em um novo paradigma, os desenvolvimentos associados à digitalização representam apenas uma intensificação do paradigma das TICs e que os discursos sobre as tecnologias digitais foram historicamente construídos em torno de mitos com grandes referências a mundos e possibilidades utópicas. Daí, entre outras conclusões, percebe-se crescente preocupação na sociedade sobre a necessidade de maior controle público das atividades digitais. A busca de soberania digital por parte dos diferentes países tem crescentemente feito parte da agenda de políticas públicas.

José Cassiolato é Economista pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor em Economia pela Universidade de Sussex (Inglaterra), com Pós-doutorado na Universidade Pierre Mendes-França (França). É professor de Economia da Inovação no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ). É Coordenador da Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist, IE/UFRJ). É Membro do Conselho Superior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É associado fundador do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef). Ocupa o sexto lugar em publicações em economia na América Latina do Latin America Scientist and University Rankings 2024.

Nahema Falleiros é doutora em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e pela Escola de Comunicação da UFRJ, mestre em Sociologia e bacharel em Ciências Sociais pela USP. É pesquisadora associada ao InternetLab e atualmente integra a Cátedra Oscar Sala do Instituto de Estudos Avançados da USP em estágio pós-doutoral. Sua trajetória combina atuação acadêmica e institucional, incluindo passagens pelo CEBRAP, pelo Museu do Futebol (CRFB) e pela Controladoria-Geral do Município de São Paulo, onde coordenou a Divisão de Ética. Suas pesquisas investigam as dimensões culturais, políticas e econômicas da ciência e da tecnologia no capitalismo contemporâneo, com foco na plataformização do trabalho, nas desigualdades em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI) na indústria de software e de inteligência artificial, e nos desafios da governança da Internet e das infraestruturas públicas digitais na América Latina e Caribe, a partir de métodos mistos e etnografia, dialogando com a sociologia do trabalho, a economia política da informação e os estudos de ciência e tecnologia.


MÓDULO 2: Experiências de países selecionados

09 OUT – Aula 5. Tendências e desafios da economia de dados nos Estados Unidos e Canadá – Jorge Britto

Professor: Jorge Britto. Moderação: Dr. Guilherme Preger

Apresentar e discutir conceitos relacionados à caraterização da Economia de Dados, procedimentos para medir sua participação no conjunto da economia e algumas implicações normativas do conceito em termos de políticas públicas, a partir da apresentação das experiências dos Estados Unidos e do Canadá.

Jorge Nogueira de Paiva Brito é Economista pela UFRJ. Tem Mestrado e Doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia, também pela UFRJ, com doutorado-sanduíche no SPRU da Universidade de Sussex (Inglaterra). É professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador colaborador da RedeSist e da UFRJ. Tem larga experiência na área de Economia da Tecnologia e da Inovação, com ênfase em Organização e Política Industrial e Tecnológica atuando principalmente nos seguintes temas: arranjos e sistemas produtivos, cooperação interindustrial, redes de firmas e sistemas setoriais e regionais de inovação. 


16 OUT – Aula 6. Economia de dados: planejamento e regulação na União Europeia (15h/17h) – Maria Lúcia Falcón

Professor: Maria Lúcia Falcón. Moderação: Bruna Távora

Principais estratégias, políticas e instrumentos para o planejamento, o investimento e a regulação da transição digital da economia na União Européia: planos Next Generation, fundos RRF, Digital Compass e Digital Decade. Soberania, infraestrutura digital e financiamento. Legislação de proteção de dados, regulação de mercados de dados e IA.

Maria Lúcia de Oliveira Falcón é Agrônoma pela Universidade Federal da Bahia. Mestre em Economia pela Universidade Federal da Bahia. Doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília. Fez Especialização em Gestão em Qualidade e Produtividade pelo MCT/Missão no Japão e em Blockchain e Fintech pelo IEBS/Espanha. É Pesquisadora Visitante na Universidade de Santiago de Compostela, Faculdade de Ciências Econômicas, Espanha. Professora Associada (aposentada) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atualmente desenvolve Pós-Doutorado na ENSP/Fiocruz na área de Complexo Econômico-Industrial da Saúde/Economia de Dados. É pesquisadora da RedeSist do Instituto de Economia da UFRJ e Professora Colaboradora no Mestrado Profissional de Economia (Propec) da UFS com as disciplinas Macroeconomia e Transformação Digital do Sistema Financeiro.

 

23 OUT – Aula 7. A Economia Política dos Dados na perspectiva dos (B)RICS – Ana Arroio

Professora: Ana Arroio. Moderação: Dra. Monique Figueira

Os sistemas produtivos e inovativos digitais da Rússia, Índia, China e África do Sul – RICS. O impacto das questões geopolíticos e  geoeconômicas, e o papel do Estado no desenho de políticas públicas para prosperar na economia digital. As lições de iniciativas bem-sucedidas, localmente apropriadas e que endogenizam partes importantes do sistema produtivo digital. Reflexão e recomendações para uma agenda de políticas no Brasil.

