Ciclo TMM | Relações sindicais Brasil-Estados Unidos na ditadura

 

2018.05.11 Relaes sindicais Brasil Estados Unidos na ditadura militar 9 E 

 

No dia 11 de maio de 2018, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizou a palestra “Relações sindicais Brasil-Estados Unidos na ditadura militar”, ministrada pela historiadora Larissa Corrêa. O evento fez parte do ciclo “Trabalho, Memórias, Movimentos” e contou com apoio da Comissão da Memória e Verdade da UFRJ.

 

Larissa Corrêa é doutora em História Social pela Unicamp. Atuou como pesquisadora no projeto Movimentos Sociais e Esfera Pública, do CBAE e, atualmente, é professora adjunta do Departamento de História da PUC-Rio. Em “Disseram que voltei americanizado”, livro lançado no ano passado no qual Corrêa fundamenta a palestra, a autora aborda a influência que o Brasil recebeu dos movimentos sindicais norte-americanos nas décadas de 1960 e 1970; e que artifícios a Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO) utilizou para combater o comunismo na época.

 

Para a condução do debate foi convidado Pedro Campos, doutor em História pela UFF. Campos é membro do Laboratório Interdisciplinar de Estudos em Relações Internacionais da UFRRJ e coordenador do Laboratório de Economia e História da UFFRJ.

 

O ciclo “Trabalho, Memórias, Movimentos” aconteceu durante o primeiro semestre de 2018 e foi organizado pelos professores José Sergio Leite Lopes e Beatriz Heredia, diretor e vice-diretora do CBAE, com Antonio Carriço, pós-doutorando do PPGAS/UFRJ.

 

 

Ciclo TMM | Uma biografia de José Ibrahim: líder sindical da greve de

 

2018.05.04 Uma biografia de Jos Ibrahim 4 E

 

No dia 04 de maio, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos recebeu a jornalista e pesquisadora Mazé Chotil para a palestra “Uma biografia de José Ibrahim: líder sindical da greve de Osasco, 1968”. Líder sindical e político, Ibrahim foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e, em seus últimos anos de vida, estava vinculado ao Partido Social Democrático. Dirigiu o Sindicato dos Metalúrgicos com 20 anos de idade e participou da criação da UGT, da CUT e da Força Sindical.

 

Jornalista, Mazé Torquato Chotil iniciou sua carreira na imprensa de Osasco (SP). Hoje, a doutora em Ciências da Informação e Documentação pela Universidade Paris-VIII vive na França, sendo pesquisadora da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS). Na biografia, pretendeu reconhecer o valor de Ibrahim e da história do movimento sindical na região. Este é o sétimo lançamento de Chotil, depois de obras como “Trabalhadores exilados: a saga de brasileiros forçados a partir (1964-1985)” e “Minha aventura na colonização do Oeste”.

 

A antropóloga Elina Pessanha e o historiador Paulo Fontes foram os debatedores. Pessanha integra o Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA), da UFRJ, e dirige o Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ). Fontes atualmente é professor associado do CPDOC/FGV e coordena o Laboratório de Estudos dos Mundos do Trabalho e dos Movimentos Sociais (LEMT) do CPDOC/FGV.

 

O ciclo “Trabalho, Memórias, Movimentos” aconteceu durante o primeiro semestre de 2018 e foi organizado pelos professores José Sergio Leite Lopes e Beatriz Heredia, diretor e vice-diretora do CBAE, com Antonio Carriço, pós-doutorando do PPGAS/UFRJ.

 

 

 

Ciclo TMM | Um projeto de biografia intelectual de Hobsbawm

 

 

O historiador Emile Chabal, da Universidade de Edimburgo, realizou a palestra “Um projeto de biografia intelectual de Hobsbawm”, no dia 27 de abril. O evento fez parte do ciclo “Trabalho, Memórias, Movimentos” e contou ainda com a presença de Alexendre Fortes como debatedor. 

Chabal se propôs a criar uma obra que reúna a biografia intelectual completa de Hobsbawm, desde seu interesse pelo jazz a trabalhos não publicados. Entre os temas abordados no livro, estão os fundamentos teóricos e estilísticos que sustentam a escrita histórica de sucesso e o imaginário global da política marxista no século XX.

Alexandre Fortes, que atua hoje como pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFRRJ, é historiador e em suas áreas de pesquisa incluem-se historiografia britânica e Movimentos Sociais e Participação Política na América Latina.

