Programa de Cátedras 2026 – Chamada Pública e Cronograma Atualizado

CHAMADA PÚBLICA – PROGRAMA DE CÁTEDRAS DO CBAE – EDITAL Nº 1/2025

Prorrogação do prazo de submissão de propostas

A Diretora do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE/UFRJ), no uso de suas atribuições regimentais, informa a prorrogação do prazo de envio das propostas referentes ao Edital nº 1/2025 – Chamada Pública para Seleção de Candidatos ao Programa de Cátedras para o ano de 2026.

O edital estabelece as normas para a seleção de até oito Cátedras, destinadas a professores titulares há mais de cinco anos, ou equivalentes, com reconhecida liderança em seu campo de atuação, conforme requisitos descritos no documento oficial. As propostas devem apresentar projeto de atividades de ensino, pesquisa, ciclos temáticos ou inovações acadêmicas, além da indicação de patrono(a) e demais itens previstos no edital.

O Programa de Cátedras visa fomentar atividades acadêmicas de excelência, articulando disciplinas transversais, redes de especialistas, oficinas temáticas e ciclos de conferências, abrangendo áreas como sustentabilidade, inteligência artificial, culturas e artes, desigualdades, futuros desejáveis, saúde, juventude, combate à fome, entre outras temáticas contempladas no Regulamento (Anexo I).

Cronograma atualizado:

A Diretora do Colégio Brsileiro de Altos Estudos, no uso das suas atribuições, decidiu postergar a entrega das propostas das Cátedras definidas no Edital 1 de 2025.

  • Data limite para envio das propostas: 5 de janeiro de 2026
  • Resultado da seleção: 10 de março de 2026
  • Início das Cátedras: a partir de 15 de março de 2026

Edital completo:

A íntegra do edital, contendo requisitos, orientações para submissão e áreas temáticas, está disponível para consulta no anexo desta publicação. Download do Edital competo.

Sobre o Programa e edições anteriores:

Programa de Cátedras 2020-2025

Contato:

Romancistas Brasileiras Negras no Século XXI

24 NOV – SEG – 17H – ONLINE

 Cátedra Machado de Assis de Literatura

APRESENTA

Romancistas Brasileiras Negras no Século XXI: Construções Ana Maria Gonçalves/ Ana Paula Maia/ Conceição Evaristo/ Eliana Alves Cruz

Contanto o romance brasileiro de autoria feminina negra remonte ao século XIX, com Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, não há dúvida de que é no alvorecer do novo milênio a Literatura do nosso país vê a multiplicação de escritoras negras, com suas particularidades, perspectivas, subjetividades e singularidades. Esse fenômeno, fruto de múltiplas condições intra e extraliterárias, será objeto da mesa-redonda “Romancistas Brasileiras Negra no Século XXI: Construções”, que abordará as obras das escritoras Ana Maria Gonçalves, Ana Paula Maia, Conceição Evaristo e Eliana Alves Cruz, a partir da análise dos romances de estreia de cada uma delas.

Debatedores:

Jorge Marques:

Possui graduação em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Possui mestrado em Letras (Letras Vernáculas – Literatura Brasileira) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado pelo mesmo programa de pós-graduação. É professor titular do Colégio Pedro II, onde atualmente exerce a função de Assessor de Ações Afirmativas e Direitos Humanos. Sua área de estudo é Letras, com ênfase em Literatura Brasileira. É autor de obras de crítica literária e literatura juvenil. Atua principalmente nos seguintes temas: letramento literário, ensino de Literatura, estudos de gênero.

Luciano Nascimento:

Natural de São Gonçalo/ RJ, Luciano Nascimento é pai, filho, marido, tio, mangueirense… e Professor Titular do Colégio Pedro II. É licenciado em Letras (Unipli), especialista em Leitura e Produção de Textos (UFF) e em Psicopedagogia Clínica e Institucional (Unicarioca), mestre em Língua Portuguesa (UFRJ) e doutor em Literaturas (UFSC). Além de publicações individuais (Edições Cândido, Autografia e Imperial) articipa de antologias de textos ficionais (Ed. Mórula, Ed. Malê, Selo Off-Flip, Oficina Raquel e Conexão7) e de publicações científicas. Sua publicação mais recente é “A re-partilha do comum – reflexões e práticas para uma sala de aula empática” (Ed. Mauad, 2025), ensaio teórico-metodológico que resulta de pesquisa realizada no estágio pós-doutoral na Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ.