Ana Arroio é Jornalista pela Carleton University (Canadá), Mestre em Relações Internacionais pela PUC-RJ (1989) e Ph.D. em Desenvolvimento Industrial e Política de CT&I, SPRU, Sussex University (Inglaterra). Tem Pós-doutorado em Relações Internacionais pela Oxford University e Princeton University – Woodrow Wilson School of International and Public Affairs (Inglaterra e Estados-Unidos). É pesquisadora associada da RedeSist, do Instituto de Economia da UFRJ.

30 OUT – Aula 8. Economia de dados na África, Ásia e Oceania – Cristina Lemos

Professora: Cristina Lemos. Moderação: Dr. Miguel Papi

Examinar as experiências de políticas relacionadas à chamada transformação digital e à acelerada expansão da economia de dados em países que não estão na liderança no mundo. A análise é centrada em políticas  governamentais para oportunidades de inserção soberana na era digital em sete países selecionados: Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Vietnam, Etiópia e Quênia. São observados conceitos, marcos regulatórios, esforços de mensuração e estratégias de desenvolvimento, especialmente relacionadas à constituição de infraestrutura digital, sistemas de produção e inovação e governos digitais, visando contribuições para a formulação de políticas digitais e de dados soberanas e inclusivas no Brasil.

Cristina Ribeiro Lemos é Economista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre e Doutora em Engenharia de Produção pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ). É pesquisadora associada da Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos (RedeSist/IE/UFRJ), desde sua criação em 1997. É pesquisadora aposentada do Instituto Nacional de Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (1986/2016).

06 NOV- Aula 9. China: o big data a serviço de políticas pública – Isis Paris Maia

Professora: Isis Paris Maia. Moderação: Ana Maria Ribeiro.

Será apresentado e discutido como a China estruturou seu ecossistema de internet nacional, abrangendo desde a infraestrutura física até os marcos regulatórios que o sustentam, e como esse ecossistema digital viabiliza o que a literatura denomina governança 4.0 e quais são seus impactos sobre as políticas sociais do país. Para ilustrar, será analisado o caso do cadastro unificado de famílias vulneráveis.

Isis Paris Maia – Historiadora (2020), Mestre (2023) e Doutoranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professora colaboradora da Pós-Graduação em China Contemporânea da PUC-Minas e co-fundadora do projeto de difusão científica Fios de China no Instagram. Atualmente pesquisa instituições na China, com ênfase em governança digital e tecnologias em políticas públicas.


13 NOV – Aula 10. América Latina y la Economía de Datos – Carina Borrastero e Manuel Gonzalo

Professores: Carina Borrastero e Manuel Gonzalo. Moderação: Adriane Carrera.

El objetivo de la sesión es presentar una revisión crítica de los debates contemporáneos vinculados a la economía de datos en América Latina. A partir de una sistematización de las contribuciones de la CEPAL, el Banco de Desarrollo de América Latina y el Caribe (CAF) y los planes y estrategias de política digital de Argentina, Chile y México, se identificarán y discutirán los avances, pendientes y hojas de ruta en materia de economía de datos en la región. Lo és evidente la necesidad de avanzar sobre una agenda regional en materia de datos que contemple las especificidades contextuales, emule buenas prácticas y regulaciones evitando la copia lineal y acrítica de abordajes del Norte Global, y apunte a potenciar actores, tecnologías e infraestructuras locales.

Carina Borrastero é Doutora em Ciências Sociais (UBA), Mestrado em Ciência, Tecnologia e Sociedade (UNQ) e Licenciada em Ciências da Comunicação (UNC). Professora de Economia Industrial na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) e pesquisadora do CONICET (Argentina).

Manuel Gonzalo é Licenciado em Economia magna cum laude pela Universidad de Buenos Aires (UBA), Mestre en Economia y Desenvolvimento Industrial pela Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS) e Doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor-Investigador de Economia do Desenvolvimento na Universidad Nacional de Quilmes (UNQUI) e em Economia na UNDEC (Universidad Nacional de Chilecito). Coordenador do grupo de trabalho sobre Índia e membro do Grupo de trabalho sobre BRICS+ do Conselho Argentino para as Relaciones Internacionais (CARI). Investigador associado da RedeSist/IE-UFRJ.


MÓDULO 3: A experiência brasileira

27 NOV – Aula 11. Economia de Dados e as políticas governamentais brasileiras – Marcelo Mattos

Professor: Marcelo Mattos. Moderação: Dra. Ana Maria Ribeiro.

A conferência terá como foco o Nordeste brasileiro e apresentará os resultados da pesquisa realizada no âmbito do projeto “Medição da Economia de Dados: um Estudo de Caso sobre o Brasil”. A discussão se concentrará na capacidade instalada de ciência e tecnologia na região voltada à economia de dados. O debate partirá da indagação sobre a importância de uma primorosa rede de universidades e instituições de C&T no Nordeste, desde que estimuladas por uma política estratégica de investimentos no campo da ‘revolução digital’ e enraizada no território. Ainda, será apresentada uma agenda de pesquisa que visa ampliar a reflexão e o debate sobre o tema.

Marcelo Gerson Pessoa Matos é Economista. Doutor em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor adjunto do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED-IE/UFRJ). Pesquisador da RedeSist. 