Iniciativa dos professores José Sergio Leite Lopes e Beatriz Heredia, diretor e vice-diretora do CBAE, junto ao pós-doutorando do PPGAS/UFRJ Antonio Carriço, o ciclo “Trabalho, Memórias, Movimentos” aconteceu durante o primeiro semestre de 2018.

 

 

Ciclo TMM | Assessorias aos movimentos populares: o caso do DIEESE

 

Um projeto de biografia intelectual de Hobsbawm

 

Para iniciar o Ciclo “Trabalho, Memórias, Movimentos”, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ recebeu, no dia 20 de abril de 2018, o economista Jardel Leal para a palestra “Assessorias aos movimentos populares – o caso do DIEESE”. Como debatedor, foi convidado o sociólogo José Ricardo Ramalho.

Leal dividiu com o público sua experiência como assessor ligado ao movimento sindical, com foco especial na atuação no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Doutor em Ciência Política pela USP e professor de Sociologia da UFRJ, Ramalho é especialista no campo do trabalho e relações de poder. Em 2017, lançou o livro “Militância, política e assessoria: o compromisso com as classes populares”, com a antropóloga Neide Esterci.

 

 

 

“A construção horizontal de arquivos com ativistas”, com Wesley Hogan

 
 2018.02.28 A construcao horizontal de arquivos com ativistas 13
 
Dando continuidade à série de eventos comuns com o projeto de pesquisa “Expansão do ensino superior na Baixada Fluminense: o custo da oportunidade”, resultado da parceria UFRRJ-Duke University, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos recebeu Wesley Hogan, premiada historiadora e documentarista da Universidade Duke, no dia 28 de fevereiro de 2018. “A construção horizontal de arquivos com ativistas: histórias de dentro para fora e de baixo para cima” teve como tema a formação de arquivos de forma horizontal, bem como a questão de jovens documentaristas engajados em lutas sociais. 
 
Autora do premiado livro “Many Minds, One Heart”, que trata da história do movimento Comitê Coordenador Não-Violento de Estudantes (SNCC), Hogan atua desde 2013 como diretora do Centro de Estudos Documentaristas da Universidade Duke. O instituto funciona desde 1989 e se dedica a preservar o legado do documentário e seu papel na criação de uma sociedade mais justa, pensando também na horizontalidade na formação historiográfica. Também é professora de história oral, história dos movimentos sociais de juventude, história afro-americana e história da mulher.
 
O evento teve comentários de Stephanie Reist (Universidade Duke), Alexandre Fortes (UFRRJ) e José Sergio Leite Lopes (CBAE/UFRJ). Alexandre Fortes, um dos responsáveis por estimular o debate, é doutor em História pela UNICAMP e atualmente se dedica à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRRJ. Já Stephanie Reist é estudante de doutorado em Estudos Latino-Americanos na Universidade Duke, onde pesquisa a ocupação urbana no Brasil e na Colômbia. José Sergio Leite Lopes é professor titular do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS-MN) da UFRJ e diretor do CBAE.
 

 

2018

Nessa sessão estão catalogados os eventos do ano de 2018. Em cada página há uma descrição da atividade, além de vídeos, áudios e uma galeria de fotos.

Martinho da Vila recebe título de doutor honoris causa da UFRJ

 

2017.11.31 Martinho da Vila

 

O músico e compositor Martinho da Vila recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro enquanto mediador entre a cultura popular e a erudita. O diretor do CBAE e membro do Conselho Universitário da UFRJ, José Sergio Leite Lopes, foi o responsável pelo parecer no CONSUNI favorável à concessão e considerou o episódio como uma “alegria no mar de iniquidade e gerador de tristeza da política geral atual”.
 
Martinho José Ferreira, nascido na zona rural do Rio de Janeiro, se tornou um expoente da cultura popular através da sua vasta e renomada obra musical no samba. Com os sucessos “Canta Canta, Minha Gente” e “Disritmia” e os samba-enredo que compôs para a Unidos de Vila Isabel, se projetou nacionalmente como músico. Sua atuação, no entanto, também está ligada ao movimento negro e à literatura.
 
Atua há várias décadas na luta contra o racismo e na aproximação do Brasil com a África lusófona, buscando tanto a proximidade diplomática quanto o intercâmbio cultural. Além disso já publicou livros infanto-juvenis e romances.
 