Jucilene Nogueira:

Doutora em Ciência da Literatura na UFRJ, tornou-se mestra pelo mesmo programa e instituição em 2011. Atualmente, é professora EBTT do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira e Língua Portuguesa. É pesquisadora da poesia contemporânea brasileira, ensino de literatura e das questões de gênero, raciais e de sexualidade. É membra do Laboratório de Teorias e Práticas Feministas da UFRJ e do NIELM (Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Mulher na Literatura).

Flavia Amparo:

Professora Associada de Literatura Brasileira da Universidade Federal Fluminense e Professora Titular de Português e Literaturas do Colégio Pedro II. Atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura da UFF e no Mestrado em Práticas de Educação Básica do Colégio Pedro II. Possui graduação em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestrado em Letras (Literatura Brasileira) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Doutorado em Letras pelo mesmo programa de Pós-Graduação. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, e na área de Ensino, principalmente nos seguintes temas: Formação do leitor na Educação Básica, Interdisciplinaridade e Ensino, Literatura e outras artes.

Coordenação:  

Godofredo de Oliveira Neto – Titular da Cátedra Machado de Assis

Titular da Cátedra Machado de Assis do CBAE-UFRJ – é escritor, professor universitário e membro titular da Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a Cadeira 35 desde setembro de 2022, sucedido por Ana Maria Machado. Professor Titular de Literatura Brasileira na UFRJ, possui graduação e mestrado em Letras pela Université de Paris III – Sorbonne-Nouvelle e doutorado pela UFRJ, com pós-doutorado na Georgetown University (EUA). Autor de 21 livros entre romances e contos – alguns traduzidos para o inglês, francês, espanhol, italiano, vietnamita e búlgaro – foi premiado com o Jabuti em 2006 e tem obras adotadas em diversas universidades brasileiras. Atua como pesquisador com foco no Modernismo e na literatura contemporânea, tendo orientado dezenas de dissertações e teses, participado de centenas de bancas e congressos e ocupado cargos de gestão acadêmica, como Pró-Reitor de Graduação da UFRJ e Diretor do Departamento de Política do Ensino Superior no MEC. Integra ainda o PACC-UFRJ, a Cátedra Machado de Assis, o comitê da Collection Archives/UNESCO e diversos conselhos e grupos de pesquisa nacionais e internacionais.

Apenas online:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

#11. Economia de Dados e as políticas governamentais brasileiras – Marcelo Mattos

27 NOV – QUI – 18H – HÍBRIDO

Cátedra Álvaro Vieira Pinto

APRESENTAÇÃO

O curso Economia Política de Dados e Soberania Digital discute o papel estratégico dos dados digitais na economia e na geopolítica contemporânea. Em 13 aulas-palestra *híbridas, de 11 de setembro a 11 de dezembro de 2025, às quintas-feiras, especialistas analisam fundamentos conceituais, dilemas regulatórios enfrentados por diferentes países e possíveis caminhos para o Brasil. A iniciativa é organizada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, por meio da Cátedra Álvaro Vieira Pinto, com apoio da RedeSist, ComMarx, PPGCOM/ECO-UFRJ e PPGCI/IBICT.

Coordenação: Prof. Dr. Marcos Dantas (ECO-UFRJ) e Helena Lastres (RedeSist-UFRJ) 

*Formato híbrido, com ênfase na riqueza da participação presencial e a alternativa online igualmente garantida. Pós-graduandos e ouvintes são bem-vindos, podendo acompanhar integralmente ou em aulas-palestras específicas. Para certificação, é necessária inscrição e presença mínima de 75%, via Zoom; sem inscrição, o acompanhamento pode ser feito pelo YouTube.

Sobre o curso

A centralidade dos dados digitais na economia contemporânea transformou as grandes plataformas em atores de peso geopolítico, capazes de influenciar políticas nacionais e internacionais. Essa nova forma de poder, baseada na coleta e uso massivo de informações, coloca em questão a soberania de países como o Brasil, que enfrentam desafios para regular corporações globais e lidar com problemas associados, como desinformação, discursos de ódio e vigilância.

O curso propõe uma reflexão crítica sobre esse cenário. Em 13 aulas-palestras, serão discutidos os fundamentos conceituais da economia política de dados, os dilemas regulatórios e políticos enfrentados em diferentes regiões do mundo e, por fim, os caminhos possíveis para o Brasil. A programação reúne pesquisadores que, nos últimos anos, se dedicaram ao tema e cujos estudos resultaram em notas técnicas e no livro Economia Política de Dados e Soberania Digital: Conceitos, Desafios e Experiências no mundo, publicado pela editora Contracorrente em parceria com a RedeSist e o Centro Internacional Celso Furtado.