04 DEZ – Aula 12. O Nordeste e a Economia de Dados – Severino José de Lima

Professor: Severino José de Lima. Moderação: Dr. Rodrigo Guedes.

Como foco o Nordeste brasileiro, a exposição se concentrará na capacidade instalada de ciência e tecnologia na região voltada à economia de dados. O debate partirá da indagação sobre a importância das universidades e instituições de C&T no Nordeste e seu potencial desde que estimuladas por uma política estratégica de investimentos no campo da ‘revolução digital’ e enraizada no território. Será apresentada uma agenda de pesquisa que visa ampliar a reflexão e o debate sobre o tema.

Severino José de Lima é Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal da Paraíba. Mestre em Sociologia Rural pela Universidade Federal da Paraíba e Doutor em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professor da Universidade Federal de Campina Grande. Estágio Pós-Doutoral pela Redesist/IE/UFRJ. Pesquisador colaborador da Redesist. 



11 DEZ – Aula 13. Encerramento: Para uma política soberana – Sergio Amadeu da Silveira

Professor: Sergio Amadeu da Silveira (UFABC). Moderação:  Profª Helena Lastres

Apresentar o papel central que as tecnologias digitais adquiriram no cenário econômico e geopolítico atual. Mostrar as relações entre a questão da soberania nacional e as demais possibilidades de soberania, demonstrando as disputas pelo sentido e significação da soberania digital. Sugerir um conjunto de medidas de emergência para garantir a soberania digital do Estado e da sociedade.

Sergio Amadeu da Silveira é doutor em Ciência Política. Professor da UFABC e membro do Conselho Científico da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber). Integrou o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br). Presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI. É pesquisador de produtividade do CNPq.

Helena Maria Martins Lastres é Economista pela FEA-UFRJ, Mestre em Economia da Tecnologia pela COPPE/UFRJ, PhD em Desenvolvimento Industrial e Política de CT&I, SPRU, Sussex University, (Inglaterra) e pós-doutora em Inovação e Sistemas Produtivos Locais pela Université Pierre Mendès-France, Grenoble (França). É pesquisadora associada ao Programa de Pós-graduação do IE/UFRJ, onde ajudou a criar e atualmente coordena a Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais. É Pesquisadora Titular (aposentada) do Ministério da Ciência e Tecnologia. É membro do Conselho Deliberativo do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef). Integra o Conselho Consultivo para a Transformação Digital (CCTD) do Comitê Interministerial para a Transformação Digital (CITDigital).



Ementa completa – atualizada em 19/09/2025


Presencial:

Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro

Online:

Link Zoom Meeting – inscrições encerradas. Participe como ouvinte pelo YouTube.

Transmissão:

PLAYLIST – Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

*Inscrições abertas até 11/09.


PARCEIROS INSTITUCIONAIS

RedeSist – Rede de Pesquisa em Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais

ComMarx – Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura

PPGCOM – Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura (ECO-UFRJ)

PPGCI – Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação (PPGCI-IBICT)

Tópico #3. Conceitos em Disputa e Debates Ético-Políticos Ligados às IAs

31 OUT – SEX – 15H

O curso Tópicos Especiais em Inteligência Artificial – Cátedra IA e Metacognição aborda o papel das IAs na sociedade, destacando oportunidades e riscos. Com foco no pensamento crítico, oferece uma visão abrangente de seus fundamentos históricos, geopolíticos e técnicos – redes neurais, aprendizagem profunda e IA generativa – e de ferramentas que ampliam produtividade e aprendizado contínuo. Também discute tendências educacionais, especialmente o desenvolvimento de habilidades metacognitivas, além de aplicações responsáveis, questões éticas e políticas públicas relacionadas à regulação, governança e impactos socioeconômicos da IA.

O curso oferece 20 vagas presenciais, prioritariamente destinadas a alunos de Programas de Pós-Graduação da UFRJ. 10 vagas presenciais adicionais serão reservadas a setores parceiros da Cátedra, como Prefeitura do Rio de Janeiro/Naves do Conhecimento, Museu do Amanhã, Assespro-RJ e RNP, entre outros, conforme demanda e decisão da coordenação. Vagas remanescentes poderão ser disponibilizadas a estudantes de Graduação da UFRJ ou ao público externo.

As aulas ocorrerão de 17 de outubro a 19 de dezembro de 2025, às sextas-feiras, das 15h às 18h, em formato presencial e online, totalizando 10 encontros consecutivos. Todos os participantes presenciais deverão apresentar um Trabalho de Conclusão ao final do curso.

***Confira o lançamento da Cátedra e a apresentação dos seus planos de atividades para 2025 e 2026, voltados à integração entre educação, IA e cidadania, ao final.