Para o diretor do CBAE, José Sergio Leite Lopes, integrante da Comissão de Ensino e Títulos do CONSUNI, a concessão desse título é bastante simbólica. “Ele se dá em um período em que a universidade pública vem passando por um processo de integração consistente de discentes das classes populares, através de um processo social mais amplo e através de ações afirmativas”, afirmou. Mas esse processo está agora seriamente ameaçado.
 
No parecer enviado ao CONSUNI, Leite Lopes ainda fez uma comparação do momento atual com o narrado pela canção de Martinho de 1969, “Pequeno Burguês”. Para ele, a canção que mostrava as dificuldades de manutenção e sobrevivência dos estudantes oriundos de classes populares na universidade deve servir de mote e motivação na resistência às tentativas de desmonte da universidade pública.
 
A sessão solene presidida pelo reitor Roberto Leher aconteceu na Faculdade de Letras da UFRJ na tarde do dia 31 de outubro e mobilizou tanto sambistas quanto acadêmicos.

 


 

SEGUE ABAIXO PARECER ELABORADO POR JOSÉ SERGIO LEITE LOPES PARA A COMISSÃO DE ENSINO E TÍTULOS DO CONSUNI:

 

Parecer da Comissão de Ensino e Títulos do CONSUNI da UFRJ para a concessão do título de Doutor Honoris Causa da UFRJ a Martinho da Vila.

 

Conforme resolução do CONSUNI da UFRJ, de 1994, o título de Doutor “Honoris Causa” poderá ser concedido a personalidades nacionais e estrangeiras de alta expressão. Em outro trecho de documento desta universidade é dito que o título é atribuído a uma personalidade de reconhecido saber ou pela atuação em benefício das artes, das ciências, da filosofia, das letras ou da melhor convivência entre os povos. Embora a trajetória biográfica de Martinho da Vila seja diferente daquela da imensa maioria da lista de 337 nomes de títulos desta modalidade concedidos pela UFRJ ao longo de sua história até março deste ano, ela no entanto atende aos requisitos acima citados. A concessão do título é um indicador dos critérios de privilegiamento que a universidade quer atribuir a personalidades que têm determinadas qualidades; ser dirigente de tal país, ser autoridade de tal ou qual instituição nacional; ser profissional de tal área disciplinar. Atribuir o titulo a uma personalidade que se distingue por ser um expoente da cultura popular, por sua militância contra o racismo e pela promoção da população afro-brasileira, bem como na aproximação entre o Brasil e a África lusófona, é um ato significativo da universidade dos dias de hoje, que almeja a diversidade e a inclusão em um ambiente recentemente tornado hostil.

 

O pedido de concessão do título de Doutor Honoris Causa ao compositor, cantor e escritor Martinho da Vila tem origem no Departamento de Letras Vernáculas da Faculdade de Letras da UFRJ através de requerimento assinado pela chefe de departamento, Profa. Mônica Genelhu Fagundes. Pelo Departamento o parecer (intitulado “Justificativa Detalhada”) foi dado pela Professora Titular de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Carmen Lúcia Tindó Secco. Pela Congregação da Faculdade de Letras deram pareceres os Professores Titulares Godofredo de Oliveira Neto e João Baptista de Medeiros Vargens.  Todos pareceres circunstanciados favoráveis e aprovados por unanimidade. No Centro de Letras e Artes o parecer favorável foi dado pela professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Maria Julia de Oliveira Santos e aprovado pelo Conselho de Coordenação do Centro de Letras e Artes. O processo também contém um memorial de próprio punho do homenageado.

 

Nos citados pareceres anteriores na Faculdade de Letras e no CLA já foram realçadas as qualidades de Martinho da Vila que justificam a concessão do título:

 

– por ser um compositor de vasta e renomada obra musical de cultura popular;

– por ser um escritor de literatura infanto-juvenil e de romances;

– por sua importância na luta contra o racismo e na promoção das populações afrodescendentes brasileiras;

– por sua atuação há várias décadas como embaixador informal na relação entre o Brasil e a África lusófona;

– por ser um promotor constante da aproximação entre músicos africanos lusófonos e músicos brasileiros.

– e, em consequência disto, ter sido objeto de várias teses acadêmicas e ter sido conferencista convidado por diversos setores da própria UFRJ, evidenciando implicitamente um notório saber.