Ao abrir esse debate ao público, o curso reafirma a importância de pensar o desenvolvimento científico e tecnológico a partir de perspectivas críticas e brasileiras, inspiradas na tradição de Álvaro Vieira Pinto.


PROGRAMAÇÃO

MÓDULO 1: Definições e importância da Economia Política de Dados

11 SET- Aula inaugural – Soberania Digital em Disputa – Renata Mielli

Professora: Dra. Renata Mielli (Coordenadora CGI.Br). Moderação Prof. Marcos Dantas.

A exposição tratará do papel central que as tecnologias digitais adquiriram no cenário econômico e geopolítico atual. Apresentará as relações entre a questão da soberania nacional e as demais possibilidades de soberania, demonstrando as disputas pelo sentido e significado da soberania digital. Indicará um conjunto de medidas de emergência para garantir a soberania digital do Estado e da sociedade.

Renata Mielli, Jornalista. É coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e Assessora Especial da Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação. Presidente do Conselho de Administração do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Doutora em Ciências da Comunicação (ECA-USP).

18 SET- Aula 2. Economia Política de Dados: desafios de conceituação e mensuração – Helena Lastres

Professora: Helena Lastres. Moderação: Caíque Apolônio.

Apontar a falta de definições e sistemas de medição consistentes e seguros sobre a economia de dados e a influência negativa dessa ausência na compreensão do fenômeno e na implementação de políticas. Daí a relevância de buscar abordagens contextualizadas e condizentes com a compreensão e análise da Economia Política de Dados e Digital, capazes de identificar os fundamentos essenciais para orientar políticas efetivas e apropriadas para a transformação digital inclusiva, soberana e sustentável. 

Helena Maria Martins Lastres é Economista pela FEA-UFRJ, Mestre em Economia da Tecnologia pela COPPE/UFRJ, PhD em Desenvolvimento Industrial e Política de CT&I, SPRU, Sussex University, (Inglaterra) e pós-doutora em Inovação e Sistemas Produtivos Locais pela Université Pierre Mendès-France, Grenoble (França). É pesquisadora associada ao Programa de Pós-graduação do IE/UFRJ, onde ajudou a criar e atualmente coordena a Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais. É Pesquisadora Titular (aposentada) do Ministério da Ciência e Tecnologia. É membro do Conselho Deliberativo do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef). Integra o Conselho Consultivo para a Transformação Digital (CCTD) do Comitê Interministerial para a Transformação Digital (CITDigital).


25 SET- Aula 3. As comunicações e O Capital – Marcos Dantas

Professor: Marcos Dantas. Moderação: Larissa Ormay

Examinar aspectos da economia de dados à luz de conceitos e elaborações encontrados n’O Capital de Karl Marx. O ciclo de rotação do capital e as plataformas sociodigitais. Dados, capital financeiro, juros.

Marcos Dantas é Professor Titular (aposentado) da Escola de Comunicação da UFRJ. Mestre em Ciência da Informação pela ECO-IBICT/UFRJ e Doutor em Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ, é professor do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura da ECO-UFRJ e do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação do IBICT. Integra o Conselho de Administração da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Foi membro do Conselho de Administração do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.Br) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br).


02 OUT – Aula 4. Grandes corporações digitais e financeirização – José Cassiolato

Professor: José Cassiolato. Moderação: Dra. Nahema Falleiros

Propor uma reflexão sobre a importância de alcançar a soberania digital no Brasil. Focalizam-se as articulações da digitalização com a financeirização e as formas resultantes de aprisionamento das inovações digitais em trajetórias tecnológicas, não apenas de baixa eficácia econômica, mas principalmente produtoras de significativos efeitos negativos em termos sociais, políticos e ambientais. Argumenta-se, que,  longe de constituir-se em um novo paradigma, os desenvolvimentos associados à digitalização representam apenas uma intensificação do paradigma das TICs e que os discursos sobre as tecnologias digitais foram historicamente construídos em torno de mitos com grandes referências a mundos e possibilidades utópicas. Daí, entre outras conclusões, percebe-se crescente preocupação na sociedade sobre a necessidade de maior controle público das atividades digitais. A busca de soberania digital por parte dos diferentes países tem crescentemente feito parte da agenda de políticas públicas.