Coordenação:

Ronaldo Mota:

Titular da Cátedra em Inteligência Artificial e Metacognição e Pesquisador Visitante Emérito/FAPERJ do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE/UFRJ); Professor Titular aposentado de Física da Universidade Federal de Santa Maria; Diretor-Secretário da Academia Brasileira de Educação e Membro do Comitê de Assuntos Estratégicos do BNDES. Possui Pós-Doutorado nas Universidades de Utah, nos Estados Unidos, e de British Columbia, no Canadá. Foi Chanceler e Reitor da Universidade Estácio de Sá, além de Pesquisador nível 1 do CNPq. Trabalhou como Professorial Visiting Fellow no Instituto de Educação da Universidade de Londres (Reino Unido), além de ter desempenhado cargos públicos como Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Secretário Nacional de Educação a Distância, Secretário Nacional de Educação Superior e foi Ministro Interino do Ministério da Educação. Foi condecorado pelo Presidente da República do Brasil com a Ordem Nacional do Mérito Científico, na Classe Grã-Cruz, como Comendador.

Gabriel Goldmeier:

Pesquisador Associado (Pós-doutor) da Cátedra em Inteligência Artificial e Metacognição do CBAE/UFRJ. Graduado em Filosofia e Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Mestre em Filosofia Política pela UFRGS; Doutor em Filosofia e Educação pelo Institute of Education, UCL, no Reino Unido. Atuou como Professor das Faculdades de Matemática e Filosofia da UFRGS, entre outras atividades docentes, e como Coordenador da Comissão Técnica de Humanidades no Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) do MEC.


Estrutura curricular por tópicos:

  • Tópico 1: 17/10 – Civilização Humana: Do Fogo ao Vórtex Digital
  • Tópico 2: 24/10 – Uma Breve História da IA: Da Lógica Simbólica ao Conexionismo e as Três Etapas da IA
  • Tópico 3: 31/10 –  Conceitos em Disputa e Debates Ético-Políticos Ligados às IAs
  • Tópico 4: 07/11 – Impactos Socioeconômicos e Geopolíticos e o Debate Sobre a Regulação das IAs
  • Tópico 5: 14/11 – Ciência de Dados e as IAs: de Kepler, o pioneiro da Ciência de Dados, a Hassabis, prêmio Nobel de Química de 2024
  • Tópico 6: 21/11 – Conceitos Matemáticos e de Programação por Trás das Inteligências Artificias
  • Tópico 7: 28/11 – Metacognição: a Habilidade Fundamental para Interagir com as IAs
  • Tópico 8: 05/12 – Redes Neurais Artificiais, Deep Learning e as Principais IAs Generativas
  • Avaliação 1: 12/12 – Apresentação dos Trabalhos de Conclusão
  • Avaliação 2: 19/12 – Apresentação dos Trabalhos de Conclusão

Ementa completa para download – 30/09/2025 13h34m


Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão/Playlist:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

**Dúvidas relacionadas a assuntos educacionais: solangejorge@forum.ufrj.br


Confira o lançamento da Cátedra Fredric Litto, que apresenta seus planos de atividades para 2025 e 2026, voltados à integração entre educação, IA e cidadania:

Diálogos Sustentáveis: A Natureza dá Samba? [EVENTO ADIADO]

EVENTO ADIADO

Cátedra Berta Becker – Sustentabilidades e os Amanhãs Desejáveis: Biodiversidade, Clima e Desafios Socioambientais para Políticas Públicas no Brasil, à Luz da Agenda 2030

APRESENTA

Diálogos Sustentáveis – Samba e Natureza: Mapeando a Noção de Natureza nos Sambas de Enredo do Carnaval do Rio de Janeiro

Em tempos de agravamento da emergência climática é cada vez mais urgente refletir sobre o tipo de relação que construímos com e na natureza – concebida historicamente nas sociedades ocidentalizadas como se o ser humano não fosse parte dela mas um ente separado – e de como essas conexões precisam ser (re)pensadas a partir de perspectivas integradoras, inclusivas e plurais, que envolvam todos os seres vivos e as garantias necessárias para uma vida de qualidade em sociedade e no planeta. Nessa reflexão, a arte possibilita captar e questionar padrões e preocupações de uma sociedade, o chamado espírito do tempo. Nas manifestações ligadas ao Carnaval brasileiro, os desfiles das Escolas de Samba apresentam temas que traduzem questões fundamentais para as sociedades que as produzem, o país e, até mesmo, a coletividade planetária. Sob essa inspiração, esse Diálogos tem como proposta apresentar e debater os resultados do projeto intitulado Samba e Natureza. Esse projeto busca investigar de que forma a polissêmica noção de Natureza vem sendo interpretada nos sambas de enredo das Escolas de samba do Grupo Especial, no Rio de Janeiro. Diante da riqueza dos temas abordados nos sambas, o projeto Samba e Natureza busca, com as análises, contribuir para a dinamização do debate sobre a necessidade de reconexão da sociedade com a natureza, compreendendo, nesse contexto, o potencial fundamental desse elemento cultural ancestral para a sensibilização em relação a comportamentos que estão direta ou indiretamente relacionados à natureza.  