 

Martinho da Vila é assim um personagem que por sua trajetória tornou-se um mediador entre a cultura popular e a erudita, por suas qualidades bi-culturais de mestre popular e de ídolo da indústria cultural, o que potencializou sua atuação na promoção da cultura popular e na militância contra o racismo na sociedade brasileira. E ao mesmo tempo alargou seu raio de ação à aproximação da cultura popular brasileira com a da África lusófona desde as lutas anticoloniais ali travadas, tornando-se uma referência desta aproximação.

 

Gostaria de destacar o simbolismo específico na concessão desse título ao renomado compositor que tem uma trajetória originária do mundo rural fluminense serrano, que passa pelos bairros populares cariocas, até sua profissionalização na cultura popular e na indústria cultural. O episódio da compra da fazenda em que seus pais e antepassados trabalharam no município de Duas Barras e sua transformação em centro cultural de guarda de seu acervo de artista popular famoso já mostra a potencialidade de inversão das hierarquias sociais que tem a trajetória de Martinho da Vila.

 

Este simbolismo é tanto maior quanto a concessão deste título se dá num período em que a universidade pública vem passando nos últimos anos por um processo de integração consistente de discentes das classes populares, através de um processo social mais amplo e através de ações afirmativas beneficiando alunos oriundos da escola pública e em particular de alunos afrodescendentes (e indígenas em certas áreas da universidade).

 

O grande sucesso de uma das canções de seu álbum de 1969, a canção “Pequeno Burguês”, é uma crônica fina e perspicaz da brecha ambígua surgida então para indivíduos das classes populares terem acesso à universidade particular.

 

Tratava-se nesta canção da análise de algumas das consequências do processo social desencadeado pelas autoridades do regime militar de absorverem os chamados “excedentes” dos vestibulares das universidades públicas – questão que estava no centro do mal-estar estudantil que desencadeou o movimento de 1968 – através do estímulo ao crescimento das universidades particulares.

 

Mas a canção mostrava as dificuldades de manutenção e sobrevivência desses discentes no curso universitário, decorrentes dos valores das mensalidades, do ensino noturno após o trabalho, da defasagem temporal do ciclo de vida estudantil usual que fazia frequente a necessidade de manutenção de filhos por parte destes alunos, fatores que somados dificultavam ao extremo as condições materiais de estudo desses indivíduos em busca de oportunidades de ascensão social.

 

A crítica irônica da canção serve profeticamente de alerta para as consequências da crise do processo de ascensão social pelo sistema escolar dos últimos anos que tanto bem vinha fazendo à vida universitária, crise provocada deliberadamente pelo ataque de um governo ilegítimo sustentado de forma irresponsável pelas elites do poder econômico e pela estreiteza pseudocientífica da parte dominante dos economistas.

 

A concessão do título de doutor honoris causa da UFRJ a Martinho da Vila, em decorrência de seus méritos intelectuais e culturais intrínsecos, não deixa de ser um reconhecimento da universidade pública de qualidade ao autor da canção que auto-ironizava sua difícil entrada na universidade privada. E que a UFRJ se aproprie da crítica implícita na canção e que ela sirva de mote e motivação na resistência às tentativas de desmonte da universidade pública no momento mesmo em que ela passava a incluir de forma crescente estudantes oriundos das classes populares, das maiorias dominadas e das minorias étnicas, necessários à alta qualidade universitária provocada pela simples inclusão da maior diversidade.  

 

Parabéns à Faculdade de Letras da UFRJ pela iniciativa, parabéns a Martinho José Ferreira, Martinho da Vila, como novo doutor-honoris causa da UFRJ.

Agosto de 2017,

 

José Sergio Leite Lopes

(Conselheiro representando o Fórum de Ciência e Cultura)

 

Ciclo de Debates com Maurizio Lazzarato

  

2017.10.24 Ciclo Lazaratto 7 2

 

Nos dias 23 e 24 de outubro, o sociólogo e filósofo italiano Maurizio Lazzarato esteve presente em ciclo de debates organizado pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos em parceria com o PPGSA-UFRJ, o Departamento de Sociologia e Metodologia da UFF e o PPGS-UFF. As sessões trataram das questões do desmonte do Estado de Bem-Estar Social e da relação entre governança e dívida pública.

 

No CBAE foi realizada a atividade “Atualidade do neoliberalismo e o desmonte do Estado de bem-estar social” no dia 24, com a presença das professoras Lena Lavinas e Tatiana Roque como debatedoras. A outra atividade do ciclo aconteceu no dia 23, no ICHF/UFF e teve como tema “Governar pela Dívida ou a Fábrica do Homem Endividado”.