José Cassiolato é Economista pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor em Economia pela Universidade de Sussex (Inglaterra), com Pós-doutorado na Universidade Pierre Mendes-França (França). É professor de Economia da Inovação no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ). É Coordenador da Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist, IE/UFRJ). É Membro do Conselho Superior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É associado fundador do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef). Ocupa o sexto lugar em publicações em economia na América Latina do Latin America Scientist and University Rankings 2024.

Nahema Falleiros é doutora em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e pela Escola de Comunicação da UFRJ, mestre em Sociologia e bacharel em Ciências Sociais pela USP. É pesquisadora associada ao InternetLab e atualmente integra a Cátedra Oscar Sala do Instituto de Estudos Avançados da USP em estágio pós-doutoral. Sua trajetória combina atuação acadêmica e institucional, incluindo passagens pelo CEBRAP, pelo Museu do Futebol (CRFB) e pela Controladoria-Geral do Município de São Paulo, onde coordenou a Divisão de Ética. Suas pesquisas investigam as dimensões culturais, políticas e econômicas da ciência e da tecnologia no capitalismo contemporâneo, com foco na plataformização do trabalho, nas desigualdades em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI) na indústria de software e de inteligência artificial, e nos desafios da governança da Internet e das infraestruturas públicas digitais na América Latina e Caribe, a partir de métodos mistos e etnografia, dialogando com a sociologia do trabalho, a economia política da informação e os estudos de ciência e tecnologia.


MÓDULO 2: Experiências de países selecionados

09 OUT – Aula 5. Tendências e desafios da economia de dados nos Estados Unidos e Canadá – Jorge Britto

Professor: Jorge Britto. Moderação: Dr. Guilherme Preger

Apresentar e discutir conceitos relacionados à caraterização da Economia de Dados, procedimentos para medir sua participação no conjunto da economia e algumas implicações normativas do conceito em termos de políticas públicas, a partir da apresentação das experiências dos Estados Unidos e do Canadá.

Jorge Nogueira de Paiva Brito é Economista pela UFRJ. Tem Mestrado e Doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia, também pela UFRJ, com doutorado-sanduíche no SPRU da Universidade de Sussex (Inglaterra). É professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador colaborador da RedeSist e da UFRJ. Tem larga experiência na área de Economia da Tecnologia e da Inovação, com ênfase em Organização e Política Industrial e Tecnológica atuando principalmente nos seguintes temas: arranjos e sistemas produtivos, cooperação interindustrial, redes de firmas e sistemas setoriais e regionais de inovação. 


16 OUT – Aula 6. Economia de dados: planejamento e regulação na União Europeia (15h/17h) – Maria Lúcia Falcón

Professor: Maria Lúcia Falcón. Moderação: Bruna Távora

Principais estratégias, políticas e instrumentos para o planejamento, o investimento e a regulação da transição digital da economia na União Européia: planos Next Generation, fundos RRF, Digital Compass e Digital Decade. Soberania, infraestrutura digital e financiamento. Legislação de proteção de dados, regulação de mercados de dados e IA.

Maria Lúcia de Oliveira Falcón é Agrônoma pela Universidade Federal da Bahia. Mestre em Economia pela Universidade Federal da Bahia. Doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília. Fez Especialização em Gestão em Qualidade e Produtividade pelo MCT/Missão no Japão e em Blockchain e Fintech pelo IEBS/Espanha. É Pesquisadora Visitante na Universidade de Santiago de Compostela, Faculdade de Ciências Econômicas, Espanha. Professora Associada (aposentada) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atualmente desenvolve Pós-Doutorado na ENSP/Fiocruz na área de Complexo Econômico-Industrial da Saúde/Economia de Dados. É pesquisadora da RedeSist do Instituto de Economia da UFRJ e Professora Colaboradora no Mestrado Profissional de Economia (Propec) da UFS com as disciplinas Macroeconomia e Transformação Digital do Sistema Financeiro.

 

23 OUT – Aula 7. A Economia Política dos Dados na perspectiva dos (B)RICS – Ana Arroio

Professora: Ana Arroio. Moderação: Dra. Monique Figueira

Os sistemas produtivos e inovativos digitais da Rússia, Índia, China e África do Sul – RICS. O impacto das questões geopolíticos e  geoeconômicas, e o papel do Estado no desenho de políticas públicas para prosperar na economia digital. As lições de iniciativas bem-sucedidas, localmente apropriadas e que endogenizam partes importantes do sistema produtivo digital. Reflexão e recomendações para uma agenda de políticas no Brasil.