Palestrantes:

Marcelo Augusto Gurgel de Lima – CEFET/RJ e UFRJ

Sociólogo, turismólogo e pós-doutorando (em andamento) no Programa Eicos (IP/UFRJ). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Patrimônio Cultural do CEFET/RJ. Doutor e mestre em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social/Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro dos Grupos de Pesquisa Governança, Ambiente, Políticas Públicas, Inclusão e Sustentabilidade (GAPIS) e do Núcleo Sinergia: Subjetividades, Turismo, Natureza e Cultura (Programa Eicos/IP e PPED/IE/UFRJ). Pesquisador com foco nas interfaces entre turismo, natureza e cultura e suas articulações com as políticas públicas setoriais no Brasil. Além desse tema, investiga também o fenômeno da desinformação, em especial, na agenda socioambiental brasileira e desenvolve pesquisa sobre a compreensão e o uso dos mecanismos do software Atlas.TI no processo de sistematização e de análise qualitativa de dados.

Elizabeth Oliveira – Jornalista ambiental e integrante do GAPIS/IP/UFRJ

Jornalista e pesquisadora especializada em questões socioambientais com formação acadêmica interdisciplinar. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, vinculado ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPED-IE-UFRJ). Integrante do Grupo de Pesquisa Governança, Ambiente, Políticas Públicas, Inclusão e Sustentabilidade (Gapis-UFRJ-CNPq). Atua na discussão e na produção de reportagens e artigos sobre a relação sociedade-natureza, com ênfase nas agendas de conservação da biodiversidade, mudanças climáticas e direitos humanos.
 

Luiz Antônio Simas – Prof. Historiador e autor de 19 livros sobre cultura brasileira

Luiz Antonio Simas é carioca, filho e neto de pernambucanos e alagoanas. Mestre em História Social pela UFRJ, professor de história, educador popular, escritor, poeta e compositor, tem mais de trinta livros publicados sobre culturas de rua do Brasil. Desde a publicação de seu primeiro livro, O vidente míope (Folha Seca, 2009), foi finalista do Prêmio Jabuti em três ocasiões, com as obras Coisas nossas (José Olympio, 2017), O corpo encantado das ruas (Civilização Brasileira, 2019) e Sonetos de birosca e poemas de terreiro (José Olympio, 2022), seu primeiro livro de poesia. Foi ganhador do mesmo prêmio na categoria Livro do Ano de 2016, em parceria com Nei Lopes, pelo Dicionário da história social do samba (Civilização Brasileira, 2015). Suas canções foram gravadas por artistas como Maria Rita, Marcelo D2, Criolo, Rita Benneditto e Fabiana Cozza. Também atuou como curador das exposições “Crônicas cariocas” (Museu de Arte do Rio), ao lado de Conceição Evaristo; “Semba/Samba: corpos e atravessamentos”, junto a Nei Lopes e com curadoria artística e projeto museográfico dos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad; e “Aos heróis da liberdade” (Museu do Samba/RJ), com Gringo Cardia. Mantém há mais de quinze anos projetos populares de aulas públicas em ruas, praças, botequins, coretos, quadras de escolas de samba e terreiros.

Fabio Scarano – Cátedra Futuros Regenerativos

É Curador do Museu do Amanhã, titular da Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros, uma parceria da UFRJ com o Museu do Amanhã e Professor Titular de Ecologia da UFRJ, integrando o Laboratório de Limnologia. Engenheiro Florestal pela Universidade de Brasília, com doutorado em Ecologia na Universidade de St. Andrews, Escócia. Foi dirigente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na Conservação Internacional e na Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável. Foi também autor no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) e no Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC, 2011-2014). Foi Coordenador da Área de Ecologia e Meio Ambiente na CAPES/MEC e coordenador geral da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES). É membro da Sociedade Linneana de Londres. Orientou mais de 40 mestres e doutores. Possui mais de 100 publicações científicas e foi agraciado com dois Prêmios Jabuti de Literatura, na categoria de Ciências Naturais: com o livro “Biomas Brasileiros: Retratos de um País Plural”; e um primeiro lugar, com o livro “Mata Atlântica: Uma História do Futuro”. É autor do celebrado livro “Regenerantes de Gaia” e do recém lançado 

Mediação:

Marta de Azevedo Irving Cátedra Bertha Becker Sustentabilidades à Luz da Agenda 2030