 

Lazzaroto é pesquisador da CNRS – Universidade Paris I e membro da Escola Internacional de Filosofia. Também é fundador e integrante do conselho editorial da revista Multitudes. Sua contribuição se concentra na ontologia do trabalho e nas temáticas capitalismo cognitivo, trabalho imaterial e movimentos pós-socialistas. É autor do livro “Signos, Máquinas, Subjetividades”.

 

Lavinas é doutora em Economia pela Universidade de Paris e professora do Instituto de Economia da UFRJ. Roque possui doutorado em História das Ciências e da Técnica e Epistemologia e é professora do Programa de Pós-Graduação em Filosofia.

 

 

Lançamento do livro “Comum”, com Christian Laval e Pierre Dardot

2017.10.06 Comun Laval e Dardot 43

 

No dia 06 de outubro, o CBAE recebeu o sociólogo Christian Laval e o filósofo Pierre Dardot para o lançamento do livro “Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI”. O evento integrou o ciclo de debates “Impasses e alternativas do presente”, organizado pelo Departamento de Sociologia e Metodologia em Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF), com o Programa de Sociologia e Antropologia do IFCS (PPGSA/UFRJ), junto com a Associação dos Docentes da UFRJ (Adufrj – SSind) e o CBAE. Os encontros aconteceram entre os dias 06 e 09.

Christian Laval e Pierre Dardot são professores da universidade Paris-Ouest Nanterre-La Défense. Esta é a terceira obra que resulta da parceria entre os dois, precedida pelos livros “A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal” e  “Marx, prénom: Karl”.

Neste dia 6, chamamos Julianna Malerba, assessora nacional da FASE (Federação dos Órgãos para Assistência Social e Educacional), socióloga especializada em planejamento regional, para intervir como debatedora que conhece de perto experiências concretas do Comum, comunidades concretas mobilizadas contra os efeitos da mineração sobre as populações locais e o meio ambiente.  

Essa foi a segunda passagem de Christian Laval pelo CBAE, que realizou a palestra “” em abril de 2016 como parte do ciclo  “Novas questões sociais, trabalhadores urbanos, trabalhadores rurais: história e perspectivas”. Na conversa, o francês abordou os conceitos de comum, comunidade e neoliberalismo.

 

 

O custo da oportunidade: Reflexões sobre a luta pelo acesso ao ensino

 2017.08.22 O custo da oportunidade 47 EDIT

 

Em parceria  com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizou no dia 22 de agosto uma atividade com o objetivo de apresentar os resultados parciais da pesquisa “O Custo da Oportunidade”, feita conjuntamente por docentes, discentes e técnicos da UFRRJ e da Duke University. Este evento, que vai reunir os pesquisadores Alexandre Fortes, John French e Stephanie Reist, se segue a outro, organizado pelo CBAE em setembro do ano passado, intitulado “Avanços e desafios na expansão do ensino superior: reflexões a partir do caso da Baixada Fluminense (2016)” (ver link: https://goo.gl/iatiK4).

 

A atividade incluiu a projeção do vídeo que possui o mesmo título do projeto, além de apresentações orais e debate. O evento também é vinculado às iniciativas do Fórum Rio em defesa das universidades públicas e dos investimentos em Ciência e Tecnologia no país. 

 

Atualmente pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFRRJ, Alexandre Fortes é doutor em História pela UNICAMP. Sua área de pesquisa abrange a história do trabalho, história da esquerda e movimentos sociais na América Latina. Também integra a Red Latinoamericana de Historia Global.

 

Brasilianista, John French é doutor em história do Brasil pela Universidade Yale e professor de História na Universidade Duke. Tem interesse por temas relacionados à classe trabalhadora, escravidão, legislação, política, economia e cultura popular na América Latina. É autor dos livros “O ABC dos operários: conflitos e alianças de classe em São Paulo (1900-1950)” e “Afogados em Leis: a CLT e a cultura política dos trabalhadores brasileiros” e, desde 2005, trabalha em uma biografia do ex-presidente Lula.

 

Já Stephanie Reist é estudante de doutorado em Estudos Latino-Americanos na Universidade Duke, onde pesquisa a ocupação urbana no Brasil e na Colômbia. Trabalhou no Projeto Raízes Locais, um projeto comunitário gerido pela Associação Terra dos Homens, em Duque de Caxias, analisando a dinâmica centro-periferia, pertencimento, cidadania e direitos sobre a terra.

 


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