Ana Arroio é Jornalista pela Carleton University (Canadá), Mestre em Relações Internacionais pela PUC-RJ (1989) e Ph.D. em Desenvolvimento Industrial e Política de CT&I, SPRU, Sussex University (Inglaterra). Tem Pós-doutorado em Relações Internacionais pela Oxford University e Princeton University – Woodrow Wilson School of International and Public Affairs (Inglaterra e Estados-Unidos). É pesquisadora associada da RedeSist, do Instituto de Economia da UFRJ.

30 OUT – Aula 8. Economia de dados na África, Ásia e Oceania – Cristina Lemos

Professora: Cristina Lemos. Moderação: Dr. Miguel Papi

Examinar as experiências de políticas relacionadas à chamada transformação digital e à acelerada expansão da economia de dados em países que não estão na liderança no mundo. A análise é centrada em políticas  governamentais para oportunidades de inserção soberana na era digital em sete países selecionados: Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Vietnam, Etiópia e Quênia. São observados conceitos, marcos regulatórios, esforços de mensuração e estratégias de desenvolvimento, especialmente relacionadas à constituição de infraestrutura digital, sistemas de produção e inovação e governos digitais, visando contribuições para a formulação de políticas digitais e de dados soberanas e inclusivas no Brasil.

Cristina Ribeiro Lemos é Economista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre e Doutora em Engenharia de Produção pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ). É pesquisadora associada da Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos (RedeSist/IE/UFRJ), desde sua criação em 1997. É pesquisadora aposentada do Instituto Nacional de Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (1986/2016).

06 NOV- Aula 9. China: o big data a serviço de políticas pública – Isis Paris Maia

Professora: Isis Paris Maia. Moderação: Ana Maria Ribeiro.

Será apresentado e discutido como a China estruturou seu ecossistema de internet nacional, abrangendo desde a infraestrutura física até os marcos regulatórios que o sustentam, e como esse ecossistema digital viabiliza o que a literatura denomina governança 4.0 e quais são seus impactos sobre as políticas sociais do país. Para ilustrar, será analisado o caso do cadastro unificado de famílias vulneráveis.

Isis Paris Maia – Historiadora (2020), Mestre (2023) e Doutoranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professora colaboradora da Pós-Graduação em China Contemporânea da PUC-Minas e co-fundadora do projeto de difusão científica Fios de China no Instagram. Atualmente pesquisa instituições na China, com ênfase em governança digital e tecnologias em políticas públicas.


13 NOV – Aula 10. América Latina y la Economía de Datos – Carina Borrastero e Manuel Gonzalo

Professores: Carina Borrastero e Manuel Gonzalo. Moderação: Adriane Carrera.

El objetivo de la sesión es presentar una revisión crítica de los debates contemporáneos vinculados a la economía de datos en América Latina. A partir de una sistematización de las contribuciones de la CEPAL, el Banco de Desarrollo de América Latina y el Caribe (CAF) y los planes y estrategias de política digital de Argentina, Chile y México, se identificarán y discutirán los avances, pendientes y hojas de ruta en materia de economía de datos en la región. Lo és evidente la necesidad de avanzar sobre una agenda regional en materia de datos que contemple las especificidades contextuales, emule buenas prácticas y regulaciones evitando la copia lineal y acrítica de abordajes del Norte Global, y apunte a potenciar actores, tecnologías e infraestructuras locales.

Carina Borrastero é Doutora em Ciências Sociais (UBA), Mestrado em Ciência, Tecnologia e Sociedade (UNQ) e Licenciada em Ciências da Comunicação (UNC). Professora de Economia Industrial na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) e pesquisadora do CONICET (Argentina).

Manuel Gonzalo é Licenciado em Economia magna cum laude pela Universidad de Buenos Aires (UBA), Mestre en Economia y Desenvolvimento Industrial pela Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS) e Doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor-Investigador de Economia do Desenvolvimento na Universidad Nacional de Quilmes (UNQUI) e em Economia na UNDEC (Universidad Nacional de Chilecito). Coordenador do grupo de trabalho sobre Índia e membro do Grupo de trabalho sobre BRICS+ do Conselho Argentino para as Relaciones Internacionais (CARI). Investigador associado da RedeSist/IE-UFRJ.


MÓDULO 3: A experiência brasileira

27 NOV – Aula 11. Economia de Dados e as políticas governamentais brasileiras – Marcelo Mattos

Professor: Marcelo Mattos. Moderação: Dra. Ana Maria Ribeiro.