Professora e pesquisadora sênior do Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (EICOS/IP/UFRJ), do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED/IE/UFRJ) e, do Pograma Futuros (CBAE/FCC/UFRJ). Coordenadora da Cátedra de Ambiente e Sustentabilidade do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE/FCC/UFRJ) e pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED/CNPq). Professora visitante do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entre 2023 e 2025. Perfil acadêmico interdisciplinar, com graduação em Biologia (UFRJ) e em Psicologia (UERJ). Mestrado em Gestão Costeira (Southampton University) e Doutorado em Ciências (Universidade de São Paulo). Pós-Doutorado em Gestão Social da Biodiversidade no Département dÉcologie et Gestion de la Biodiversité no Musée dHistoire Naturelle (MNHN) e, no CRBC/ École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) da França. Professora e pesquisadora convidada do Département Hommes, Natures et Sociétés do MNHN e do IREST/Paris 1 (França), além do Departamento de Geografia da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e do Oslo and Akershus College of Applied Sciences (Noruega), alem de ter contribuido com inumeros projetos no âmbito do Sistema das Nações Unidas e demais instituições de alcance internacional. Em seu percurso profissional tem conduzido a reflexão ética e crítica sobre o campo da sustentabilidade, à luz da Ecologia Social e Política, com foco na temática de governança vinculada à agenda socioambiental, com ênfase em gestão social da biodiversidade, em suas interfaces com as demais políticas públicas. Suas pesquisas partem da ressignificação da relação entre natureza e cultura, na contemporaneidade, e seus rebatimentos nas agendas global e nacional do desenvolvimento. Com base na perspectiva teórica sobre sustentabilidade e governança socioambiental, alguns temas tem orientado suas pesquisas, atualmente, nas interfaces com o debate associado à conservação da biodiversidade, envolvendo áreas protegidas e patrimônio; cultura e direito de povos e populações tradicionais; lazer, turismo e ética da sustentabilidade; desenvolvimento de tecnologias participativas como instrumentos para a ação comunitária e  desenvolvimento local, em articulação com a questão climática e políticas setoriais conexas, à luz da Agenda 2030, entre outros. A pesquisadora tem status de Bolsista de Produtividade do CNPq e coordena os Grupos de Pesquisa Governança, Ambiente, Políticas Públicas, Inclusão e Sustentabilidade (GAPIS/Lattes/CNPq) e, o Núcleo Sinergia: Subjetividades, Turismo, Natureza e Cultura (Sinergia/Lattes/CNPq), Coordenou também o Projeto  de Cooperação Internacional Sustentabilidade e Inclusão Social: Rumo à Agenda 2030, no âmbito do Programa CAPES/PRINT, entre varios outros. Em seu currículo são registradas inúmeras dissertações e teses de doutorado, além da autoria de livros e artigos científicos no campo das Ciências Sociais Aplicadas, de alcance nacional e internacional. 

Convidados:

  • Cássia Turci – Vice-reitora da UFRJ 
  • Ana Célia Castro – Diretora do Colégio Brasileiro de Altos Estudos UFRJ. Vice-Coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED)
  • Elizeu Santiago – Presidente do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
  • Tiago Prata – Gerente da Embratur
  • Martinho da Vila – compositor, intérprete e presidente de honra da G.R.E.S.Unidos de Vila Isabel  (a confirmar)

Presencial:

Salão Nobre do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube


Comissão Organizadora:

  • Coordenação do Projeto de Extensão Diálogos Sustentáveis – 10 Anos: Profa Marta de Azevedo Irving (UFRJ)

Organização do evento Samba e Natureza:

  • Marcelo Gurgel de Lima (CEFET/RJ e UFRJ)
  • Claudia Fragelli (CEFET/RJ)
  • Elizabeth Oliveira (GAPIS/IP/UFRJ)
  • Graciella Faico (UFRJ e UFF)
  • Nadson Nei de Souza (CEFET/RJ)

Realização e organização:

  • Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca CEFET/RJ

Apoio institucional:

  • Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro AGCRJ
  • Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo EMBRATUR

Seminário internacional: Políticas de migração e saúde mental em perspectiva comparada – ONLINE

29 OUT – QUA – 15H

O seminário analisa as transformações recentes dos fluxos migratórios na América Latina, marcadas pela intensificação das migrações Sul/Sul e seus efeitos sobre as estruturas sociais, econômicas e humanitárias dos países receptores. A partir de uma perspectiva comparativa entre Brasil e Chile, discute-se o papel das políticas públicas, normas e leis migratórias na integração e no bem-estar dos migrantes, com ênfase nos impactos socioeconômicos, culturais e na saúde mental dessas populações. A reflexão abrange desde a evolução das legislações e seus conflitos de interesse até as condições de vida, inserção social e discriminação racial enfrentadas por grupos migrantes, destacando a necessidade de respostas integradas e sensíveis às múltiplas vulnerabilidades envolvidas.

Apresentação completa:

A migração internacional e o refúgio são temas contemporâneos cruciais, já que estão permanentemente em aumento. As diásporas, onde os habitantes da América do Sul migravam para os países avançados, têm sofrido mudanças na última década. Agora predomina a migração Sul/Sul, ou seja, dentro da região da América Latina. Os países receptores se viram obrigados a mudar suas infraestruturas e serviços públicos para acomodar esse novo tipo de diáspora que, em muitos casos, tem gerado verdadeiras crises humanitárias. Organismos internacionais das Nações Unidas, como o ACNUR e a OIM, têm colaborado nos processos de integração social dos migrantes, assim como as ONGs pró-migração e os coletivos de migrantes.

O seminário visa apresentar as principais características das políticas públicas, normas e leis migratórias no Brasil e no Chile, seus efeitos sobre os migrantes e estabelecer algumas comparações relevantes. Apresentam-se as influências das políticas sobre populações específicas de migrantes, no sentido socioeconômico, político e cultural, com ênfase especial na saúde mental e de forma comparativa. Os convidados desenvolvem o tema geral a partir de focos específicos.