A conferência terá como foco o Nordeste brasileiro e apresentará os resultados da pesquisa realizada no âmbito do projeto “Medição da Economia de Dados: um Estudo de Caso sobre o Brasil”. A discussão se concentrará na capacidade instalada de ciência e tecnologia na região voltada à economia de dados. O debate partirá da indagação sobre a importância de uma primorosa rede de universidades e instituições de C&T no Nordeste, desde que estimuladas por uma política estratégica de investimentos no campo da ‘revolução digital’ e enraizada no território. Ainda, será apresentada uma agenda de pesquisa que visa ampliar a reflexão e o debate sobre o tema.

Marcelo Gerson Pessoa Matos é Economista. Doutor em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor adjunto do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED-IE/UFRJ). Pesquisador da RedeSist. 

04 DEZ – Aula 12. O Nordeste e a Economia de Dados – Severino José de Lima

Professor: Severino José de Lima. Moderação: Dr. Rodrigo Guedes.

Como foco o Nordeste brasileiro, a exposição se concentrará na capacidade instalada de ciência e tecnologia na região voltada à economia de dados. O debate partirá da indagação sobre a importância das universidades e instituições de C&T no Nordeste e seu potencial desde que estimuladas por uma política estratégica de investimentos no campo da ‘revolução digital’ e enraizada no território. Será apresentada uma agenda de pesquisa que visa ampliar a reflexão e o debate sobre o tema.

Severino José de Lima é Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal da Paraíba. Mestre em Sociologia Rural pela Universidade Federal da Paraíba e Doutor em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professor da Universidade Federal de Campina Grande. Estágio Pós-Doutoral pela Redesist/IE/UFRJ. Pesquisador colaborador da Redesist. 



11 DEZ – Aula 13. Encerramento: Para uma política soberana – Sergio Amadeu da Silveira

Professor: Sergio Amadeu da Silveira (UFABC). Moderação:  Profª Helena Lastres

Apresentar o papel central que as tecnologias digitais adquiriram no cenário econômico e geopolítico atual. Mostrar as relações entre a questão da soberania nacional e as demais possibilidades de soberania, demonstrando as disputas pelo sentido e significação da soberania digital. Sugerir um conjunto de medidas de emergência para garantir a soberania digital do Estado e da sociedade.

Sergio Amadeu da Silveira é doutor em Ciência Política. Professor da UFABC e membro do Conselho Científico da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber). Integrou o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br). Presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI. É pesquisador de produtividade do CNPq.

Helena Maria Martins Lastres é Economista pela FEA-UFRJ, Mestre em Economia da Tecnologia pela COPPE/UFRJ, PhD em Desenvolvimento Industrial e Política de CT&I, SPRU, Sussex University, (Inglaterra) e pós-doutora em Inovação e Sistemas Produtivos Locais pela Université Pierre Mendès-France, Grenoble (França). É pesquisadora associada ao Programa de Pós-graduação do IE/UFRJ, onde ajudou a criar e atualmente coordena a Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais. É Pesquisadora Titular (aposentada) do Ministério da Ciência e Tecnologia. É membro do Conselho Deliberativo do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef). Integra o Conselho Consultivo para a Transformação Digital (CCTD) do Comitê Interministerial para a Transformação Digital (CITDigital).



Ementa completa – atualizada em 19/09/2025


Presencial:

Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro

Online:

Link Zoom Meeting – inscrições encerradas. Participe como ouvinte pelo YouTube.

Transmissão:

PLAYLIST – Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

*Inscrições abertas até 11/09.


PARCEIROS INSTITUCIONAIS

RedeSist – Rede de Pesquisa em Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais

ComMarx – Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura

PPGCOM – Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura (ECO-UFRJ)

PPGCI – Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação (PPGCI-IBICT)

Patrimônio no Universo das Imagens Técnicas: Alteridade, Atmosfera e Presença

24 NOV – SEG – 10H/14H

Cátedras Vilém Flusser e José Bonifácio de Andrada e Silva

APRESENTAM

O evento promoverá uma discussão acerca de uma abordagem diante do patrimônio construído baseada no conceito de “atmosfera”, propondo a identificação, interpretação e preservação de ambiências e espaços relacionais em contraste com as abordagens mais convencionais que privilegiam o foco na preservação material dos artefatos e construções. Esta abordagem será relacionada com alguns conceitos desenvolvidos por Vilém Flusser, principalmente com o conceito de “imagem técnica” e com a noção de “pós-história”, que é apresentada como consequência da transformação ontológica provocada pela centralidade destas imagens na cultura contemporânea.

*Evento presencial, com convidados participando por Zoom

Convidados: 

  • Pedro Marques de Abreu (Faculdade de Arquitectura, Universidade de Lisboa, Portugal)

Mediação: 

  • Roberto Bartholo

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Refletir o Estado e Projetar Futuros no 7º Seminário NUPPAA 2025

ATÉ 30 NOV – ENVIO DE RESUMOS PRORROGADO

O 7º Seminário NUPPAA reafirma o compromisso do Núcleo de Políticas Públicas: Análise e Avaliação (INCT-PPED) com a reflexão crítica e interdisciplinar sobre o Estado brasileiro e suas capacidades de promover um desenvolvimento justo, sustentável e inclusivo. A edição de 2025 reúne pesquisadores e gestores de diferentes gerações e instituições para repensar os caminhos do desenvolvimento nacional, articulando legados e desafios do presente com cenários de futuro. Estruturado em seis grupos temáticos, o encontro discute capacidades estatais, instrumentos de política, transformação digital e climática, desigualdades sociais e territoriais e condições de vida no Sul Global — temas centrais para vincular evidências à ação pública e renovar a visão de Estado, sociedade e bem-estar no século XXI.

Datas importantes:

  • 7/11 a 1/12 – Período de inscrições
  • 7/11 a 23/11 – Envio de propostas de trabalho
  • Até 8/12 – Divulgação dos trabalhos selecionados
  • 11 e 12/12/2025 – Realização do 7º Seminário NUPPAA

Eixos temáticos, envio de resumos e inscrições:

Site Oficial – 7º Seminário NUPPAA – Núcleo de Políticas Públicas: Análise e Avaliação

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube

Ensino, Pesquisa e Extensão e os Desafios da Revolução Digital

12 NOV – QUA – 17H30

O que é ser professor frente à revolução digital? Como preparar nossos estudantes para profissões que ainda estão sendo inventadas? Esses são alguns dos questionamentos que tem nos atravessado pelos desafios da transformação constante dos modos de aprender, ensinar e interagir com o mundo.

Convidamos você a participar de mais um encontro da Cátedra Anísio Teixeira de Formação de Professores, com o intuito de construir um espaço de diálogo comprometido com os desafios do nosso tempo!

Convidados: 

  • Profª Drª Ana Lucia de Almeida Soutto Mayor – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Profª Drª Marieta de Moraes Ferreira – Programa de Pós-graduação em História – PPGHIS – UFRJ

Mediação:

  • Giseli Barreto da Cruz – Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Cátedra Anísio Teixeira de Formação de Professores

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

*Inscrições também poderão ser realizadas presencialmente no momento do evento.

**Dúvidas? Entre em contato: complexoformacaoprofessores@gmail.com

O Legado de Pierre-Jean-Georges Cabanis, entre Ciência e Educação

21 NOV – SEX – 17H

Neste evento, teremos a oportunidade de conhecer e debater em torno de dois livros: “Um olhar sobre as revoluções e a reforma da medicina”; e “A revolução de Georges Cabanis: uma reforma educacional esquecida na França pós-iluminista”, ambos editados em 2025. Estes livros, voltados para a obra de Pierre-Jean-Georges Cabanis, sob a organização e a análise de Naomar de Almeida Filho, constituem uma base fundamental para as discussões sobre os desdobramentos da história da cultura científica, em particular da medicina, e das ciências humanas. É em torno desse legado de um passado distante, porém próximo das apropriações possíveis no nosso presente, que teremos o privilégio de assentar as discussões, com a participação de especialistas, e, em particular, do Reitor da UFRJ, Professor Roberto Medronho. Ao final do evento, haverá uma sessão de autógrafos dos dois livros.

Participantes:

  • Naomar Almeida Filho (ISC/UFBA, conferencista);
  • Denise Coutinho (IPSS, UFBA, debatedora)
  • Andrea Daher (CBAE, UFRJ, organizadora e debatedora)

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube


Realização:

  • Programa de Pós-graduação em História Social
  • Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ

MedCine: Her

07 NOV – SEX – 18H

A Cátedra Carlos Chagas Filho de Fronteiras da Biologia e da Medicina do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e alunos de medicina da UFRJ convidam para o cineclube “MedCine”. Estamos assistindo filmes que envolvam temáticas médicas e/ou científicas, e depois fazemos uma breve discussão sobre o filme.

A 9ª sessão de 2025 será no dia 07 de novembro, de 18 às 22 horas, no CBAE, Av Rui Barbosa 762, Flamengo. O filme a ser exibido é “Her”, de 2013, escrito, dirigido e produzido por Spike Jones, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original em 2014.