O prof. Igor Machado dedica sua apresentação a fazer um breve histórico da evolução das leis migratórias e dos conflitos de interesse públicos na forma de definir a alteridade no Brasil nos momentos de articular consensos para desenvolver as normativas migratórias. O prof. Alexandre Branco discute a política nacional de saúde das populações migrantes no Brasil, fazendo um balanço de 2022 a 2025. O prof. Pablo Zuleta Pastor mostra, de forma qualitativa, os fatores que repercutem na saúde mental dos migrantes venezuelanos no Chile, em sua viagem e reassentamento. Ele destaca como riscos à saúde mental desses migrantes o estresse e os lutos não realizados. A prof. Liliana Acero estabelece comparações entre as populações migrantes haitianas no Chile e no Brasil, sua precariedade de vida, de inserção social e as discriminações raciais às quais estão sujeitas no cotidiano, entendidas como fatores que afetam sua saúde mental.

A comentarista, prof. Ana Célia Castro, discute os textos e também apresenta uma visão mais ampla em relação às múltiplas vulnerabilidades dos migrantes.


Convidados

  • Prof. Pablo Zuleta Pastor – Doutor em Psicologia pela Universidade do Chile; professor da Escola de Psicologia da Universidade Bernardo O’Higgins – Santiago do Chile.
  • Prof. Igor de Reno Machado – Doutor em Antropologia pela UNICAMP; professor titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – São Paulo.
  • Prof. Alexandre Branco – Doutorando no Dpto de sociologia da USP e pesquisador colaborador no Programa de Pós Graduação em Antropologia social da UnB.

Organizadora

  • Profa. Liliana Acero – Doutora em Sociologia pela Universidade de Sussex (Inglaterra); pós-doutoranda sênior pela FAPERJ e professora voluntária do PPED/IE/UFRJ.

Comentarista

  • Profa. Cláudia Mermelstein – Cátedra Fronteiras da Biologia e Medicina

Online:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos no YouTube


Promoção e realização:

PPED/IE/UFRJ, CBAE/ UFRJ e  FAPERJ

Geopolítica do Clima com François Gemenne 

28 OUT – TER – 10H

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fórum de Ciência e Cultura

Colégio Brasileiro de Altos Estudos

Consulado Geral da França no Rio de Janeiro

APRESENTAM

Conferência Internacional Geopolítica do Clima com François Gemenne

A Conferência Internacional Geopolítica do Clima reúne François Gemenne, referência global em meio ambiente, migrações e governança climática, em um debate sobre os impactos desiguais da crise do clima e os impasses da governança entre Norte e Sul. Emílio La Rovere conduz a mediação, relacionando a discussão às negociações da COP30, em Belém, e às propostas de reestruturação do financiamento climático e da cooperação internacional. Marta Irving complementa o diálogo ao abordar as dimensões éticas, culturais e socioambientais da sustentabilidade, com base na ecologia social e na governança participativa. O encontro destaca a Amazônia e o Brasil como espaços estratégicos na consolidação de um novo paradigma de justiça climática e na construção de uma agenda multilateral capaz de articular desenvolvimento, soberania e preservação ambiental.

*Este evento é organizado em parceria com o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro. **Entrada gratuita. ***Evento com tradução simultânea.


Conferencista internacional:

François Gemenne é especialista em geopolítica do meio ambiente e das migrações. Professor na Escola de Altos Estudos Comerciais de Paris (HEC/Paris) e pesquisador do Fundo para a Investigação Científica (FNRS) na Universidade de Liège, também leciona no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po Paris). Autor de diversos livros sobre clima, é coautor do 6º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC/GIEC) e presidente do Conselho Científico da Fundação para a Natureza e o Homem. Seus trabalhos foram publicados em revistas como Science e Global Environmental Change, e é autor de várias obras, entre elas: L’écologie n’est pas un consensus (Fayard, 2022); On a tous un ami noir (Fayard, 2020); Géopolitique du climat (Armand Colin, 2009; 2015); Atlas des migrations environnementales (Presses de Sciences Po / Routledge, 2016, com D. Ionesco e D. Mokhnacheva); Atlas de l’Anthropocène (Presses de Sciences Po, 2019, com A. Rankovic e o Atelier de Cartographie de Sciences Po).

Mais sobre o conferencista:

François Gemenne – HEC/Paris

François Gemenne dedica-se, em escala global, ao estudo das intersecções entre migrações, governança ambiental e mudanças climáticas, conduzindo pesquisas de campo em territórios vulneráveis como as Ilhas Maldivas, Tuvalu e Fukushima — experiências que alimentam sua análise sobre os impactos desiguais do aquecimento planetário e os deslocamentos populacionais que dele decorrem. Diretor do Hugo Observatory na Universidade de Liège e co-diretor do Observatoire Défense & Climat junto ao Ministério das Forças Armadas da França, articula ciência, diplomacia e segurança internacional para demonstrar que o clima deixou de ser apenas uma questão ambiental, tornando-se eixo central das novas dinâmicas de poder, soberania e cooperação global. Participa de importantes projetos de pesquisa europeus, como MAGYC (governança das migrações e crises de asilo) e HABITABLE (migrações induzidas por mudanças climáticas), além de atuar como consultor para organizações multilaterais, entre elas a International Organisation for Migration (IOM) e o Asian Development Bank (ADB). Sua trajetória acadêmica e institucional revela um pensamento que combina rigor empírico e engajamento público, ampliando o debate sobre a geopolítica do clima como um campo decisivo para compreender as transformações contemporâneas nas relações internacionais e nos modos de vida das populações afetadas pela crise ambiental.