Alunos da UFRJ que se inscreverem no MedCine como atividade de extensão vão ganhar créditos se assistirem três ou mais sessões no semestre, ou pelo menos 6 sessões no ano.

Oferecemos refrigerante e pipoca.

Mais informações e a lista dos filmes que já assistimos em

https://sites.google.com/histo.ufrj.br/catedra-ccf-ufrj/medcine

Como se faz Zoneamento Econômico-Ecológico?

10 NOV – SEG – 13H30

Como se faz Zoneamento Econômico-Ecológico? Nesta palestra, Julio Lopes apresentará de forma didática os fundamentos e os procedimentos interdisciplinares que estruturam um Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) – instrumento estratégico para orientar o uso do território, compatibilizando conservação ambiental, atividades produtivas e direitos sociais. A exposição também retomará a experiência pioneira do ZEE de Rondônia, destacando desafios institucionais, aprendizados e a relevância do zoneamento como ferramenta de política pública para a Amazônia e para a agenda climática contemporânea.

Palestrante:

Julio Lopes é Pesquisador Titular em Ciência e Tecnologia da Fundação Casa de Rui Barbosa, doutor em Ciência Política pelo IUPERJ e pós-doutor em Sociologia (UFPE) e Filosofia (Universidade de Lisboa). Autor de obras e artigos sobre sustentabilidade, cidadania e políticas públicas, participou como consultor jurídico do primeiro Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) da Amazônia, desenvolvido em Rondônia, e atua na interface entre ciência, Estado e sociedade na formulação de estratégias de desenvolvimento sustentável.

Presencial:

Auditório da Casa de Rui Barbosa fica na Rua São Clemente, 134, Botafogo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal da Casa de Rui Barbosa no YouTube

Cantos Rituais Náayeri: Metodologias da Tradição Oral em Transição – [NOVA DATA]

31 OUT – SEX – 10H30 – NOVA DATA

Apreentação:

A Cátedra Paul Zumthor, Programa de Estudos de Oralidade e Literacia, convida a antropóloga Margarita Valdovinos (UNAM, México) para apresentar o workshop “Cantos rituais Náayeri: metodologias da tradição oral em transição”, com a participação de Carlos Fausto (PPGAS, UFRJ) e Andrea Daher (CBAE, UFRJ).

O workshop consiste em uma reflexão sobre os caminhos da pesquisa em oralidade, analisando como diferentes tradições intelectuais elaboraram métodos e filologias específicas para compreender e preservar vozes, narrativas e práticas verbais. A partir do caso náayeri, serão discutidas as tensões entre escrita e oralidade, memória e tradução, bem como os modos de legitimação do saber oral em contextos históricos distintos. O encontro busca articular perspectivas comparativas, oferecendo instrumentos críticos para o estudo contemporâneo da oralidade.

Transformar uma expressão oral em texto escrito é um dos procedimentos mais comumente utilizados para estudar as diversas manifestações abstratas da língua; porém, as implicações desse procedimento, aparentemente básico, têm sido pouco estudadas. Nesse workshop, serão abordados os processos de transcrição de dois corpora de cantos cerimoniais náayeri, realizados com cem anos de diferença (Preuss, 1912, e Valdovinos, 2020). Valdovinos mostra que o estudo das transcrições dos cantos rituais náayeri permitiu compreender, por dentro, uma tradição poética que se desenvolveu durante séculos fora do alcance da escrita, ao mesmo tempo em que desvela o modo como as tradições filológicas letradas que estudaram esses cantos projetaram suas ideias mais íntimas nas visões que tiveram dessas outras artes ditas “orais”, que, mais do que se limitarem ao uso da palavra, desenvolveram-se lado a lado com a ação e a interação.

A filologia é o estudo dos textos em sua dimensão histórica, linguística e cultural. Busca compreender como foram escritos, transmitidos e preservados ao longo do tempo, analisando a evolução da língua, comparando versões e situando cada obra em seu contexto para revelar seu significado mais fiel e profundo.

Participantes:

  • Margarita Valdovinos (UNAM, México)
  • Carlos Fauto (PPGAS, UFRJ) e Andrea Daher (CBAE, UFRJ)
  • Margarita Valdovinos (UNAM, México) e Andrea Daher (CBAE)

Parceiros: 

Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ

Presencial:

Espaço Castro, Lessa e Conceição do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Av. Rui Barbosa, 762 – Flamengo, Rio de Janeiro.

Transmissão:

Canal do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ no YouTube