Fontes: earthsystemgovernance.org; fnh.org; us.londonspeakerbureau.com


Mediação:

Emílio Lèbre La Rovere – CBAE/COPPE/UFRJ

Emílio Lèbre La Rovere é professor titular do Programa de Planejamento Energético (PPE) da COPPE/UFRJ, onde coordena o Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA) e o CentroClima — Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. Engenheiro e economista, com doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, dedica-se há mais de quatro décadas à pesquisa e à formulação de políticas nas áreas de energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Contribuiu para diversos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007, consolidando-se como uma das principais referências brasileiras em transição energética e mitigação de emissões. Participou da Comissão de Alto Nível sobre Preço do Carbono, coordenada por Joseph Stiglitz e Nicholas Stern, e preside a Câmara Técnica sobre Economia de Carbono do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. Na UFRJ, coordena a Cátedra Luiz Pinguelli Rosa – Um Futuro Desejável: Transição Justa para um Desenvolvimento Compatível com o Clima no Brasil –, vinculada ao Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), onde também é professor do Programa de Formação e Transformação em Futuros. É autor e coautor de inúmeros estudos e relatórios sobre políticas públicas de energia, cenários de descarbonização e sustentabilidade, tendo atuado como consultor para organismos nacionais e internacionais, entre eles o Banco Mundial e o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Sua trajetória combina rigor técnico e visão prospectiva, articulando ciência, política e transformação social. No diálogo com François Gemenne, converge o olhar sobre as mudanças climáticas como questão central da geopolítica contemporânea — campo em que se entrelaçam soberania energética, justiça ambiental e governança global do futuro.


Comentários:

Marta de Azevedo Irving – Cátedra Sustentabilidades à Luz da Agenda 2030

Marta de Azevedo Irving coordena o subprojeto “Governança Socioambiental e Conservação da Biodiversidade: Mosaicos de Áreas Protegidas como vias de integração de políticas públicas, rumo ao pós-Agenda 2030”, vinculado ao eixo “Diagnósticos sobre População, Biomas e Sustentabilidade” do projeto “Os Múltiplos e Dinâmicos Processos Socioeconômicos e Ambientais no Brasil a partir do Censo Demográfico 2022” (INCT-PPED/UFRJ-ENCE/IBGE). A pesquisa investiga as dinâmicas de governança socioambiental em áreas protegidas, tomando os mosaicos de conservação como instrumentos de integração entre políticas públicas de biodiversidade, desenvolvimento sustentável, vulnerabilidade ambiental e adaptação climática, enfatizando a gestão participativa e intersetorial como condição para uma transição ecológica efetiva. Professora e pesquisadora sênior do EICOS/IP/UFRJ, do PPED/IE/UFRJ e do Programa Futuros (CBAE/FCC/UFRJ), coordena a Cátedra Bertha Becker – Sustentabilidades à Luz da Agenda 2030 (CBAE/UFRJ) e integra o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED/CNPq). Com trajetória interdisciplinar em Biologia (UFRJ) e Psicologia (UERJ), mestrado pela University of Southampton, doutorado pela USP e pós-doutorados no Muséum National d’Histoire Naturelle (MNHN) e na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), na França, desenvolve pesquisas sobre ecologia social, governança ambiental e sustentabilidade, abordando as relações entre natureza, cultura e políticas públicas à luz da Agenda 2030. Professora visitante da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e colaboradora de instituições internacionais como o MNHN, o IREST/Paris 1, a Universidade de Santiago de Compostela e o Oslo and Akershus College (Noruega), é Bolsista de Produtividade do CNPq e coordena os grupos de pesquisa GAPIS e Sinergia, além de projetos de cooperação internacional voltados à sustentabilidade e inclusão social. Sua reflexão articula ética, território e governança participativa, propondo modelos colaborativos e adaptativos de gestão socioambiental capazes de integrar conservação, desenvolvimento e justiça climática.

No contexto da conferência “Geopolítica do Clima”, a participação de Marta Irving estabelece um diálogo essencial com as perspectivas de François Gemenne e Emílio Lèbre La Rovere. Enquanto Gemenne revela as assimetrias globais das mudanças climáticas e La Rovere analisa as condições para uma transição energética justa e cooperativa, Irving amplia o horizonte ao introduzir a dimensão territorial e ética da governança socioambiental, destacando que enfrentar a crise climática exige, ao mesmo tempo, integração de políticas públicas, justiça ambiental e renovação das práticas de convivência entre sociedade e natureza.


Textos para discussão:

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

*A participação é livre e não requer inscrição prévia, mas está sujeita à lotação; demonstrar interesse no botão acima nos ajuda a organizar melhor o evento.


Apoio institucional:

Vincent Brignol – Adido para a ciência e tecnologia / Attaché pour la science et la technologie

Consulat Général de France à Rio de Janeiro